Capitulo 4

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Dado o intervalo, após duas horas de aula, Anali e Caio saem da sala para o pátio e se sentam em uma mesa para o lanche.

— Eu estou faminto! Vou comprar um lanche, você vai querer o quê? — Caio pergunta para Anali alisando a barriga.

— Nada, tô sem fome!

— Então, tá. Já volto! — Sai e encara a fila da cantina.

A moça, sentada o espera, perdida em meio aos pensamentos, olhando para as árvores e vendo suas folhas caírem em meio ao tempo ameno, com muitas nuvens, fazendo sombra e tampando os raios castigáveis do sol.

Até Bianca passar por ela e se sentar num banco mais afastado de todos, e em meio às árvores. Anali, ao vê-la, começa a observá-la por alguns minutos. Ela olha para o lado, parecia falar com alguém, mas não havia ninguém ali. Por um momento, parecia rir de algo.

A fotógrafa, então pega sua mochila, retira a câmera de dentro e prepara a lente, queria deixar registrado aquele momento estranho de Bianca. Ao preparar e apontar a câmera, vê algo ao lado da garota, através das lentes.

Franze o cenho sem acreditar no que aparecia em sua câmera. Ao apontar novamente e ficar mais tempo olhando viu que era uma garota totalmente pálida com um vestido branco, parecia balbuciar alguma coisa e Bianca a respondia.

Tira o olhar de trás da lente novamente e mais uma vez não vê a garota de branco, quando torna a focar, lá está ela. Parecia mágica.

— Que diabos está acontecendo? — Se perguntava Anali.

Mais uma vez, volta a olhar através da lente, decide tirar a foto daquele momento inusitado, ao fazê-lo, a garota de branco encara a câmera com seu olhar escuro e sem vida, o rosto pálido está sério.

Aquilo deu medo, rapidamente retira a lente guardando-a em sua mochila, se levanta dando uma última olhada para o rumo onde estava Bianca, que agora a encarava. Caio chega com seu lanche.

— Ué, para onde você vai? — Pergunta dando uma mordiscada no sanduíche.

— O lugar aqui tá meio sinistro, vamos lá pra dentro!

Sentam-se num banco dentro do refeitório, enquanto Caio não parava de falar,ela perdia-se em pensamentos, desacreditando no que tinha visto e nem que sua câmera era capaz de captar pessoas... Mortas?! Não acreditava em espíritos, fantasmas ou coisas do gênero sobrenatural. Para ela, era um defeito de lente, um defeito que se movia.

— Oiii, Anali? Você tá aí? — Caio acena tirando-a dos devaneios.

— Oi, desculpa, eu estava pensando!

— Em quê? Você, pelo menos, ouviu o que eu estava falando?

— Não, desculpa, o que você estava dizendo? — diz passando a mão no rosto.

— Nossa, falei tanta coisa! Eu estava falando sobre a festa que vai ser amanhã à noite! — Reclama batendo as mãos sobre a mesa indignado.

— Mas, já vai ser amanhã? Nem sei com que fantasia irei!

— Vai de bruxa, múmia ou de fantasma, tem que ser algo do sobrenatural!

A Fotógrafa Sobrenatural.Onde histórias criam vida. Descubra agora