Amber

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A DAMA

1 MÊS DEPOIS

— Senhora, fiz uma vitamina pra você estar bem disposta para hoje. — A Lauren entrou trazendo. É Lauren né? Ah! Eu nunca sei o nome dela, que merda. Ok, não importa. Eu peguei aquela vitamina que eu pedi pra ela trazer e bebi um gole. Ai que nojo, isso está horrível. Parece vômito. Eu fiz uma careta e entreguei de novo pra ela.


  — Não quero mais. — Falei entregando a ela novamente.

  — Mas você precisa beber, vai ficar mais forte. — Ela me disse. Eu olhei séria pra ela.

  — Eu já disse que eu não quero. — Fui grossa e me levantei do meu sofá. Ai que merda, Justin deveria estar aqui há 5 minutos, eu já estava pronta. Cruzei meus braços e ouvi meu celular vibrar, era uma mensagem dele, eu precisava sair de casa. Peguei a minha arma e sai de casa, ele foi buscar algumas pessoas pra nos ajudarem no roubo. Iríamos usar um carro para nós e uma van. Sai de casa e fui em direção ao carro dele que estava me esperando na frente de casa, meus seguranças abriram o portão e eu saí. Ah, qual é, sério mesmo que o Chaz iria na frente com o J? Revirei os olhos abrindo a porta do banco de trás e entrei ao lado do Ryan.

  Justin deu partida.

  — Temos 15 minutos até invadir. — Chaz disse. Prendi o meu cabelo em um rabo de cavalo. Tudo bem. — Todo mundo tá com a escuta funcionando? — Justin perguntou. Liguei o meu aparelho no ouvido. Estava tudo certo, nada poderia dar errado.

  — Tá tudo certo, Drew. — Nolan falou.

  — Isso vai ser foda. — Chaz falou animado. O primeiro a entrar seria o Nolan, ele iria pedir pra falar com o gerente e assim que entrasse usaria ele de refém. Christian, irmão da Caitlin iria interferir todo o sinal de lá de dentro, bloqueando todas as câmeras e qualquer outra coisa que faria com que os policiais pudessem ter acesso a parte interna, como celulares, e escutas. Nolan bloqueou toda a entrada. Assim que as portas se fechassem nos entraríamos e todos os nossos homens usariam os reféns lá de dentro. Os seguranças estariam em número muito menor e vão se render, caso contrário meteriamos bala. Justin estacionou e o Nolan saiu do carro. Respirei fundo. Alguns homens ficariam pra fora esperando a nossa fuga, é claro que eles estariam desfarçados. Justin olhou pra mim.

  — Tá de boa? — Perguntou. É claro que eu estava. Isso seria mamão com açúcar.

  — Aham. — Concordei. Justin entregou um cartão para mim, era parecido com um cartão de crédito. Eu peguei.

  — Isso daqui vai fazer nós termos acesso a algumas salas. — Ele me avisou. Eu assenti. Guardei no meu bolso. — Chaz, a primeira coisa que tu vai fazer é usar alguém de refém, não inventa moda de querer lutar, nós não vamos lutar. — Justin falou pra ele. — Isso serve pra você também, Angel. — Eu revirei os meus olhos. Eu já entendi, ele vem falando isso há um mês pra mim, mas se alguém me atacar eu vou atacar. Não vai ser o Justin que vai me impedir. Deixei isso claro nos meus pensamentos.

  Olhei para o lado.

  — É agora. — Eu falei abrindo a porta do carro. Eles também se apressaram e saíram do carro. Fui pra perto do Justin, nós entraríamos pela porta principal, entraríamos como pessoas normais que iriam apenas sacar dinheiro. Entrelacei minha mão na sua, éramos apenas um casal qualquer, quando as pessoas se dessem por conta de quem nós éramos já estaríamos lá dentro. Eu abaixei a minha cabeça e subi as escadas sem olhar para os seguranças e nós entramos no banco. Eu, Justin, Chaz e Ryan. O portão começou a se fechar assim que nós estávamos lá dentro.

  Ryan e Chaz foram fazer de refém algumas pessoas para que os seguranças de lá de dentro não atacasse eu e o Bieber. Os seguranças de fora tentaram entrar para nós pegarem, mas Nolan sabia como configurar a porta para ser fechada em fração de segundo. Alguns dos nossos homens já estavam infiltrados, eles sacaram as armas mirando nas pessoas lá de dentro que começaram a gritar.

  — Ryan, vai ajudar o Nolan lá encima. — Eu falei. Tinham pessoas lá em cima também, tínhamos que estar preparados.

  — Chaz faz a contagem. — Justin avisou o Chaz, precisávamos saber quantos reféns nós tínhamos, olhei ao redor pegando a minha arma. Talvez uns... 50 ou 60 só na parte de baixo.

  — Eu acho melhor se pouparem dos gritos. — Eu falei alto para que todos pudessem nos ouvir. — Ninguém vai aparecer. — Eu continuei. — Eu sou a Dama e prometo que se vocês se comportarem todos podem sair sem nenhum arranhão. — Eu falei a eles olhando para a minha arma, ela foi feita pra mim.

  — É melhor soltarem as armas. — Justin falou olhando para um dos seguranças armados para se defender. Ele olhou ao redor vendo que não tinha como sair dessa. Ele mandou seus amigos largarem as armas no chão. A maioria dos reféns eram mulheres, ainda bem. Isso só facilitaria o trabalho. Passei pegando as armas dos idiotas dos seguranças.

Olhei para a porta dos fundos. Alguém estava entrando aqui. Algumas mulheres começaram a chorar por causa da situação, nossos caras fizeram eles se ajoelhar.

  — tá tudo certo aí, Nolan? — Perguntei para ele pela escuta.

  — Temos um problema Angel. — Ele me disse. Porra, homens de outro grupo vieram devagar apontando suas armas para o meu grupo é para os reféns também. Que merda, nós não tínhamos pensado nessa possibilidade. Quem é que resolveu intervir quando eu e o Justin tivemos essa ideia?

  — Eu até já sei qual é. — Falei a ele. — Não sai daí. — Falei olhando o meu irmão entrando no banco pela porta dos fundos. Eu não creio que ele mesmo teve a maldita ideia de me copiar. É claro, ele estava a baixo de mim e do Justin, e continuaria se não fizesse nada surpreendente.

  — Podiam ao menos ser mais criativos. — O que? Ele está me zoando. Eu não acredito que ele teve a cara de pau de nós copiar e ainda dizer o contrário, eu enfiaria uma faca nele se ele não fosse meu irmão.

  — Você está de brincadeira. — Eu falei debochada. Eu olhei para o Justin me aproximando dele. — Planejamos isso há muito tempo, Alec, sem essa. — Falei.

  — Roubaram minha ideias.

  — Suas ideias? Eu quem elaborei isso tudo. — Ele só pode estar tirando com a minha cara.

  — Vocês não sabem o quanto foi difícil juntar as três máfias mais poderosas dos Estados Unidos aqui. — Eu escutei uma voz vindo das escadas. Nossos homens e os homens do Alec apontaram nossas armas para a direção em que a voz vinha. Eu olhei para lá. Que brincadeira é essa?

Era a minha empregada? A Ana? Eu cruzei os meus braços e fiquei com um rosto sério. Ela terminou de descer as escadas. Acabou o teatrinho? Que porra ela estava fazendo aqui e não na minha casa lavando os meus pratos? Ela passou a mão pelo cabelo deixando seus cabelos loiros caírem sobre ela, ela usava peruca? Caralho, realmente essa peruca estava passada, eu até fiquei feliz por aquele não ser o cabelo dela de verdade. É muita humilhação ter um cabelo desses. Ela colocou a mão nos olhos e tirou provavelmente a lente de contato castanha. Ah, não. Ela não quer tirar a pele que nem as cobras fazem? Era só o que faltava. Ela tirou também uma massa que tinha em seu nariz, nossa, toda produzida pra ser feia. Ela não era feia. Ela era bonita. Vou ser sincera e realista. Seus cabelos eram lisos e seus olhos eram verdes.

Ela me parecia familiar.

— É um prazer conhecer o cara que me matou. — Ela disse para o meu irmão. Ela fez preenchimento labial? Ah, não. Eu respirei fundo. Engoli em seco.

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