Capitulo 12

212 46 327
                                    


As luzes em suporte estavam acessas dando um ar iluminado e mais tranquilo ao hall de entrada da faculdade, a vontade de Anali era de ficar ali e não sair mais. Teria que ter coragem e continuar seguindo com a missão até então suicida de Guto.

Verificando novamente a porta que permanecia emperrada, Guto à soca com o punho fechado, logo se vira em direção ao corredor.

_____ Vamos continuar pessoal, me sigam!

Anali se põe em pé com a câmera na mão se juntando ao pequeno grupo, Júlio ainda não havia descido,  sem se importar Guto, Carmen e o ajudante seguiam o corredor com Anali logo atrás.

Seguindo os corredores sujos e abandonados Guto com sua filmadora abria a porta de uma das salas de aula, ao fundo as carteiras estavam amontoadas umas sobre as outras o fedor de sujo e poeira dominava o local. As janelas estavam cinzentadas pela poluição e tomadas pela trepadeira que cobria quase toda a janela.

_____ Aqui tem uma energia muito pesada, mas não á nenhuma presença nessa sala! __  diz Carmen.

Anali pega a câmera e tira fotos rapidamente do local, e sem tirar o olho da lente um vulto passageiro aparece rápido a janela sumindo logo em seguida. Anali paralisa sem ter uma reação, aquele vulto era muito alto, baixando a câmera Anali da meia volta saido da sala se juntando aos demais.

Guto vira a câmera filmando o corredor e o seus acompanhantes.

_____ Por enquanto, tudo tranquilo na antiga e grande faculdade apollo onde aconteceu inúmeros assassinatos sem explicações! __ Guto pausa a gravação. _____ Onde está Julio?

Todos olham para trás e não havia sinal de Júlio.

_____ Ele ainda deve estar tentando obter sinal no celular! __ diz Carmen.

_____ Mas acho que ja era para ele estar aqui! __ diz Anali olhando para trás.

_____ Bom, vamos continuar qualquer coisa eles nos alcança, quanto mais cedo terminarmos com isso melhor!

O pequeno grupo continua a andança pelo longo corredor, a quinta sala estava trancada, parecia que algo estava bloqueando a porta pelo lado de dentro. Guto ia relatando tudo em sua filmagem, e seu ajudante ia fazendo as anotações e Anali tirando as fotos.

De repente Carmen para em meio ao corredor paralisada, coloca o dedo indicador na boca pedindo silêncio a todos, o ajudante que já estava ficando pálido para, virando o olhar devagar para onde Carmen estava olhando. Havia uma sala mais a frente com a porta entre aberta, e pela fresta notavasse lá dentro uma total escuridão, era a sala mais escura de todas.

_____ Tem algo ali! __ diz Carmen em sussurro. _____ Eu posso sentir, e não é amistoso.

Ela fala com tanta veemência que parece que á realmente algo naquela sala, pensa Anali. Preparando a câmera e focando a lente direto na fresta da sala escura, mais uma vez não se via nada.

Carmen se aproxima devagar sem proferir nenhum barulho, Guto ia logo atrás no mesmo ritmo e Anali ao seu lado lhe acompanhando, de repente um novo vendaval  frio passa pelo corredor, batendo a porta em seguida.

Carmen tenta segurar a maçaneta, mas em vão. A porta havia se trancado deixando todos atônitos mais uma vez.

_____ Mas que droga de vento é esse?! __ reclama Guto.

_____ Havia um ectoplasmado dentro dessa sala, tenho certeza. Seria a oportunidade de deixar gravado algo sobrenatural no documentário! __ lamenta a sensitiva.

Anali torce o rosto ainda desconfiada, mas o vento que corre sem ter frestas ou janelas abertas, realmente é uma incógnita. E o fato de ter uma sensação de estar sendo observada, ainda não foi revelado por Anali.

Continuando o trajeto, outras salas estavam com as portas abertas a setima sala estava cheia de carteiras amontoadas ao fundo, uma em cima da outra, parecia uma brincadeira de criança. Anali tira fotos, quando se vira para sair um pequeno barulho é ouvido Anali para na porta e vira o olhar devagar para o fundo da sala, algo estava jogado ao chão embaixo de uma das carteiras. Anali pensativa resolve se aproximar, se agacha e observa aquele estranho objeto que não notará minutos atrás.

Era um pequeno boneco de vodu feito de pano de estopa, observa e se nega a toca-lo, mas não de tirar uma foto. Anali foca a câmera no objeto tirando uma foto, ao afastar o olho do visor e olhar novamente para o chão o boneco havia sumido, como num passe de mágica.

Anali atônita, olha para o visor a última foto retirada e o boneco estava lá, registrado, é como se a câmera houvesse recolhido o objeto fisico. Anali pisca os olhos longamente, imaginando que sua câmera tinha realmente algo de especial. Ou ela estava ficando maluca.

_____ Anali? __ Guto aparece lhe chamando e lhe dando um susto de arrepiar a nuca.

_____ Que susto Guto, droga!

_____ Desculpe lhe assustar! Mas o quê esta fazendo sentada no chão? __ pergunta com uma sobrancelha arquiada.

_____ E que.. Ouvi um barulho embaixo das carteiras, mas era só um rato! __ Anali se levanta batendo nos joelhos para tirar o pó.

_____ Hum.

_____ Está tudo bem. Vamos continuar! __ Guto da passagem á Anali que sai da sala de volta ao corredor.

Guto volta a observar a sala por uns segundos e logo depois vira as costas retornando ao passeio sinistro. Tudo estava muito quieto, exceto pelo vendaval estranho e pelo boneco de vodu capturado pela câmera de Anali.

O grupo seguia as demais salas sem nada de anormal acontecer. Júlio ainda não havia se juntado ao grupo e tudo estava silencioso, Guto já se sentia desanimado de que seu  documentário não atingiria o sucesso almejado. Que nada não passava de um prédio velho e antigo, e que no caso dos assassinatos fosse realmente alguém vivo que havia cometido atrocidades por debaixo dos panos e não algo sobrenatural ou mesmo, Lucifer surgido à terra para levar novas almas. Podia ser qualquer coisa, mas algo bizarro tinha que ser filmado, algo de diferente teria que ser registrado, algo que chamasse a atenção para o Jornal.

De súbito os pensamentos de Guto são interrompidos por um barulho no andar de cima, eram sons de tiros. Júlio estaria no andar de cima, agora atirando em quê?!

 Júlio estaria no andar de cima, agora atirando em quê?!

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
A Fotógrafa Sobrenatural.Onde histórias criam vida. Descubra agora