Capitulo 2

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Um novo dia iniciara, Anali despertou animada para a entrevista. Naquela manhã, usava seu vestido cor de carmim e um top florido por baixo, calçou as  sandálias e amarrou o cabelo em um coque.

Preparara a câmera limpando a lente e a colocara dentro da bolsa. Descendo as escadas até a cozinha, seu irmão Thiago e sua mãe, dona Nakato, estavam à mesa já tomando o café.

O desjejum foi farto: pães, bolo, queijo, presunto, suco, leite e achocolatado tudo o que Anali adorava.

  — Sente-se querida, tem tudo o que você gosta hoje! — fala Dona Nakato  com um sorriso quase fechando seus olhinhos puxados.

  — Obrigada, mamis! — Anali se aproxima a beijando-a na testa.

Dona Nakato é uma senhora reservada sem muito diálogo, seu português é impecável devido à sua profissão, professora de Geografia. Já o pai, seu Nian Shin, morava no Japão, é engenheiro químico e, por não se habituar ao clima tropical do Brasil, preferiu permanecer no Japão, por fim, os dois se separaram.  Anali e Thiago resolveram ficar com a mãe e mantêm uma comunicação com o pai não muito constante.

  — Dormiu bem, irmãzinha? — diz Thiago.

  — Sim, irmãozinho, estou ansiosa com a entrevista! — diz pegando um pedaço de bolo.

  — Entrevista? Que tipo de entrevista? — pergunta dona Nakato.

  — Recomendei-a a um amigo, mãe, ele precisa de alguém que saiba tirar fotos para um documentário. E logo pensei na nossa especialista em fotografias aqui! — diz Thiago tocando na cabeça de Anali.

  — Eu aqui! — Anali sacode as mãos no ar.

  — Nada modesta. — diz o irmão.

  — Mas que maravilha querida, espero que dê tudo certo! O documentário é sobre o quê? — pergunta dona Nakato curiosa.

  — Ele não me disse, só informou que é para um documentário. Quem sabe não seja sobre animais selvagens e manda ela pra África vestida de Gnu! — Thiago ri.

  — Rá, rá, rá! Engraçadinho! — ambos riram.

...


Anali pega uma carona com Thiago seguindo a estrada rumo ao jornal chamado "A notícia", onde trabalha o tal amigo Guto, responsável pelo documentário.

   — Como você acha que vai ser essa entrevista? — pergunta Anali.

   — Bom, sei mais ou menos... Vão perguntar de sua experiência com fotografias, vão sondar sua psiquê, para se certificarem de que você não é nenhuma psicopata… Vão lhe colocar numa cadeira de choque... — Anali desfere-lhe um tapa no braço e ele ri.

   — Seu bobo!

   — Relaxa,  irmãzinha, vai dar tudo certo! — diz Thiago rindo.

Anali e Thiago seguiram em meio a vielas e ruas enquanto Anali - como seria de se esperar - tirava fotos da floresta de cimento, até que pararam no farol em frente à grande faculdade antiga e abandonada. O local era enorme e o prédio também. Como um local assim ficara abandonado?
Anali tirava fotos do prédio até o farol abrir e Thiago seguir viagem.

A Fotógrafa Sobrenatural.Onde histórias criam vida. Descubra agora