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Mark virou a página do livro e suspirou derrotado. Ele não queria estar ali, então porque ele estava ali? Simples, ele precisava fazer um trabalho que valia metade da sua nota. O canadense focou nos seus estudos e não demorou muito pra metade do trabalho está pronto.

O Lee coçou um dos olhos e suspirou. Ele olhou ao redor e ficou bem surpreso ao ver seu crush do outro lado da biblioteca da escola. Ele virou o rosto e voltou a focar em seu trabalho. Ele sabia que era estudioso e o que ele estava fazendo, era mole. Mas por algum motivo, o menino de cabelo preto o distraía. Na verdade, tudo que envolvia seu crush o fazia viajar para longe e imaginar os dois casados e com uma casa cheia de gatos.

Era bom imaginar isso.

Mark terminou seu trabalho em pouco tempo. Ele sorriu animado ao constatar que sim, estava bom e ele talvez recebesse uma boa nota por isso. Ele se levantou e começou a guardar os livros em seus devidos lugares. O ruivo estava voltando para sua mesa, quando viu alguns garotos indo até a mesa do menino de cabelo preto e por algum motivo, ele sabia que não ia sair coisa boa.

O canadense ia até lá, mas a vergonha e o medo o impediu e por isso ele foi até a bibliotecária, que era uma senhorinha muito simpática.

— Tia, tem um grupo de valentões lá trás implicando com um aluno. — Falou Mark e a senhorinha ficou de pé na hora.

— Não quero baderna na minha biblioteca.

Ela pegou uma vassoura e foi até lá. Mark não sabia se ria e ficava ou se saia correndo. Mas foi legal ver as pessoas que estavam implicando com ele saírem correndo da tia, que vinha atrás com uma vassoura.

O canadense viu seu crush lá trás rindo um pouco, mas ainda era possível ver o medo no olhar dele. Mark saiu da biblioteca feliz e foi se encontrar com os amigos.

◌♡◌

— Você fez o quê? — Perguntou Jaemin rindo.

— Olha, em minha defesa, aqueles caras iam fazer merda, eu sei disso. — Respondeu ele e Jisung riu.

Mark, Jaemin e Jisung, estavam na casa do mais velho dos três. Era comum eles irem pra lá depois das aulas, já que sua mãe parecia não se importar com isso, ela até gostava da casa cheia.

— A tia da biblioteca é meio assustadora. — falou Jisung comendo um sanduíche que estava em cima da mesa de centro.

— Aquela velhinha adorável, e assustadora? Ficou maluco? — Mark a defendeu.

Jaemin riu. — O Mark arrumou uma crush.

O canadense o encarou perplexo e Jaemin riu ainda mais. — Não é nada disso, ela é muito legal e defendeu o menino de cabelo preto.

— Esse menino tem nome? — Jisung quis saber e Mark deu de ombros.

Ele nunca procurou saber o nome de seu crush. Na verdade, ele não sabia absolutamente nada do outro menino. Apenas que ele tinha o cabelo preto. Constantemente.

— Você é estranho, devia procurar saber sobre ele. — Falou Jisung. Para o mais novo, Mark devia chegar nele e acabar logo com isso.

Mark se sentou no tapete da sala e ponderou. Ele realmente não sabia nada sobre o outro garoto, não devia ser difícil saber das coisas, né?

— Tudo bem, por onde eu começo?

Jaemin bateu palmas animado.

— Internet. Procure saber se ele tem twitter, facebook ou qualquer outra coisa. — Falou ele e Mark o encarou. —O que foi?

— Como eu vou fazer isso se eu não sei o nome dele inteligência?

Jisung revirou os olhos.

— Vai na página da escola seus burro, se ele seguir a página a gente vai saber. — Falou Jisung como se fosse de óbvio.

E eles procuraram. Foram mais de duas horas procurando por alguém que eles não sabiam nem o nome. E quando as esperanças já tinham ido embora, Jisung a trouxe de volta.

— Achei m porra. — Falou ele e Mark puxou o celular de sua mão. — Que Desespero, meu Deus.

Mark entrou no twitter e finalmente descobriu o nome do dito cujo. — O nome dele é Lee Donghyuck, ele tem o mesmo sobrenome que o meu. Que lindo.

Jaemin revirou os olhos.

— O twitter dele está trancando, porque o twitter dele está trancando? Me diz.

Jaemin franziu o cenho em confusão. — Eu vou saber caralho.

— Não tem nada aqui. — falou Mark desanimado.

— Pede pra seguir.

— Eu não. — Mark bloqueou o celular e se encostou no sofá. — Ele é uma incógnita.

— Pense pelo lado bom.

Mark encarou Jaemin.

— Cadê o lado bom?

O Na ponderou.

— Não existe lado bom

Mark respirou fundo.

— Você e um idiota.

◌♡◌

' Um dia eu vou te visitar, eu juro. '

Renjun do outro lado da tela riu.

' Você sempre diz isso. '

Donghyuck revirou os olhos, mas era verdade. Ele sempre prometia visitar o amigo, mas isso nunca acontecia.

' Eu não tenho dinheiro, Renjun, quanto e uma passagem pra China? '

' Sei lá, muito caro? '

Donghyuck acabou rindo.

' Onde você está hyuck? '

' No meu quarto, trancado. '

' Adianta trancar? '

' Não muito, mas eu tento. '

Renjun encarou o amigo e suspirou.

' Você precisa ir embora, pra ontem. '

Donghyuck sentiu seus olhos marejados.

' Eu sei, mas não é fácil e você sabe disso. '

' Eu sei... '

Donghyuck deu um meio sorriso na direção do amigo.

' Vai ficar tudo bem, é sério. Eu aguento mais um pouco. '

Renjun não respondeu, porque ele sabia que era mentira. O chinês sabia que Donghyuck já estava no limite de tudo.

Eles ficaram conversando por mais um tempo, até que Donghyuck desligou. Ele se deitou e ficou olhando pro teto. Riu ao lembrar do dia em que sua mãe grudou estrelinhas no teto. Por causa disso, sempre que ele apagava as luzes o quarto ficava meio iluminado. Era bonito.

— Eu sinto falta, sabe, de tudo. — Proferiu ele, sozinho no quarto.

Donghyuck queria muito que as coisas fossem mais fáceis, como antigamente. Ele não sofria tanto e sua mãe ainda estava viva. Ele era feliz e não sabia.

Ele escutou uma porta sendo aberta e algo sendo derrubado no andar de baixo. O moreno fechou os olhos e suspirou derrotado.

— E lá vamos nós de novo.

Black Hair - MarkHyuck ✔️Onde histórias criam vida. Descubra agora