Cada sala foi averiguada, mas nada foi encontrado. Muitas salas estavam trancadas não se sabia se era pela grande força ruim do lugar ou por chaves. Chegando ao segundo andar mais salas se apresentava, Anali respirava fundo seguindo e verificando a primeira sala, mais carteiras estava jogadas ao fundo nada de anormal por enquanto.Voltando ao corredor já indo para a segunda sala um miado é ouvido. Anali para e procura em volta seu amigo bichano, no qual não se sabia se estava ali vivo ou era só fruto da sua imaginação. Ao longe se via dois olhos amarelos que vinham em sua direção, Anali abre um sorriso e cumprimenta o pequeno peludo.
- Oi amiguinho? Eu estava com saudades!
O bichano romrona se desviando de Anali andando mais para frente, Anali o segue com a luz do flashe e o bichano para em frente a porta de uma das salas. Anali então se aproxima. A porta estava fechada, Anali se aproxima e toca na maçaneta a porta se abre por si só o que faz um grande ruído. Anali ilumina o interior a sala esta intacta as carteiras estão em seus lugares, o quadro negro esta limpo e em cima de uma das carteiras do meio havia um objeto.
Uma vela de cor preta em pé sobre a carteira más apagada. Anali se aproxima e tira a foto, logo a vela some e automaticamente fica registrada em foto e mais um objeto é encontrado, mas não se sabia se seria o último. Anali se vira em direção a porta e volta ao corredor, a porta da sala se fecha sozinha e o gato havia desaparecido, mais uma vez.
Anali segue o caminho algumas salas de aulas está totalmente destruidas, uma em especial parecia ter sido queimada por dentro, havia muito carvão e as paredes estão pretas, uma das janelas de vidro esta estilhaçada e um vento forte do lado de fora passa entre as frestas da trepadeira que cobria por completo as janelas, mas seria uma saída daquele inferno?
Anali se aproxima da janela a analisando, olha em volta e verifica em meio ao carvão algum pé de cadeira que tenha sobrevivido ao fogo. Em meio a sala Anali pisa em algo duro e com a mão ela pega um pedaço de madeira que estava meio intacto, mas servia para derrubar os estilhaços da janela.
Desesperadamente Anali começa a bater na janela derrubando os pedaços de vidro no chão dando acesso a trepadeira. Anali então começa a chutar a trepadeira com toda sua força, mas nem se move o caule é antigo e estava bem resistente.
Anali olha através das frestas mas nada é visto esta muito escuro do lado de fora e silencioso, aparentemente a chuva de alguns minutos atrás havia cessado. Resolve então gritar e chamar por socorro o mais alto que poderia gritar.
- Sooocorrooo, aaaalguém! Meee ajudaaa! - Anali continua.
De repente algo a puxa. Rapidamente Anali se segura no caule da trepadeira, mas o que esta lhe puxando é mais forte e Anali não aguenta e é puxada com força pra fora da sala, a porta se fecha logo atrás. Anali se levanta e vai de encontro com a porta tentando força-la mas já esta totalmente trancada.
Anali chora e desaba ao chão encostada a porta vendo que a sua única chance de contato com o lado de fora foi interrompida, algo naquele lugar não queria que ela fosse encontrada. Chorando, Anali começa a pensar em Guto e de como ele morreu e também pensa em Júlio, não queria morrer ou de ser possuida e sair matando quem tivesse ainda vivo naquele lugar.
Anali resolve levantar enxuga os olhos com a manga da blusa e depois pega sua câmera olhando através da lente toda a extensão do corredor. Decide continuar daquele jeito e em passos rapidos Anali verifica todas as salas tirando foto de cada extensão e canto daquele lugar, até o momento não havia encontrado nada.
A memória de sua câmera estava no vermelho, Anali para em um canto e rapidamente apaga as fotos sem importância para liberar espaço. Continuando Anali chega ao próximo andar já estava cansada de ficar olhando sala por sala, mas algo lhe dizia que havia algo a ser encontrado. Anali para em uma sala de porta dupla pega na maçaneta e por um milagre está destrancada, adentra o local parecia a sala da diretoria ou de professores.
No local havia grandes armarios e estantes desbotadas pelo tempo, pó e teias de aranha dominavam cada canto da saleta, uma das estantes solta um ruido de dentro no qual chama a atenção de Anali que resolve se aproximar com a câmera já no rosto se preparando para o pior. Anali aproxima a mão do pegador da estante e o puxa bruscamente, alguém grita de dentro totalmente assustada.
Carmen ao ver Anali levanta as mãos ao céu agradecendo por ser ela e não outra coisa daquele lugar demoníaco.
- Anali. Graças a Deus! - Carmen diz abraçando Anali e acariciando o seu rosto. Anali suspira de alívio.
- Que bom que você está bem e viva, não aguento mais ver gente morta ou possuida! - Anali diz passando a mão sobre a cabeça colocando os longos cabelos para trás.
- Eu sábia! Eu sabia que você também os via, eu senti isso em você. A algo muito pesado nesse lugar, as almas atormentadas por décadas se concentram nesse lugar e para se sentirem vivas novamente se apoderam de mentes fracas e matam por prazer. - Carmen afirma.
- Como assim? Não acho que seja isso, pode ser um trabalho que alguém fez nessa faculdade por vingança ou sei lá. - Anali dúvida.
- Não, não, trabalhos de feitiçaria ou macumba não funcionam, mas vingança após a morte existe. Veja o que encontrei aqui, olha essas notícias de jornais da época. - Carmen aponta para uma mesa onde haviam jornais velhos.
Anali se aproxima e ilumina a mesa com o flashe e começa a ler as noticias. A primeira nota foi datada no ano de 1979 e um homem estampava a pagina inicial.
" Ricardo Ross foi encontrado enforcado com sua própria gravata em seu escritório, as investigações informam que Ricardo se suicidou. Ricardo tinha uma associação com Carlos Magno dono majoritário da nova faculdade brasileira Apollo. Segundo testemunhas, Ricardo havia discutido com Carlos sobre apropriação da metade da porcetagem sobre a administração e apropriação da faculdade, mas Carlos havia negado seu pedido. O caso está sendo investigado."
Anali franzi o cenho com a notícia e com o sobrenome do homem.
- Espera, Ricardo Ross seria da familia de Bianca Ross ela era da minha sala. - Anali fica pensativa.
- Era? O que aconteceu com ela? - pergunta Carmen.
- Ela foi morta por um colega da mesma sala nossa de forma semelhante a esse senhor. E eu a vi querendo me mostrar alguma coisa que há abaixo desse lugar. - diz Anali.
- O Meu Deus! Esta comprovado que esse senhor em espírito está se vingando e sua colega de sala está querendo lhe mostrar algo ou alguém? - Carmen deixa a pergunta.
- Não sei. Mas esse suicidio me cheira a armação, uma discursão não leva ninguém a tirar a própria vida ou talvez ele foi ameaçado! - Anali diz.
Anali pega os jornais e se senta em uma das cadeiras. Ricardo Ross realmente se suicidou ou foi assassinado? Ou até mesmo ameaçado? E será mesmo que estaria se vingando de Carlos mesmo após morto? Anali terá que descobrir.
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A Fotógrafa Sobrenatural.
HorrorAnali uma fotógrafa por Hobby, ama a natureza, animais e lugares inusitados. Em um certo dia é convidada por um jornal local por meio de seu irmão Thiago á fotografar para um documentário sobre uma faculdade antiga e desativada onde aconteceu inumer...