Maid

45 3 1
                                    

A DAMA


Foi um tiro em dois coelhos só, eu sou demais. Eu não parava de me gabar pro Justin que eu havia me saído melhor que ele. É sério, foi demais meter bala naquelas duas vagabundas.

Cheguei em casa, eu estava super atrasada, eu tinha convocado um emprego para serem a minha empregada ou empregado, eu estava procurando por isso faz dias, mas não gostei de nenhuma, e quando eu gostava, Justin não gostava, não que a opinião dele interferisse na minha, é claro que não, mas eu não queria brigar por bobagem.

Deixei minha bolsa no sofá.

  — E aí. — Caitlin veio me cumprimentar, ela veio me visitar as escondidas, foi bom que ela veio, a nova empregada iria ficar pra fora se ninguém a recebesse. Não que eu me importe, mas eu me importo porque eu preciso que alguém me ajude a dar conta dessa mansão.

  — E como que a Megan está? — Perguntei.

  — Está ótima, o médico disse que ela vai nascer perfeita e com muita saúde. — Isso é maneiro. Eu não posso esperar pra que ela nasça, eu raramente converso com crianças, mas no fundo eu acho elas um amor, mas só quando elas estão quietinhas.

  — Eu comprei um presente maravilhoso. — Comentei com ela.

  — Se for aquele macacão cor de rosa que estava embalado em cima da sua cama, eu adorei. — Eu olhei séria para ela, tá me zoando? Fala sério, eu só chamei a Caitlin pra vir aqui um dia, e ela já se faz de casa? Justin entrou com a baby no colo. Ah, que bonitinhos. Ele entregou a baby pra mim. O que foi?

  — Da próxima vez que ela não sair da frente do carro eu passo por cima. — Ui que grosso. Abracei a baby fazendo carinho nela, se ele fizesse alguma coisa contra o meu bebê eu dava um tiro nele. — E aí, Cait. — Ele cumprimentou a Caitlin, eu ri por dentro, até parece que ele é simpático.

— Oi Justin. — Ela disse. — Ah, eu já ia me esquecendo, tem uma garota te esperando lá na cozinha. — Ela me avisou. Olhei pro Justin subindo as escadas, ah ele iria tomar banho? Estava precisando mesmo. Vou te contar que até pra morrer aquelas vagabundas se jogaram encima dele. Ele precisa se desinfectar.

— Valeu, bis. — Pisquei pra Caitlin.

  — Bis? Até que enfim um apelido fofo hein, Angel. — Eu ri. Ah tá bom Caitlin, me poupe. Ela veio andando comigo até a cozinha.

  — Sim, é uma abreviação de biscate, eu também achei super fofo. — Caitlin me deu um empurrão de leve. Que otária. Bem... bem, o que temos aqui? Vi a garota se levantar, eu esperava alguém mais velha, sei lá, porque uma adolescente da idade da Caitlin iria ganhar sendo uma empregada? Vai entender.

— Muito prazer, me chamo Hanna. A senhorita não imagina o quanto preciso desse emprego, e farei exatamente tudo que precisar para conseguir ele. — Ela veio se apresentar e fazer um aperto de mãos comigo. Olhei para a mão dela. Ah, desculpa flor, não posso, baby está ocupando meu colo.

  — Você já deve saber quem eu sou. Essa é a Baby, a segunda proprietária dessa casa, vai ter que tratar ela como uma filha se quiser esse emprego, e essa é minha cunhada. — Respirei fundo dando de ombros. O que o meu irmão foi arrumar para mim?

  — Caitlin Beadles. — Caitlin falou pra ela olhando de cima a baixo. Caitlin é uma puta, não vai ir com a cara dela.

  — Por que precisa desse emprego? — Perguntei. Passando a mão na Baby.

  — Bem, eu morava na Filadélfia, tive problemas com os meus pais e me mudei pra cá há pouco tempo, eu não tive muitas oportunidades por lá, e acabei vindo estudar aqui em NY, mas eu não consegui nenhum emprego até agora pra me manter. — Ah, que comovente, só que não né, eu não tô nem aí pra história de vida dela, onde é que ela morava mesmo? Washington? Enfim, só entendi que ela é pobre. É óbvio que é pobre, se fosse rica, não estaria aqui.

  — Ah, você é até bonitinha. — Mudei de assunto, não o suficiente pro Justin ficar babando, não que eu esteja insegura, fala sério, eu devo ser a garota mais bonita do país.

  — Muito obrigada, senhorita Storman. — Ela agradeceu. Ela é fofinha também. Isso não foi bem um elogio, eu só não a queria chamar de feia. É sério, a tintura preta do cabelo dela estava horrível, e esses dentes precisavam ser atendidos por um dentista. Eu sorri de canto meio falsa.

— Qual é, ajuda ela vai. — Caitlin deu moral pra garota. O que? Se liga Caitlin, você é puta. Revirei os olhos, Caitlin não influencia nada aqui, ok? Mas eu vou dar uma chance, já dispensei muita gente, é provável que ninguém melhor que ela apareça, e se aparecer eu mando ela pra rua.

  — Tá contratada, é... Joana? Como é mesmo o seu nome? — Perguntei.

  — É Hanna, mas me chame do que achar melhor. — Eu ri por dentro imaginando várias coisas para chamá-la, aí que pecado, tadinha. É brincadeira a parte do "tadinha". Não tenho pena não, amor, quem tem pena é galinha.

— Angel? — Escutei a voz do Justin descendo as escadas, se ele estiver pelado eu vou ficar putassa, nós temos visita, a Megan. Ele tinha que respeitar o bebê que estava dentro da barriga da Caitlin. — Onde é que você colocou as minhas roupas? — Ele veio perguntar apenas com uma toalha cobrindo a sua cintura pra baixo, fala sério, ele nem entrou no banho ainda? E Por que ele deixou o chuveiro ligado? Que otário, velho.

  — E esse é o... — Como é que devia chamar ele pra especificar que ele era da minha propriedade? É foda, todo mundo baba pelo Bieber, eu preciso impor limites, né.

  — Pode me chamar de namorado, amor. — Justin piscou pra mim.

— Qual é, eu iria dizer que você é o jardineiro da casa, J. — Eu falei a ele. — Coloquei na parte de baixo do guarda roupa. — Eu preciso do meu espaço no guarda roupa, né? Foi eu quem comprei, 95% pelo menos deveria ser a minha parte.

  — Valeu boneca. — Ele agradeceu.

  — Espera aí, cumprimenta a nova empregada, Mary. — Falei a ele. Ela sorriu de canto.

  — É Hanna, e muito prazer. — Ela falou indo cumprimentar ele. Barrei ela.

  — Vai ser um prazer pra todo mundo se você manter pelo menos 3 metros do meu namorado, espero que não tenhamos problemas com isso.

  — Ah, mas é claro que não. A senhora quem manda.

  — Ela fica linda quando tá com ciúmes, né não? — Justin comentou. Cala a boca, Bieber, só fala merda, mas a parte do linda é verdade.

[...]

Eu tirei o dia hoje pra ficar junto com o Justin na casa dele. Deixei a baby em casa, agora ela tem uma empregada.

— Isso não vai dar certo. — Falei pra ele olhando aquele mapa do banco principal da cidade. Sei lá, tá muito mal elaborado, nós precisamos de um plano melhor, eu esperava mais do Justin.

  — Faça melhor então. — Ele disse.

  — Pode ter certeza que eu faço. — Falei olhando tudo aquilo. Eu só precisava de tempo. Não vou conseguir bolar tudo pra agora. — Tá vendo essa área que tu acha que vai tá de boas? Vão ter no mínimo 3 seguranças armados ali. Não vamos entrar por aqui. — Expliquei pra ele. Justin as vezes parece uma porta.

  — Qual é, eu dou conta gata. — Ele disse.

  — Não da não, Alec já tentou fazer isso e quase foi pego, aqueles caras são fortes. — Eu falei.

  — É por isso que eu dou conta. — Eu revirei os olhos rindo. Fala sério, ele se acha demais. Ainda mais pro meu irmão, eu devia estar brava com isso, mas eu não consigo.

  — Qual é a graça? — Ele perguntou.

  — Eu tava imaginando você entrando por ali e fodendo tudo. — Falei a ele. Ele veio atrás de mim e entrelaçou as suas mãos com as minhas me dando um beijo no ombro.

  — E o que você sugere? — Perguntou no meu sussurrado no meu ouvido. Respirei fundo.

  — Que a gente assalte de manhã. — Falei a ele. Justin parou e riu de canto.

  — Tá maluca? — Não. Justin deu um tempo. A luz do dia não há quase nenhum segurança vigiando aquele banco. Se a gente fechasse todas as portas e fizesse quem está lá dentro de refém por pelo menos 10 minutos, isso seria ótimo até pegarmos do dinheiro. Fala sério, isso tem mais chances de dar certo do que a ideia dele de invadir a noite. — Explique melhor. — Ele aceitou ouvir a minha ideia. Eu sou foda mais.

  — Tá vendo essa entrada? — Apontei. — Elas são automáticas, e é o gerente quem cuida delas, alguém pede pra bater um papo com o gerente, e faz ele de refém e entra no controle de tudo, logo quando ele entrar, precisaremos de mais gente pra ficar em cada setor onde tem meios de comunicação, tá entendendo? 

  — Eu também te amo. — Ele disse. Isso foi totalmente aleatório. Ele disse que me ama? Uau, eu não estava preparada pra ouvir isso. Eu já tinha dito isso a ele e não obtive nenhuma resposta. Eu preferi ignorar essa não reciprocidade, mas porra, ele acabou de falar que me ama.

— Eu tava falando sobre o assalto. — Eu falei me virando para ele.

  — E eu estava falando que te amo. — Sorri de canto pra ele e me aproximei pra beijar ele. Caramba Justin, por fora não parecia, mas por dentro eu estava surtando. Ele disse que me ama, dá pra acreditar?

  — Me leva pra sua cama. — Eu pedi a ele. Justin riu de canto e me pegou no colo não parando o nosso beijo, como é que eu pude ter me apaixonado por ele? Não tem cabimento, fala sério, eu sou Angel Storman, ele é Justin Bieber, e nós somos do mundo. Eu beijei ele lentamente pra aproveitar o que eu podia desse momento.

Se nós tentarmos isso podia dar certo, e vai dar certo. Eu quero manter um relacionamento com ele. Nós estamos juntos há quase 5 meses. Eu sei que é maluco, nem ao menos parece, mas isso com certeza pode dar muito certo e se não der certo, a gente fica junto do mesmo jeito.

LethalityOnde histórias criam vida. Descubra agora