Lethality

Feeling

A DAMA

— Onde nós estamos indo? — Perguntei apenas por perguntar, eu estava mexendo no meu celular enquanto a baby estava no meu colo. Justin estava dirigindo sabe se lá pra onde.

  — Ver como está o andamento do meu galpão. — Ele respondeu fumando um cigarro. Ah, tá. Que chatice.

  — Eu pensei que não fumasse. — Eu falei. Justin deu de ombros.

  — Não fumo drogas.

  — Isso é uma droga. — Eu respondi óbvia. Caralho, como ele pensa pequeno. Será que ele tirou o ensino médio? Ou pelo menos o fundamental? Olha, não é querendo me gabar, mas eu sou super inteligente.

  — Ah, então eu fumo, tô nem aí. — Ele disse. Eu fico surpresa, até onde eu sei, ele parou de fumar e de fazer tudo o que aquela idiota da Amber pedia. É bom ver que uma pequena parte dele deixou de dar ouvidos ao passado. Fiquei olhando pra ele e para a estrada, ele dirige bem.

  — Me ensina a dirigir? — Perguntei aleatória, ele me olhou estranhando.

  — Você não sabe dirigir? — Qual é, eu tenho 16 anos, não 20 pra ele me olhar desse jeito, tem várias garotas na minha idade que ainda não dirigem. Estamos nos Estados Unidos. Eu nunca me preocupei com isso esse ano, Alec sempre estava comigo, ele quem sempre dirigia pra mim, ou então eu chamava o nosso motorista particular. É tudo simples. — Vem cá. — Ele me chamou. Coloquei a baby no chão do carro e fui para o colo do Justin. Me ajeitei ali e senti o seu pau, tudo bom contigo? Justin diminuiu a velocidade. — Assume o volante. — Ele tirou as mãos dele do volante e eu coloquei as mãos ali, ah, isso é fácil demais. Controlei aqui, eu levava jeito, na verdade, qualquer pessoa levava jeito pra conduzir um volante. — Coloca o seu pé no acelerador lá embaixo à direita, mas pisa de leve. — Ele me disse mudando a marcha ao lado. Isso é demais, porém nos estávamos indo devagar demais, eu vou me arriscar, se eu fizer cagada, Justin que dê o jeito dele. Pisei fundo e fui pra outra pista. Justin não se importou e começou a beijar o meu pescoço enquanto fazia carinho na minha coxa. Que fofo. — Eu falei de leve.

  — Desculpe, eu não ouvi. — Eu disse a ele. — Aonde eu viro? — Perguntei.

  — Esquerda. — Ele me disse, tudo bem, virei de primeira vendo que não estava passando nenhum carro.

  — No meio fica o freio, e a esquerda fica a embreagem. — Ele me explicou, ele explica de um jeito tão simples, pensei que dirigir fosse mais difícil que isso. Que nada.

[...]

Eu estava jogando no meu celular enquanto Justin planejava um assalto em um banco qualquer, ele queria invadir a conta de um político. Eu não tô nem aí, se fosse eu, invadiria a conta de todo mundo, mas se ele prefere assim, Robin Hood, tira dos ricos e dá para os pobres.

Me levantei.

  — Que chatice. — Eu comentei pra ele ouvir, eu queria ir embora.

  — Por que você não vai conhecer o lugar? Tem uma biblioteca se você sair daqui e seguir reto. — É sério mesmo? Ele tinha uma biblioteca aqui no galpão dele? Caralho. Enquanto a minha era toda trabalhada na riqueza a dele era toda trabalhada em conteúdo. Sai do seu escritório e fui procurar essa tal biblioteca junto com a baby. Abri a porta que eu pensei que fosse. Acertei, era uma mini-biblioteca, Nolan estava lá.