Capitulo 21

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O elevador permanecia parado, Anali retorna ao elevador e começa a apertar o botão várias vezes mas nenhuma resposta é obtida. Anali estava presa ali, uma sensação de desespero a atingi seu coração palpita desesperadamente dentro do peito lhe avisando que ainda estava viva.

Senta no chão do elevador e começa a olhar as fotos da câmera, olha através do visor para fora e nada é visto. Parecia que até os espiritos se mantinham longe dali daquele lugar de atmosfera pesada.

Mas Anali não podia permanecer ali parada, teria que ter uma saída em algum lugar, talvez um outro elevador. Anali respira fundo tentando mais uma vez se manter calma e lúcida.

Se levanta e em passos lentos se põe novamente no local sombrio. Aquilo era totalmente surreal, talvez enlouqueceu e agora estava imaginando coisas. Mas aquilo tudo pareciam muito reais.

De repente o portão do elevador se fecha rapidamente e sozinho começa a retornar para cima. Anali não acreditando volta correndo, mas a porta de metal se fecha a deixando lá naquele lugar.

Anali bate e chuta a porta proferindo palavrões de todos os tipos, indignada. Mas se acalma logo depois pensando na possibilidade de ser Carmen, talvez ela tenha tomado coragem e passou pelo túnel e fez o mesmo caminho até o elevador.

Mais calma e sentido alívio, Anali resolve esperar a sua única companhia viva daquele lugar. Havia algumas rochas sem larvas quentes próximas, Anali caminha até elas e se senta resolvendo esperar que o elevador retorne.

Após alguns minutos de espera, Anali ouve o barulho do elevador chegando, aguarda ansiosa ainda sentada na rocha. A porta de metal se abre, Anali se põe em pé sem tirar os olhos, o portão de metal se abre, e para sua surpresa um pequeno gato preto salta pra fora miando em sua direção.

Mesmo assim Anali fica feliz de não estar mais sozinha ali. Sem se importar de como um gato apertou o botão para descer. Faz caricias no pequeno bichano dando uma última olhada em direção ao elevador.

Após se satisfazer com as caricias, o gato de pelagen negra se afasta, seguindo um caminho, vendo que Anali não o seguia resolve miar. Parecia chamar Anali para que o seguisse.

Anali o observar e resolve segui o pequeno bichano, sem saber a onde ele a levaria. O animal havia lhe ajudando durante seu percurso e achou que poderia sim confiar no bichano.

Ambos então seguem o caminho até então incerto, pelo menos para Anali. A cada passo dado se afastava mais do elevador e o silêncio imperava no local o que trazia um certo incômodo.

O caminho auxiliado pelo gato não mudava, tudo ali era rocha e larvas vermelhas e muita fumaça espalhada por todo o ambiente. Olhando para cima não se via nada mais além da escuridão profunda.

Parecia estar dentro de um grande vulcão ou dentro das profundezas da terra abaixo de São Paulo. O que não explicava como aquilo foi cavado e logo, abaixo de uma faculdade mal assombrada.

O gato continua a caminhar sem parar e Anali continua o seguindo tirando fotos de todo o lugar porque se uma hora conseguir sair, aquelas fotos seriam provas de que não estária louca.

Alguns minutos passados o gato para a sua caminhada subindo a um tipo de pedestal onde haviam quatro totens disposto um do lado do outro.

Sem intender Anali olha para o bichano com o cenho franzido. O gato se põe em pé a um dos totens e toca o topo com sua pata e em seguida um miado agudo, logo depois ele se aproxima de Anali que se agacha em direção ao bichano que com a pata toca sua câmera.

Anali ainda em dúvida pega sua câmera a retirando do pescoço e o observa tentando assimilar o que o gato queria que ela fizesse. Enquanto isso o bichano se lambia passando a patinha na cabeça e se lambendo. Anali com a câmera em mãos começa a visualizar as fotos tiradas pelo pequeno visor.

Enquanto via as fotos incluindo a dos fantasmas sinistros, Anali também obsevava os totens com mais atenção verificando algo que não notará antes, haviam simbolos desenhados na base pareciam ter sido feitos por uma criança: o primeiro parecia um bebê o segundo um boneco palito com espinhos, o terceiro um boneco palito com fios de cabelo desenhado e o último é um desenho de chamas.

Visto isso Anali se lembrou dos objetos estranhos que sua câmera estranhamente capturou durante suas caminhadas pelo interior da faculdade. Voltando ao visor da câmera, Anali encontra o primeiro objeto achado: o boneco vodu. Anali então aponta a câmera para o desenho do totem, mas nada acontece depois aponta para o topo da base onde a magica acontece.

A imagem some da foto reaparecendo ali fisicamente na base do totem. Anali fica surpreendida de como aquilo estava acontecendo. De repente Anali é puxada por trás por algo e é jogada longe, sua câmera cai ao chão próximo a onde está os totens. Era Guto ou o que restou de seu corpo.

Os olhos negros e malignos a encarava, a pele pálida e cinzenta e o corte em sua barriga profundos e ensanguentado.

  - Não deixarem que quebre a magia menina! - dizia Guto a qual a voz não o pertecia e sim a outra pessoa.

  - Que magia? Quem é você? - pergunta Anali.

  - Menina enxerida! Você ira para o outro lado e eu me certificarei que sua alma nunca saia daqui! - diz a coisa que estava com o corpo retorcido de Guto.

Anali se levanta e tenta correr para a câmera no qual seria sua única arma ao invisível. Mas é pega rapidamente pelo braço e puxada, seu rosto fica a centimentros do rosto morto de Guto onde os olhos negros encaravam através da sua alma. Enquanto isso o espirito tentava lhe esganar com as duas mãos, ele é mais forte.

Anali tentava se sair através de chutes e socos mas nada o atingia.

   - Solte-a Vovô! - uma voz ecoada é ouvida.

   - Bianca! Não se intrometa! - diz o homem com uma voz demoniaca e enfurecida.

Então é Ricardo Ross o homem que havia talvez se suicidado na década passada e estava ali se vingando dos alunos e professores.

    - Pare vovô, não a mate. Deixe que ela quebre a maldição, vá dormir em paz vovô chega de mortes! Chega de vingança! - diz Bianca insistente.

    - Nunca! Saia daqui Bianca. - diz o fantasma de Ricardo em posse do corpo de Guto que apertava ainda mais o pescoço de Anali.

Anali estava sufocando quase desmaiando.

Anali estava sufocando quase desmaiando

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A Fotógrafa Sobrenatural.Onde histórias criam vida. Descubra agora