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Donghyuck realmente não aguentava mais sua vida. Tudo era tão doloroso. As coisas que ele passava, ele não desejava nem pra seu pior inimigo.

Hyuck nunca imaginou que sua vida viraria esse caos depois que sua mãe morresse. Às vezes, ele sentia vontade de seguir o mesmo caminho que a mais velha. Só que aí, por algum motivo desconhecido, Renjun e Mark viam em sua cabeça. Ele sabia que se acontecesse algo consigo, o chinês ia dar um jeito de vir pra Coreia, nem que fosse a pé. Já o canadense, ele gostava de imaginar que em algum momento, eles iam ficar juntos e caso ele morresse, nunca mais iria poder ver Mark Lee. Pode ser um pensamento bobo, mas o ajuda a se manter lúcido.

A dor que ele estava sentindo por todo seu corpo era lancinante. Ele não estava mais conseguindo raciocinar, não conseguia mais gritar, porque sua garganta doía. A dor era tão grande, que Donghyuck estava pedindo pra morrer ou pra pelo menos uma luz divina aparecer e tirá-lo daquele lugar.

E por mais incrível que pareça, alguém realmente apareceu. A campainha tocou e finalmente seu padrasto se afastou. Donghyuck viu ele levantando as calças e se arrumando como podia. A única coisa que o mais novo fez, foi se encolher no sofá e chorar, ou melhor, chorar ainda mais. Porque era só isso que ele tem feito nos últimos anos. Chega um momento, que até chorar, cansa.

Donghyuck fechou os olhos e tentou bloquear tudo ao redor, mas era quase impossível, porque havia pessoas falando alto demais em sua porta. Hyuck se levantou e foi se arrastando até a origem dos gritos. Ele se escondeu e de onde ele estava, dava pra ouvir uma voz um tanto desconhecida, mas ao mesmo tempo, conhecida? Ele estava com dor, dá um desconto.

- Eu quero ver ele, eu tenho direito.

Donghyuck ficou surpreso ao reconhecer aquela voz. Ele não podia acreditar que justamente ele estava na sua porta. Era um tanto surreal demais.

- Que direito? Você sumiu.

- Eu não sumi, ela que fugiu.

Donghyuck franziu o cenho em confusão. Ele não estava entendendo mais nada.

- Você prefere que eu veja ele do jeito fácil ou do jeito difícil?

Silêncio. Donghyuck suspirou. Provavelmente a pessoa tinha desistido de vê-lo. Ele ia volta pra sala, quando ele escutou alguém chamando seu nome.

- Hyuck, onde você está?

Donghyuck saiu de onde estava e seu choque foi tanto, que ele se segurou na parede pra não cair. Jaehyun estava parado, em frente a escada o encarando. O mais velho sorriu para ele e por algum motivo desconhecido, Hyuck correu em sua direção e o abraçou.

Jaehyun foi pego de surpresa, mas retribui o abraço com um enorme sorriso no rosto. Doyoung ao lado, não tirava os olhos do padrasto abusivo. Baixar a guarda estava fora de questão.

- Tá tudo bem? - Perguntou Jaehyun, passando a mão pelo cabelo de Donghyuck, que negou. - Tudo bem, vamos pra casa, eu vou te tirar daqui e depois eu juro que te explico tudo.

Jaehyun segurou Donghyuck pela mão e o tirou de lá o mais rápido que podia. Seu padrasto nada falou, embora ele estivesse com muita raiva. Depois disso, eles levaram Hyuck até uma delegacia, onde ele prestou queixa e fez exame de corpo e delito. O mais velho tinha prova dos abusos, até porque ele já vem investigando a vida do Lee mais novo há anos.

Assim que Donghyuck foi pra casa de Jaehyun, ele se sentiu um pouco estranho. Ele estava sendo bem tratado, isso não era comum. Doyoung e Jaehyun fizeram o máximo que eles puderam para Donghyuck se sentir bem naquela casa e dormir bem aquela noite, ou madrugada.

O Lee se deitou em uma cama confortável e o fato daquele quarto ser dele, o deixou feliz. De acordo com Doyoung, ele poderia fazer o quisesse com aquele cômodo. Donghyuck se virou de lado e viu a tela de seu telefone brilhar. Ele pegou o aparelho e riu ao ver que era uma ligação de Renjun.

Black Hair - MarkHyuck ✔️Onde histórias criam vida. Descubra agora