Imprisoned

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A DAMA

— Você precisa aprender a ajeitar suas coisas, que merda. — Peguei uma cueca dele que tava limpa e guardei no meu guarda roupa. Ele não veio pra cá pra me fazer de empregada. Peguei a toalha molhada e estendi numa cadeira. Não tem mais jeito, preciso de alguém pra me ajudar. Eu até tento seguir os passos que a minha mãe me ensinou, mas eu me dou melhor como uma madame. Nem passo muito tempo em casa pra fazer faxina. Que estresse, e eu ainda tinha que me arrumar pra sair com esse idiota.

Justin me deu um beijo de surpresa, o que? Ah, vai toma no meio do cú, eu puxei seu pescoço e cedi, por que Justin? Fala sério, ele não pode ficar fazendo essas coisas comigo. Ele sabe que eu cedo facilmente, isso é uma merda. Eu sorri de canto enquanto beijava ele, ah céus, como que pode eu gostar tanto dele. Isso é maluco. Ele se afastou de mim de surpresa do mesmo jeito que havia me beijado. Eu fiquei olhando pra ele sem entender. Doido.

  — O que foi, J? — Perguntei, ele olhou pro lado concentrado em alguma coisa, um barulho. Caralho.

  — Tem alguém aqui. — Ele me disse. O que? Não, eu tinha instalado alarmes, eu não, o cara que trabalha com alarmes que instalou pra mim, eu nem sei mexer nessas coisas, e havia colocado câmeras. Iria fazer algum barulho se alguém estivesse invadindo, ou a baby latiria, ela não gosta de estranhos, só do Justin, de vez enquanto. Deve ter um engano.

— Não tem não. — Eu falei pra ele e me aproximei do seu rosto dando um beijo no rosto dele e indo pra sua boca, Justin olhou pra mim e colocou meu cabelo atrás da orelha. Qual é, assim não tem clima nenhum, eu revirei os meus olhos.

  — Eu já volto. — Ele me deu um selinho e saiu do quarto. Ah, ele é tão chato. Bufei e olhei para o lado, ele tá meio alucinado né? É o meu efeito sobre ele, só pode. Fui até a minha cama pegar o seu celular, era cedo ainda, tudo de boas. Ouvi um barulho vindo lá de baixo, me levantei da cama, caralho, será que tinha mesmo alguém aqui?

  — ANGEL — Ele gritou lá de baixo. Que droga, o Justin não tava armado, fui pro meu guarda roupa achar alguma coisa pra ele, eu não costumo estar armada em casa, é desnecessário, cadê aquela calibre cor de rosa? Eu adoro usar ela. Senti uma mão segurando a minha boca e o meu nariz, porra, que merda, eu não consegui gritar, ah meu deus do céus, ele segurou meus braços colando seu corpo com o meu com força, eu tentei ir mais pra frente pra pegar minha arma e meter um tiro nesse filha da puta, fala sério, eu vou ter que lutar, foda-se, fui dar um chute no seu saco, mas parece que ele já estava esperando por isso, que merda mano, como assim, tentei sair dos braços dele ou tentar alguma coisa, sei lá, eu tenho facilidade pra isso, mas o lugar estava apertado, eu estava definitivamente imobilizada, e não tinha mais oxigênio, eu tentei me debater pra caralho pra cansar o cara, pelo menos isso né? Ah, céus, senti um negócio pontudo no meu braço, olhei de relance, uma agulha, não, porra como assim, eu sou a dama, não mano. Isso vai doer, eu odeio seringa, agulha, seja o que for. Vai toma no meio do cú.

Meus olhos pesaram, eu vou desmaiar, que buceta, me senti a pessoa mais faça do mundo de um segundo pro outro, eu iria cair. Tentei resistir mas não tinha como, eu desmaiei.

[...]

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Eu abri os meus olhos e não reconheci o lugar. Cadê? Onde eu estou? Como é que alguém ousa fazer uma coisa dessas com a realeza da máfia? Eu vou matar quando eu souber quem fez isso! Que saco. Eu tava presa. Esse quarto era pequeno e preto, preto nao, escuro, mas as paredes parece que estavam pintadas de preto. Imagina se tem algum rato ou aranha aqui, eu não quero nem pensar.

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