As luzes em suporte estavam acessas dando um ar iluminado e mais tranquilo ao hall de entrada da faculdade, a vontade de Anali era de ficar ali e não sair mais. Teria que ter coragem e continuar seguindo com a missão até então suicida de Guto.Verificando novamente a porta que permanecia emperrada, Guto à soca com o punho fechado, logo se vira em direção ao corredor.
_____ Vamos continuar pessoal, me sigam!
Anali se põe em pé com a câmera na mão se juntando ao pequeno grupo, Júlio ainda não havia descido, sem se importar Guto, Carmen e o ajudante seguiam o corredor com Anali logo atrás.
Seguindo os corredores sujos e abandonados Guto com sua filmadora abria a porta de uma das salas de aula, ao fundo as carteiras estavam amontoadas umas sobre as outras o fedor de sujo e poeira dominava o local. As janelas estavam cinzentadas pela poluição e tomadas pela trepadeira que cobria quase toda a janela.
_____ Aqui tem uma energia muito pesada, mas não á nenhuma presença nessa sala! __ diz Carmen.
Anali pega a câmera e tira fotos rapidamente do local, e sem tirar o olho da lente um vulto passageiro aparece rápido a janela sumindo logo em seguida. Anali paralisa sem ter uma reação, aquele vulto era muito alto, baixando a câmera Anali da meia volta saido da sala se juntando aos demais.
Guto vira a câmera filmando o corredor e o seus acompanhantes.
_____ Por enquanto, tudo tranquilo na antiga e grande faculdade apollo onde aconteceu inúmeros assassinatos sem explicações! __ Guto pausa a gravação. _____ Onde está Julio?
Todos olham para trás e não havia sinal de Júlio.
_____ Ele ainda deve estar tentando obter sinal no celular! __ diz Carmen.
_____ Mas acho que ja era para ele estar aqui! __ diz Anali olhando para trás.
_____ Bom, vamos continuar qualquer coisa eles nos alcança, quanto mais cedo terminarmos com isso melhor!
O pequeno grupo continua a andança pelo longo corredor, a quinta sala estava trancada, parecia que algo estava bloqueando a porta pelo lado de dentro. Guto ia relatando tudo em sua filmagem, e seu ajudante ia fazendo as anotações e Anali tirando as fotos.
De repente Carmen para em meio ao corredor paralisada, coloca o dedo indicador na boca pedindo silêncio a todos, o ajudante que já estava ficando pálido para, virando o olhar devagar para onde Carmen estava olhando. Havia uma sala mais a frente com a porta entre aberta, e pela fresta notavasse lá dentro uma total escuridão, era a sala mais escura de todas.
_____ Tem algo ali! __ diz Carmen em sussurro. _____ Eu posso sentir, e não é amistoso.
Ela fala com tanta veemência que parece que á realmente algo naquela sala, pensa Anali. Preparando a câmera e focando a lente direto na fresta da sala escura, mais uma vez não se via nada.
Carmen se aproxima devagar sem proferir nenhum barulho, Guto ia logo atrás no mesmo ritmo e Anali ao seu lado lhe acompanhando, de repente um novo vendaval frio passa pelo corredor, batendo a porta em seguida.
Carmen tenta segurar a maçaneta, mas em vão. A porta havia se trancado deixando todos atônitos mais uma vez.
_____ Mas que droga de vento é esse?! __ reclama Guto.
_____ Havia um ectoplasmado dentro dessa sala, tenho certeza. Seria a oportunidade de deixar gravado algo sobrenatural no documentário! __ lamenta a sensitiva.
Anali torce o rosto ainda desconfiada, mas o vento que corre sem ter frestas ou janelas abertas, realmente é uma incógnita. E o fato de ter uma sensação de estar sendo observada, ainda não foi revelado por Anali.
Continuando o trajeto, outras salas estavam com as portas abertas a setima sala estava cheia de carteiras amontoadas ao fundo, uma em cima da outra, parecia uma brincadeira de criança. Anali tira fotos, quando se vira para sair um pequeno barulho é ouvido Anali para na porta e vira o olhar devagar para o fundo da sala, algo estava jogado ao chão embaixo de uma das carteiras. Anali pensativa resolve se aproximar, se agacha e observa aquele estranho objeto que não notará minutos atrás.
Era um pequeno boneco de vodu feito de pano de estopa, observa e se nega a toca-lo, mas não de tirar uma foto. Anali foca a câmera no objeto tirando uma foto, ao afastar o olho do visor e olhar novamente para o chão o boneco havia sumido, como num passe de mágica.
Anali atônita, olha para o visor a última foto retirada e o boneco estava lá, registrado, é como se a câmera houvesse recolhido o objeto fisico. Anali pisca os olhos longamente, imaginando que sua câmera tinha realmente algo de especial. Ou ela estava ficando maluca.
_____ Anali? __ Guto aparece lhe chamando e lhe dando um susto de arrepiar a nuca.
_____ Que susto Guto, droga!
_____ Desculpe lhe assustar! Mas o quê esta fazendo sentada no chão? __ pergunta com uma sobrancelha arquiada.
_____ E que.. Ouvi um barulho embaixo das carteiras, mas era só um rato! __ Anali se levanta batendo nos joelhos para tirar o pó.
_____ Hum.
_____ Está tudo bem. Vamos continuar! __ Guto da passagem á Anali que sai da sala de volta ao corredor.
Guto volta a observar a sala por uns segundos e logo depois vira as costas retornando ao passeio sinistro. Tudo estava muito quieto, exceto pelo vendaval estranho e pelo boneco de vodu capturado pela câmera de Anali.
O grupo seguia as demais salas sem nada de anormal acontecer. Júlio ainda não havia se juntado ao grupo e tudo estava silencioso, Guto já se sentia desanimado de que seu documentário não atingiria o sucesso almejado. Que nada não passava de um prédio velho e antigo, e que no caso dos assassinatos fosse realmente alguém vivo que havia cometido atrocidades por debaixo dos panos e não algo sobrenatural ou mesmo, Lucifer surgido à terra para levar novas almas. Podia ser qualquer coisa, mas algo bizarro tinha que ser filmado, algo de diferente teria que ser registrado, algo que chamasse a atenção para o Jornal.
De súbito os pensamentos de Guto são interrompidos por um barulho no andar de cima, eram sons de tiros. Júlio estaria no andar de cima, agora atirando em quê?!
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A Fotógrafa Sobrenatural.
УжасыAnali uma fotógrafa por Hobby, ama a natureza, animais e lugares inusitados. Em um certo dia é convidada por um jornal local por meio de seu irmão Thiago á fotografar para um documentário sobre uma faculdade antiga e desativada onde aconteceu inumer...