Capitulo 14

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O grupo segue verificando as salas, Anali registrava tudo em sua câmera e olhando constantemente o visor do celular, não havia sinal em nenhum ponto daquele lugar.

Andava assustada e a cada passo que dava, parecia estar entrando num abismo sem fim. Chegando aos fundos havia um grande salão no que seria o refeitório, flashes de luz do lado de fora entravam iluminando timidamente o local.

As mesas de refeição estão dispostas umas sobre as outras, sujeira e pó são vistas e a umidade e o frio eram sentidas. Anali olha em volta observando todo o local, a cantina estava com a porta meio aberta e se limitou se aproximar. Carmen olhava cada canto da sala minuciosamente passando as mãos pelo batente da cantina sujando-as de pó.

Guto continuava filmando tudo e relatando cada passo e filmagem que fazia, com seu ajudante a tira colo. Alguns minutos ali e estava tudo quieto e tranquilo até certo momento.

Um choro é ouvido dentro das dependências do lugar, um choro melancólico como se a pessoa estivesse muito triste com algo. Todos olham em volta sem saber da onde vinha o choro sussurrado, que parecia vir de todos os lados.

Uma corrente fria e elétrica parecia passear por entre eles, Anali se arrepia ao sentir era incômodo e nada normal. Guto se aproxima.

_____ Ouviram e sentiram isso? Quem estará aqui conosco? Carmen?

_____ Eu não estou vendo, só senti como vocês, mas algo está aqui!

Anali segura à sua câmera e começa a respirar fundo, com o flashe desligado, começa a olhar através da lente procurando o que estaria ali com eles. Foca todo o local da cantina, até perceber alguém parado de costas num canto escuro, Anali paralisa, era um homem ali mas não sabia indentifica-lo.

Anali então toma coragem e liga o flashe da câmera em direção ao homem encostado no canto escuro que fica iluminado com a luz da câmera, não houve reação, todos se aproximam de Anali atônitos, pelo jeito todos estavam vendo aquela pessoa.

_____ Júlio?! __ pergunta Guto.

Não houve resposta e nem uma reação corporal, Guto entrega a câmera filmadora ao ajudante que estava pálido e se vira indo em direção a Júlio. Anali tem presentimentos ruins a aproximação de Guto.

_____ Guto, cuidado! __ Anali fala com mão ao ar lhe advertindo.

Anali ainda segurava a câmera com o flashe apontado para o esquisito homem e Guto continua a tentativa de  aproximação. Guto chamava novamente por Júlio e nenhuma reação ou manifesto era expressado. Anali olhando atraves da lente percebeu uma pequena interferência em sua câmera, não intendendo o que seria àquilo.

Guto então coloca a mão sobre o ombro de Júlio que se vira vagarosamente, Guto ao encara-lo se assusta, o seu rosto estava totalmente transformado em algo que não era ele, seus olhos fundos eram pura escuridão e seu rosto pálido, ao se virar todos notam que ele tinha algo em suas mãos.

Uma enorme faca brilhava, Anali assustada e vendo aquela interferência no rosto de Júlio em sua câmera começa a tirar fotos e ao mesmo tempo Carmen jogava um liquido em Júlio, o que parecia estar funcionando. Júlio se irrita colocando as mãos sobre o rosto e gritando em uma voz anormal e inumana.

Guto se afasta com olhos arregalados vendo tudo aquilo sem ter reação, de repente a criatura escala as paredes como uma aranha, fugindo da luz do flashe e da água de Carmen e sumindo sobre a escuridão do teto acima.

_____ Que merda era aquela? Aquilo não era Júlio! __ Guto diz por fim.

_____ Você não queria um evento paranormal? Ai está! __ Anali diz arfando.

_____ Isso é uma possessão maligna, Júlio ainda pode estar vivo! __ Carmen diz fechando o frasco com o líquido.

_____ Escalando paredes dessa forma? Eu acho que não!

_____ Um exorcismo pode salva-lo, mas eu não sou especialista nisso! __ Carmen acende um incenso.

_____ Aquilo não era mais o Júlio! __ Anali visualiza as fotos tiradas pelo visor da câmera com atenção.

Percebe que ao tirar a foto no momento das interferências o incomodou de alguma forma. Anali se vira para Carmen.

_____ O que você jogou nele no momento que eu estava tirando as fotos?

_____ Água benta. Abençoada pelo próprio Papa. __ diz convicta.

_____ Por favor fica com esse frasco na mão daqui por diante! Estou vendo que não iremos ter paz até o final da excursão.

Anali se vira para Guto indignada.

_____ Mesmo depois disso que acabamos de presenciar você ainda quer continuar?

_____ Você tem uma idéia melhor? Ou então espere aqui ou volte e fique com o monitor na ala principal. Não estou te obrigando a continuar Anali!

_____ Quer saber? Tudo isso foi uma loucura, eu não devia ter aceitado essa missão suicida! __ Anali diz virando as costas ao trio e voltando pelo corredor de onde vieram.

Guto à observa indo embora, Carmen se aproxima espalhando o incenso.

_____ Não acho seguro ela sair por ai sozinha!

_____ Vamos esperar um pouco por aqui, logo ela volta com o rabo entre as pernas! __ Guto diz pegando a câmera e verificando a gravação anterior.

Anali com orgulho ferido e decidida caminha pelo corredor, iluminando seu caminho com o flashe ligado de sua câmera, de repente para, esperando que Guto fosse ao seu encontro para que voltasse. Olha para trás pelo caminho que ja percorreu, mas nenhum ruido é ouvido.

Suspira e continua seu caminho de volta, parecia mais escuro ainda ou lá fora já estava de noite. Pega o celular e olha para o visor, eram quatro horas da tarde aquele passeio havia se estendido por muito mais tempo do que pensava.

Anali apressa o passo passando pela sinistra sala de onde havia visto a figura negra de olhos vermelhos. Dá uma rápida olhada e continua passando pela próxima porta que se abre devagar sozinha, Anali para o passo de repente. Aquela sala parecia lhe chamar, receosa, Anali somente olha para dentro e nota que era a única sala que tinha a mesa do professor intacto próximo a janela. Observando nota que à uma boneca de pano sentada sobre a cadeira. O que uma boneca estaria fazendo ali?!

Anali prepara a câmera e com o olhar através da lente percebe que a boneca havia mudado sua feição, dando lugar a um sorriso sinistro. Anali então tira a foto e como esperado após baixar a câmera, a boneca havia desaparecido, ficando registrada somente em foto pela sua câmera. Em súbito a porta se fecha violentamente na cara de Anali que se assusta caindo sentada ao chão.

Anali ainda não sabia qual era o propósito daqueles objetos que apareciam e sumiam após tirar-lhes a foto, realmente aquilo estáva se tornando bizarro.

Anali ainda não sabia qual era o propósito daqueles objetos que apareciam e sumiam após tirar-lhes a foto, realmente aquilo estáva se tornando bizarro

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