Capitulo 18

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Anali e Guto seguiam verificando as salas daquele andar que parecia não ter fim e a cada segundo naquele lugar, parecia lhe afetarem de alguma forma. Guto parecia cansado e pálido, diferente de Anali que apesar de tudo se mantinha forte e decidida a continuar. Barulhos e murmurios eram ouvidos constantemente naquela parte da faculdade.

Após andarem e verificarem que nada de anormal haviam nas salas, Anali e Guto chegam a parte da entrada principal. Guto corre descendo as escadarias direto para a porta de entrada forçando a maçaneta.

— Não adianta, eu já tentei! — diz Anali.

Guto então toma uma distância e corre em direção a porta batendo o ombro tentando força-la a abrir, mas sem sucesso. Guto massageia o braço dolorido pelo baque forçado. Anali balança a cabeça em negativo para Guto.

— Temos os andares do outro lado! Quem sabe encontramos Carmen e os seus dois ajudantes. — fala Anali apontando a luz para o próximo corredor de salas.

— Eles devem estar mortos, deviamos tentar sair daqui enquanto estamos vivos! — diz Guto.

— Para de ser covarde se fosse você perdido, com certeza você iria querer que lhe procurassem! — Anali diz indignada.

Guto a encara serio não acreditando no que ela acabara de dizer. Massageando o braço dolorido, Guto se vira para a porta lhe dando um último soco inconformado. Luzes piscam de fora para dentro, pareciam ser relâmpagos uma forte chuva chegará.

— Ótimo, chuva com relâmpagos uma ótima trilha sonora para este lugar. - diz Guto.

— Eu gosto da chuva, acalma os pensamentos. — revela Anali.

Guto não responde. De repente ele se afasta da porta e caminha em direção ao próximo corredor, Anali então o acompanha alumiando o caminho com o flashe de sua câmera. O corredor daquele lado parecia mais bagunçado, uma sensação pesada de agonia e depressão emanavam daquele local.

Mas Anali se sentia mais confiante por não estar sozinha e agradecia por Guto estar ali com ela, apesar de ele se manter calado o tempo todo. Durante o trajeto foi notado que muitas portas estavam trancadas e algumas se ouviam sussurros como se houvesse pessoas do outro lado, talvez almas perdidas e condenadas a ficarem presas naquele local.

— Essa parte da faculdade esta me dando calafrios! — Guto quebra o silêncio.

— As almas atormentadas devem estar acumuladas desse lado! — responde Anali olhando de um lado ao outro.

— Engraçado você falando assim, me lembrou a Carmen! — Guto diz dando um pequeno riso.

— Falando nela onde ela estará? Onde estarão todos? — expressa Anali.

Mais relâmpagos piscavam pelas poucas frestas das janelas iluminando por pequenos segundos o caminho a frente. Por alguns segundos durante a iluminação dos raios, Anali pensou ter visto uma visionomia a frente.

Parada, Anali levanta a câmera aos olhos, mas não é visto nada.

— Você viu aquilo Guto? — Anali pergunta sem tirar os olhos a frente.

— Guto? — Anali não recebe resposta de Guto e se vira olhando para trás.

Guto estava parado com um semblante de dor. Anali olha para sua barriga que havia uma ponta pontiaguda atravessada em seu estômago, sangue escorria grosso pelo seu ventre. A ponta é retirada e Guto cai ao chão e no seu lugar surgi a figura estranha que o golpeou com uma grande faca nas mãos.

A figura é Mauricio um dos ajudantes de Guto, mas ali não era mais ele seu rosto esta pálido e seus olhos são pura escuridão, seu sorriso bizonho mostravam dentes cerrados e de aparecia podre. Assustada Anali prepara a câmera, Mauricio agora possuido por um espirito maligno avança apontando a grande faca pontuda em direção a Anali.

Anali foca a câmera correndo de costas evitando a aproximação de Mauricio, dando um único clique mas tropeça e cai ao chão e sua câmera voa longe, rapidamente Anali tenta levantar, mas é pega pelo pé e puxada.

Mauricio a puxa para si e sobe por cima de Anali que se contorce esticando as mãos e segurando os braços dele impedindo a tentativa de golpe da faca. Mas Mauricio era mais forte, quando a ponta da faca estava a centimentros de seu rosto Guto o puxa pelo pescoço de cima de Anali.

Sem perder tempo Anali se arrasta até a câmera pegando-a e rapidamente lança uma sequências de flashes e cliques. A criatura se debate jogando Guto para longe, rapidamente, o ser se arrasta como uma salamandra pelas paredes até o teto e some entre a escuridão.

Com o coração aos saltos e respiração ofegante, Anali corre até Guto rasgando as mangas da sua blusa e colocando em sua ferida aberta. Havia muito sangue e Anali pela primeira vez chorava de desespero e angústia temendo também em morrer naquele lugar.

— Não cho..re Anali, se..ja... forte. — Guto tentava dizer.

— Para. Não faça esforço você vai ficar bem, eu vou pedir ajuda. — Anali pegava mais uma vez o celular limpando os olhos das lagrimas que embaçavam sua vista.

— A..nali...conti..nue, des..cu..bra e aca..be com isso. — Guto dizia por fim, sua respiração já cessava.

Anali nunca tinha visto alguém morrer daquela forma e aquele dia foi onde mais viu pessoas mortas, primeiro Júlio e agora Guto e o que mais poderá encontrar pela frente. Mas Guto ainda deixou uma mensagem para que Anali encontrasse e descobrisse.

Anali fica um pouco ajoelhada ao lado do corpo, pega sua câmera e visualiza todas as imagens tiradas e dos objetos estranhos copiados, talvez fosse a chave para aquele lugar maldito. E o caminho em que o espirito de Bianca havia apontado seria o destino talvez.

Anali precisa saber se á mais objetos mas pra isso teria que verificar sala por sala novamente. Anali se levanta e da uma última olhada para Guto. Olha através da câmera em volta do lugar em que está e verifica se o espirito de Guto estaria ali com ela. Mas não havia nada.

— Descanse em paz, amigo.

Anali diz e com a câmera em mãos, segue o caminho iluminando o interior das salas uma por uma, algumas estavam tão bagunçadas e escuras que não se via nada. O mistério fantasmagórico daquele lugar se mantinha e cabia agora a Anali descobrir, já que era a única ainda de pé e lúcida naquele lugar.

 O mistério fantasmagórico daquele lugar se mantinha e cabia agora a Anali descobrir, já que era a única ainda de pé e lúcida naquele lugar

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