- É a câmera da minha irmã! - Thiago se aproxima tomando a câmera da mão do policial. - Está com a lente quebrada, aconteceu alguma coisa. - Thiago começa analisar as fotos tiradas.Mas a câmera continha somente uma única foto de Anali abraçando um gato preto e era somente isso que havia.
- Esse gato é dela? - pergunta o detetive.
- Não! Eu não sei que gato é esse. Mas continha mais fotos quando ela saiu! Não é possivel, onde está minha irmã? - Thiago diz apertando a câmera contra o peito enquanto uma lagrima saia de seus olhos.
- Sinto muito meu jovem! - lamenta o detetive.
Após alguns minutos mais dois corpos são achados, estavam secos e posicionados um em cima do outro, estavam em uma outra sala trancada. Quem havia feito isso com essas pessoas? Pensava Thiago.
Após vasculharem tudo todos estavam de volta ao hall. Thiago encosolado se encontrava sentado a escadaria com a câmera de Anali nas mãos.
- Foi revistado tudo aqui meu rapaz, nenhum sinal de sua irmã e do seu amigo, nenhum corpo, nada! - confirma o detetive.
Após todos sairem para fora, Thiago caminha devagar olhando ao redor e com olhos lagrimejados sem acreditar que sua irmã permaneceria desaparecida.
- Foi visto tudo aqui meu rapaz! Continuem espalhando panfletos de sua irmã por ai, é a única forma. - diz o detetive batendo em seu ombro.
- Eu preciso da câmera pra perícia! - um policial diz a Thiago com um saquinho nas mãos.
- Não! A câmera é minha, é a única recordação boa de minha irmã! - diz Thiago apertando o objeto contra o peito chorosso.
- Deixe com ele, pegue uma fita e tire a digitais e deixe a câmera! - afirma o detetive.
Thiago se afasta se sentando em um dos velhos bancos que ficavam do lado de fora do prédio da faculdade, analisava cada pedacinho da câmera de Anali se lembrando do seu sorriso ao tirar uma foto qualquer.
Ao olhar em direção ao prédio viu os quatro corpos achados sendo retirados pelo IML, quem seriam as duas pessoas? Será que conheceram Anali? Thiago pensava.
Olhando mais uma vez a câmera Thigo resolver olhar através do visor, a rachadura na lente é profunda e via tudo em volta duplicado. Quem havia quebrado a câmera?
Thiago continua a olhar através do visor da câmera e de repente vê algo preto andando indo em sua direção. Thiago tira a câmera do rosto e vê um pequeno gato de pelagem negra sentar ao seu lado no banco.
Ele é idêntico ao gato que é abraçado por Anali na única foto que continha na câmera, o gato ficou ali olhando para Thiago com seus olhos amarelados e grandes.
Até ele se aproximar miando.Thiago o acaricia, o pêlo é macio e sedoso, até notar algo em seu pescoço é um cordão amarrado com um maneki de cor preta pendurado. Thiago lembrou que Anali quando saiu estava com um cordão no pescoço também com um maneki da mesma cor idêntico ao que estava no gato.
Thiago franzi a testa era muita coincidência ou aquele gato esteve com Anali. O pequeno gato mia baixinho se esfregando em Thiago enquanto ele acaricia a sua cabeça.
Enquanto isso a porta da faculdade antiga era lacrada com fitas amarelas e os policias se preparam para se retirar. O detetive chama Thiago pelo portão.
Thiago então se levanta dando um último olhar ao pequeno gato imaginando de onde ele havia surgido.
- Adeus amiguinho! - se despede Thiago tirando uma foto do bichano com a câmera de Anali.
O portão da faculdade é trancado com outro cadeado bem maior e bem mais forte. Thiago no carro do detetive se mantinham em silêncio o tempo todo, cabisbaixo e com saudades de sua única irmã. Até ele resolver romper o silêncio.
- O que vai ser feito do prédio? - pergunta ele ao detetive.
- Provavelmente demolido! Que aliás era pra ter sido derrubado a muito tempo atrás. - diz o homem a Thiago.
Chegando em casa, Thiago entra de cabeça baixa tomando o rumo do seu quarto.
- Thiago? E ai? O que houve? - Caio se aproxima com semblante aflito.
- Não houve! Não teve vestigios da minha irmã, eu não sei se foi bom ou ruim não encontra-la! - diz Thiago esfregando o nariz.
- Hey essa câmera é dela? Então ela esteve mesmo lá? - pergunta Caio olhando pra câmera nas mãos de Thiago.
- Esteve ou alguém pegou dela e deixou lá, estava em uma sala trancada com uma mulher morta e desconhecida! - responde Thiago.
- Meu Deus cara! Onde estará Anali então? Droga! - Caio diz batendo com o punho na parede.
- Prepara os folhetos com a foto de Anali, daqui a pouco iremos espalhar novamente pelo bairro! - afirma Thiago subindo as escadas e logo se trancado em seu quarto.
Thiago tranca a porta e senta na beira da cama incolosado. Resolve mais uma vez ver a foto da câmera a última provavelmente de Anali, ao ver o gato em seus braços lembrou do pequeno bichano que deixou no local.
Ao apertar o botão para próxima foto Thiago toma um susto, algo estava ao lado do gato. Ao observar melhor parecia ser Anali, Thiago fica espantado, naquela hora só havia ele e o gato. Não pode ser Anali.
Thiago logo lembrou que Anali dizia que sua câmera capturava fotos dos que já morreram. Não, Thiago se nega que Anali esteja morta. Thiago fica em prantos olhando para a foto até ele largar a câmera ao chão e chorar freneticamente passando a mãos sobre os cabelos.
(...)
Algumas horas depois batidas são ouvidas na porta. Thiago acorda e se levanta esfregando as mãos no rosto.
- Thiago? Sou eu Caio, abre ai cara!
Thiago levanta e vai em direção a porta a abrindo. Era Caio com um gato preto em mãos. Thiago se assusta.
- Oi! Sua mãe dormiu e esse gatinho estava aqui deitado em frente a sua porta! É de Anali? - diz Caio acariciando o bichano.
Thiago engole em seco sem conseguir dizer nada voltando a sentar em sua cama totalmente abatido.
- Thi você ta um caco mas eu te intendo, também sinto falta dela! Vou deixar você com esse gatinho, é a melhor companhia nessas horas! - Caio diz pondo o gato no chão saindo em seguida. - Qualquer coisa me chama! - Caio sai trancado a porta atrás de si.
O pequeno bichano vai em direção a Thiago e se senta próximo a câmera caida ao chão. O pequeno gato olha para câmera e depois para Thiago.
Thiago o observa franzido o cenho e se abaixa pegando a câmera. Suando frio, Thiago resolve olhar através do visor em direção ao bichano e vê uma moça em pé rindo com semblante amavel. Thiago treme com olhos arregalados e em prantos ao constatar que o gato era na verdade Anali.
Fim.
Calma, tem Epilogo a seguir..
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A Fotógrafa Sobrenatural.
HorrorAnali uma fotógrafa por Hobby, ama a natureza, animais e lugares inusitados. Em um certo dia é convidada por um jornal local por meio de seu irmão Thiago á fotografar para um documentário sobre uma faculdade antiga e desativada onde aconteceu inumer...