Lethality

Past Person

A DAMA

Eu tive que passar a tarde com a Caitlin. Ela mandou eu ir com uma roupa mais social e tal, ficou falando o que eu deveria fazer. Não sei porque ela perde tempo falando, nem meu irmão manda em mim.

Meu irmão veio aqui na casa do Justin pra conversar comigo sobre o que faríamos amanhã. Ele iria contra tudo que a Caitlin tinha falado com nós, e pela primeira vez na vida eu estava a favor da Caitlin, eu não queria fazer isso, mas o que Caitlin tinha em mente era muito bom, mas não o suficiente pra nós, ainda pegariamos meses na condicional. 

Eu assenti com o Alec. Que droga. Eu sabia que nada disso iria sair totalmente perfeito. Isso era nossa melhor chance.

Eu tinha que estar preparada para amanhã.

Eu não consegui dormir direito essa noite, estava com insônia, sei lá, então fui para o quarto do Justin, iria aproveitar que a Caitlin não iria dormir aqui hoje. Sim, eu sou bem cara de pau mesmo, mas eu estou solteira, se o J não está o problema é dele. Nossa, essa casa era muito escura. Andei até o seu quarto e abri a sua porta com cuidado. Entrei e logo após fechei, deixei meu celular ali do lado para despertar quando eu fosse acordar. 

  — Jason? — Chamei por ele, ele deve estar dormindo. Tanto faz, eu só quero estar com alguém. Amanhã vai ser um dia cheio. Fui na sua cama e me deitei ao seu lado puxando o cobertor para me cobrir também. Era umas 4 horas da madrugada. Peguei meu celular e fui ver minhas mensagens. Carly mandou algo do tipo "torço por vocês amanhã, te amo", que fofa. Vi se o Alec estava online no WhatsApp, o que é bem improvável. Na verdade, ele estava online. Por que será?

  "Está acordado por quê?", mandei uma mensagem pra ele, mas assim que ela foi entregue ele ficou offline, devia estar fodendo alguém. Só pode. Ignorei. Jason se virou para mim e me abraçou.

  — Larga da porra desse celular, Angel, eu quero dormir. — Ele disse. Bufei e desliguei a tela do celular deixando no seu criado mudo. O abraço do Jason era tão gostoso. Podem me chamar de apaixonada, mas o jeito dele me deixava boba. Me virei para ele e dei um selinho nele, ele é gato demais, sério. Eu até provocaria ele, eu queria transar com ele, mas ele estava tão fofinho e quietinho querendo dormir, vou relevar, sem jogos, eu vou apenas descansar o resto da noite com ele, estar com ele me deixa mais calma em relação a amanhã.

  — Boa noite, Justin. — Eu falei a ele. Justin. É o mesmo nome do cara que matou o meu pai, é claro que isso não tem nada a ver, Justin é um nome muito comum nos Estados Unidos, a cada esquina tinha pelo menos uns dois, além disso, Alec disse que ele havia sido morto. Seu nome era Justin Bieber, ainda bem que esse cara já foi embora tarde do mundo. Talvez esse fosse o nome real do Jason, Justin, ele deve ter mudado para proteger a sua família, sua mãe, se ele tiver irmãos, também, várias pessoas da máfia fazem isso. Eu mesma escondi o meu nome da mafia até entrar nesse acordo com o McCann, todos me conheciam apenas como A Dama.

Meu pai nunca foi um cara legal pra mim, ele sempre estava mimando mais o Alec, minha mãe quem sempre estava do meu lado. Eu não gosto de pensar na história da minha família. Minha mãe morreu cedo, e logo depois aquele idiota do Justin Bieber matou o meu pai. Até hoje meu irmão não descobriu quem fez o mandato para matar o meu pai. Meu pai sempre me deu tudo do bom e do melhor, me treinou junto com o Alec, mas a parte sentimental sempre foi pro Alec, eu nunca reclamei disso, eu tinha medo do meu pai, sempre desabafei tudo com a minha mãe. Esse meu lado vadia eu puxei dela, minha mãe era uma prostituta que conseguiu engravidar do meu pai, o Alec nasceu, e meu pai assumiu os dois, o sonho do meu pai era ter um primogênito homem. Logo depois eu cheguei, eu sempre gostei de chamar atenção, principalmente do meu pai, talvez seja por isso que eu quero que o mundo gire ao meu redor, ele nunca ligou pra mim, por isso quero que todos me amem, ou me odeiem, tanto faz pra mim.