Capitulo 15

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Anali se levanta passando as mãos sobre a calça tirando a sujeira, continua a caminhar chegando na ala principal e nota que não tem mais ninguém ali, o segundo ajudante que ficou pra monitorar as gravações teria sumido. Anali olha para a televisão ligada mas não havia imagens, volta sua atenção para a porta e pensa em tentar força-la.

Anali pega na maçaneta e a puxa, bate e grita por socorro, nada acontece. Mais uma vez um vento forte percorrer o local novamente bagunçando seus cabelos e as luzes que estavam ligadas explodem junto com o monitor da TV, como em automático o vento cessa deixando Anali em um breu fúnebre.

A única luz ali era a de sua câmera,  desolada Anali se vê perdida e com medo, pensou em voltar pelo corredor direto aos demais ou ficar num canto parada até a chegada de Guto ou até alguém bater à porta do hall principal  lhe procurando.

Até aquele horário seu irmão e sua mãe ja deveria estar sentindo sua falta. Anali resolve sentar na cadeira onde ficava o ajudante e resolve esperar, olhando para todos os cantos, a sensação de alguém estar ali com ela era inevitável. Coloca a câmera em meio ao peito com o dedo no botão como se fosse sua única arma contra as almas perdidas daquele lugar.

Se lembrando de seu maneki puxa-o de dentro da blusa deixando-o à vista, seu coração batia descompassado dentro do peito sua respiração era frenética e baixa. Até sentir alguém tocando seus cabelos.

_____ Ai Guto que bom que você venho! __ se vira para olhar, mas não tinha ninguém ali.

Anali se levanta assustada, quem estaria pegando em seu cabelo?!
De repente a cadeira em que estava é jogada para longe e Anali começa a andar de costas tentando ficar longe daquilo que está indo em sua direção.

Até tropeçar e cair ao chão, de súbito pega sua câmera olhando através dela e uma criatura toda torta com um longo vestido branco e olhos negros que pareciam dois buracos vazios como se o olhos houvessem sido arrancados, ela avança em sua direção. Anali começa a tirar fotos e a criatura para tampando o rosto, sem dó, Anali tira uma sequências de fotos até a criatura se afastar rapidamente sumindo através da parede.

Logo Anali se arrepende de ter se afastado do grupo, se levanta e corre como nunca pelo corredor já conhecido de volta à cantina. Ao chegar não tinha mais ninguém, Guto, Carmen e o ajudante já haviam se desperçado, Anali então grita pelo nome de Guto e nada é ouvido somente o eco de sua voz, o silêncio naquele lugar era mórbido. Perdida e desolada Anali se senta ao chão se encostando a parede da janela e se vê fechando os olhos e rezando querendo a todo custo, que aquele pesadelo acabasse logo.

Após uns minutos rezando, Anali resolve abrir os olhos e para sua surpresa a sua frente surgiu um gato preto de olhos amarelos que lhe encarava, balançando o rabo de um lado ao outro lentamente. Anali olha ao redor sem entender o que aquele bichano estaria fazendo naquele lugar sombrio.

_____ Oi bichano, o que você faz aqui? __ diz ao gato.

O bichinho começa a ronronar, de repente ele corre até a escada que leva ao andar de cima parando e se sentado no primeiro degrau, parece que ele queria que Anali o seguisse. Com medo de ficar sozinha novamente, Anali se levanta e vai até o gatinho um barulho de algo caindo é ouvido por trás de Anali que se assusta se virando rapidamente com a câmera já em posição, porém mais uma vez nada é visto.

Anali toma coragem e olha através da lente para o local onde se ouviu algo caindo, mas nada é visto e o silêncio toma de conta da atmosfera novamente. Voltando a escada viu que o gato havia sumido, o medo e a insegurança mais uma vez toma conta de Anali que procura com o olhar o seu pequeno companheiro.

Sem escolha, sobe então as escadas até o andar de cima, chegando ao topo Anali se vê em mais um corredor ainda mais escuro com várias portas um de frente para outro, não tinha a onde se esconder teria que encarar agora sozinha aos próximos desafios paranormais daquele lugar. Anali respira fundo posicionando sua câmera em frente ao peito se preparando para o pior.

Começa a andar devagar, e abre a primeira porta sem saber o que está procurando, talvez, mais algum objeto inusitado. Mas na primeira sala não tinha nada, somente carteiras enferrujadas jogadas ao canto, fecha a porta e parte para outra de frente que está sem porta, se aproxima devagar do beiral observando tudo, mas não tinha nada de anormal.

Ao se voltar para o corredor, logo a frente um vulto rapidamente entra em uma das portas, Anali fica paralisada apertando com força a câmera em suas mãos. Com a garganta seca, Anali engolhe em seco e caminha devagar até a porta onde o vulto tinha entrado. Anali tenta chamar por Guto.

_____ Guto?! É você? __ ninguém responde.

O silêncio domina e o único barulho ali era do seu coração descompassado dentro do peito. Anali continua em pequenos passos até a entrada da porta, ao chegar, para em meio ao batente da porta e ao fundo havia alguém de costas, era um homem, parecia ser Guto. Anali ficou alguns segundos o analisando vendo se havia algo em suas mãos, que estão vazias dispostas ao lado do corpo.

Anali o chama novamente, mas não recebe resposta, com o flashe da câmera iluminando suas costas decide se aproximar, toca seu ombro e o homem se vira mostrando seu olhar morto e escuro. Anali se assusta e tenta correr mas a porta se fecha a trancando junto com aquela coisa.

Anali tenta forçar a maçaneta que em vão não abre, grita e bate na porta enquanto o homem de olhar escuro tenta se aproximar. Rapidamente Anali foca o indivíduo na câmera e a interferência na lente surgia, Anali usa o defeito da câmera tirando as fotos, a criatura se irrita e grita a cada clique tirado.

De repente a criatura avança sobre Anali a empurrando contra a porta que com um baque é jogada para fora da sala caindo ao chão e logo depois a coisa sumia pela escuridão adentro. Anali fica uns segundos deitada ao chão passando a mão pela cabeça e logo se põe sentada verificando se havia quebrado a câmera.

Em pensamentos Anali analisa o que acabará de presenciar, ou Guto foi possuido ou algo estava querendo lhe enganar usando suas feições. Anali não sabia nada do que acontecerá aos demais e o único jeito de descobrir, seria continuar procurando.

 Anali não sabia nada do que acontecerá aos demais e o único jeito de descobrir, seria continuar procurando

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