Truce

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A DAMA


— Você tá bem? — Fui até o Justin. Um dos caras acertou uma facada no braço dele. Estava sangrando. Caralho, o que eu faço?

  — Tá tudo bem, relaxa. — Ele disse olhando para o seu braço com uma cara feia, não tá tudo bem. Merda. Peguei a minha faca e cortei o tecido da minha blusa, ai céus, ela era da Gucci. Tudo bem, nós tivemos bons momentos juntas. Amarrei com força no braço do Justin. Isso vai segurar o sangue até fazermos um curativo melhor. — Valeu, gata. — Ele agradeceu.

  Respirei fundo. Eu não iria conseguir matar o Simon. Se fosse qualquer outra pessoa aleatória tudo bem, Justin é mais forte que eu, não sou capaz de matar alguém da minha família.

— Eu cuido da minha mãe, você faz isso por mim? — Eu perguntei baixo. Justin assentiu e me fez olhar pra ele.

  — Nós não somos os mocinhos Angel. — Ele me disse. — Espero que você não mude de ideia. — Eu olhei para os olhos dele. Eu não posso ser fraca agora. Eu sou Angel Storman, eu nunca me importei em quem eu acertei uma bala e coloquei num caixão. Não vai ser agora. Simon matou o Gerald, ele tinha seus defeitos, mas Gerald me fez uma pessoa forte e me criou. Tudo bem que Justin quem atirou em Gerald, tudo por status, por influência do Simon, agora é a minha vez de matar alguém para o meu status, isso vai definir a minha história: "a garota quem matou o próprio pai".

Dei um beijo rapido no Justin.

— Bora. — Falei a ele. Nós subimos as escadas.

  — Angel? O que está fazendo aqui? — Vi minha mãe na ponta da escada. Respirei fundo e fui até ela.

  — Eu preciso conversar com você, vem cá. — Falei indo até ela. Minha mãe olhou estranha pro Justin.

  — Não, espera aí, por que seu braço está sangrando? — Ela falou estranhando, empurrei ela com tudo pra dentro do primeiro quarto que achei. Caralho, não foi difícil,minha mãe não tem experiência em quase nada, sabe muito pouco de lutas e armas. — Angel, pare, o que tá acontecendo? Pelo amor de Deus. — Ela disse. Tranquei a porta e guardei a chave no meu bolso ficando com ela dentro do quarto.

  — Eu sinto muito. — Falei a ela. Minha mãe arregalou os olhos.

  — Angel me diz que você não vai fazer isso. — Ela falou. Eu fiquei em silêncio. Minha mãe colocou as mãos nos cabelos sem saber o que fazer, ela começou a ficar desesperada. — Angel pelo amor de Deus, abre essa porta, eu sou a sua mãe! — Ela disse nervosa. Eu neguei com a cabeça. — Você tá maluca? Ele é o seu pai! Como você pode fazer uma coisa dessas? Ele te ama Angel!

  — Desculpe, mas Gerald se assumiu meu pai e você matou ele. Agora eu vou matar o seu namorado. Estamos kits, mamãe. — Fui irônica no fim da frase. Minha mãe começou a chorar. Que sinal de fraqueza.

  — Angel, aquele psicopata te manipulou, voce não pode deixar ele fazer isso! Simon é o seu pai, você vai se deixar influenciar por um namorado? Você é melhor que isso minha filha! — Ela tentou fazer com que eu mudasse de ideia, eu já estava preparada pra isso.

  — Não é questão do Justin, mãe! Eu preciso fazer isso, minha audiência está lá embaixo, as pessoas precisam ter medo de mim e o Simon não significa nada para mim. — Eu falei.

  — Mas significa pra mim Angel!

  — Eu sinto muito por você. — Falei calmamente.

  — E eu pensando que você pudesse ser melhor que seu irmão. Eu estava errada, vocês dois são igualzinhos, eu não reconheço mais vocês, Angel, não consigo acreditar que dei a vida a duas máquinas de matar. — Ela disse.

  — Não me iguale a uma pessoa que prefere uma vingança a própria irmã. — Eu debochei.

  — Igualo sim, porque você prefere um namorado ao seu próprio pai! Existe algo pior que isso?

  — Existe sim! Uma mãe que matou o cara que criou eu e o meu irmão! Uma mulher que forjou a morte e viu que os filhos sofreram com isso e nem se quer apareceu pra dizer que estava bem! Você viveu em segredo com o babaca que você fala que é meu pai, você escolheu viver anos isolada com um homem a ter que viver anos com seus filhos. Não fale que eu sou pior, Alec escolheu a vingança, eu escolhi o Justin, e você escolheu ele e não seus filhos, eu devia de matar é você, mas eu não consigo por que você é a minha mãe e eu sinto algum tipo de sentimento por você! — Eu falei. Vai se foder. Quem é ela pra julgar quem é pior? Fala sério! Eu sei que Simon é meu pai de sangue, mas ele não faz a porra de papel nenhum de pai, é claro que ele prefere estar com a minha mãe, ele nem se quer veio atrás de mim quando eu descobri que foram eles quem mataram o Gerald! Justin veio atrás de mim! Simon no máximo me fez uma ligação. E eu não vou me arrepender de nada. Por que eu sou alguem que não está nem aí pra vida dos de mais.

— Eu te amo filha, mas você sabe que se isso acontecer nada será como antes. — Eu assenti. — Você vai acabar com a nossa relação.

  — Você já acabou há muito tempo. — Respondi. Ouvimos alguns tiros. Minha mãe caiu no chão chorando não acreditando no que estava acontecendo. Eu peguei a chave e fui abrir a porta. Que briga, céus. Fui atrás do Justin. O que estava acontecendo? Olhei para o andar de baixo. Logan? O que aquele filha da puta estava fazendo aqui? Ah, céus, se ele está aqui, Alec está também. Fui para o quarto em que Simon deveria estar. Coloquei a mão no meu coração. Puta que pariu.

  — Alec? — Chamei-o. Caramba.

  Ele estava com a boca sangrando e com a arma do Justin na mão.

  — Eu não iria deixar esse merda fazer essa bosta pra você se sentir culpada pelo resto da tua vida. — Minha mãe chegou do meu lado chorando.

  — Não! — Ela disse aos prantos vendo que Alec matou o Simon. Porra. O que foi que aconteceu aqui?

  — De nada, maninha. — Alec está doido? Até outro dia ele tentou me matar. A troco de que ele fez isso? Olhei para o Justin sem nenhum arranhão, tirando o braço sangrando. Justin concordou com isso. Eu não acredito. Alec passou por mim. — Já pode se gabar que matou o seu falecido pai. — Me falou.

  — Você deixou ele matar o Simon? — Perguntei ao Justin.

  — Eu sabia que você se sentiria culpada pela morte dele se eu fizesse. — Justin pegou um facão do chão.

  — Você chamou ele aqui? — Perguntei ao Bieber e ele negou. Ótimo, Alec. É você quem anda de olho na gente. Eu dei as costas ao Justin e fui atrás do Alec. Caramba. — Espera aí! — Ele parou na escada e se virou olhando para mim.

  — Por que fez isso? Até há alguns dias você iria me matar sem água e comida. — Eu perguntei, eu queria explicações. Que droga. Eu não entendo o Alec.

  — Você não ficou nem 24 horas sem água ou comida, Angel. Sem drama. Eu fiz aquilo pra atrair teu namorado de merda. Eu nunca quis te atingir, mas você não me dá porra de escolha nenhuma estando com ele. — Ah, ótimo, exclareceu tudo. Eu entendo que ele não quer meu mal, mas atacando o Justin ele está me atacando também, Justin não fez absolutamente nada para atacar o Alec. Alec já fez várias coisas que tiraram Justin do sério e mesmo assim Justin não quer meter bala no Alec por causa de mim, qual é o problema de Alec fazer isso por mim também? — Isso não significa que acabou, eu vou continuar caçando o Bieber, o que aconteceu hoje eu fiz por você sua mimada do caralho. — Ele jogou na minha cara. Obrigada Alec, é tudo que eu preciso ouvir.

  — Alec, eu só quero...

  — Eu não terminei. — Ele me cortou. — Você acha que não precisa de mim, mas sem mim a dama não é nada, você pode até se achar melhor que eu, mas infelizmente você teve o azar de ainda ter sentimentos dentro de você, isso é o que te torma fraca perante a mim. — Respirei fundo.

  — Você matou o meu pai por vontade própria para que eu não me sentisse culpada pela primeira vez em toda a minha vida. Sinto muito irmão, mas como a nossa mãe disse, não somos diferentes. — Alec ficou me olhando nos olhos. Ele respirou fundo. Eu tirei as palavras da sua boca, mas no fundo ele tem razão, eu tenho sentimentos, eu iria ficar sentida se Justin matasse o Simon, eu concordei com isso, nós iríamos fazer isso juntos, e então Alec chegou e fez tudo por conta própria. É claro que ele já estava de olho pra meter bala no Simon, o Simon foi um dos responsáveis pela morte do Gerald. Nao é pra menos que Alec também quisesse ela morte.

  — Fale pro teu namorado ficar esperto. — Me avisou e me deu as costas.

Olhei para o chão e me sentei na escada vendo meu irmão ir embora. Eu deveria ter agradecido.

Acho que tomei conclusões precipitadas em relação ao Alec não me amar mais, ele se importa, mas não o suficiente pra deixar o Justin em paz. Enfim. Eu gostei de saber que meu irmão estava comigo. Alec é incrível. Ele matou o Simon, bem... eu já posso me gabar para o mundo não é? Minha audiência já pode subir.

  — Eu espero que você e o seu irmão estejam satisfeitos! — Minha mãe desceu com uma mala. O que? Pra onde ela vai? — Eu nunca mais quero ver vocês dois na minha frente, entendeu? — Ela falou pra mim

  — Aonde você tá indo? — Perguntei.

  — Pra bem longe de vocês. Não estou segura nem com meus próprios filhos, imagina se vocês decidem me matar de uma hora pra outra também?! Eu não quero correr esse risco. — Ela foi irônica, seus olhos estavam tão inchados.

  — Me perdoe, mãe. — Eu falei a ela.

  — Não Angel, me perdoe você por eu ter sido uma péssima mãe pra deixar vocês se criarem desse jeito. — Ela disse. — Adeus. — Eu me levantei. Ela não vai me dar nem um abraço?

Ah, cara, eu só posso estar maluca mesmo, o namorado da minha mãe, cujo meu pai, estava morto, como é que eu podia pedir um abraço? Eu só posso estar pirando. Minha mãe vai me culpar pelo fato de que eu queria matar o meu próprio, e vai culpar mais ainda o Alec que fez isso.

Que merda mãe, que merda que você foi matar o Gerald pra acontecer todas essas porras? Caralho.

Justin chegou ao meu lado.

  — Você e o Alec chegaram em um consenso de ele matar o Simon pra que eu não me sentisse culpada. Incrível, Bieber. — Eu comentei. Eu não acredito nisso.

  — Seu irmão se importa com você. — Ele me disse.

  — Eu sei.

  — Eu nunca vou tentar nada contra ele. — Eu olhei para o Justin. Eu sei disso também. — Se algum dia eu não estiver aqui pra cuidar de tu, é ele quem vai estar e eu não seria capaz de tirar a vida de alguém que cuidaria tão bem de você na minha ausência. Desde quando eu te conheci eu soube, ele era sua única família.

Isso é muito bonito. Eu realmente amei as palavras dele para mim.

  — Você também é minha família. — Falei a ele e o abraçei. Ele deu um beijo na minha cabeça. Justin estava certo. Sempre é Alec e sempre foi o Alec quem esteve junto comigo e que nunca me abandonou, até mesmo quando eu pensei que eu ele tivesse me abandonado ele não me abandonou. Em meio aos meus pais, parentes e amigos, ele foi o único que sempre esteve comigo. Eu sou grata por isso.

Talvez sejamos tão iguais, que isso que nós manteu unidos, nós temos as piores características do mundo, mas eu amo ele de todo o meu coração.

[...]

— Oi Angel. — Carly chegou na minha casa. Ah, caramba, quanto tempo. — Eu tenho uma surpresa. — Ela falou dando espaço pra alguém entrar na minha casa. Oi? Essa é a minha casa, licença. — Angel, quero que você conheça o Wes. — Ela falou super animada. Nunca vi a Carly com um sorriso tão grande no rosto como agora.

Eu respirei fundo. Eu não acredito que ela trouxe esse cretino aqui. Ah como eu estou com uma vontade de pegar a primeira coisa que der na telha e arremecar na cabeça desse idiota. Calma, Angel. É a Carly, ela é a sua melhor amiga, não surta, eu deveria fazer um esforço por ela. Fala sério, até parece que eu sou a mãe da Carly. Que droga, ela sabe que eu não gosto desse filha da puta.

— Caralho, tu não sabe a honra de te conhecer. — Ele disse entrando. Peguei a baby no colo pra amenizar a minha raiva, eu queria socar alguém, mas não machucaria a baby, por isso a segurei.

  — É mesmo? Está conhecendo. Angel Storman ao vivo e a cores. — Eu sorri falsa. Foi o melhor que eu consegui. Só eu sei quantas merdas a Carly e ele já viveram juntos, ele é um péssimo namorado. Não merece ela.

  — Aí Angel, você não faz ideia do quanto eu tô feliz, as duas pessoas mais importantes da minha vida estão se conhecendo. — Ela falou. Eu revirei os olhos sobre o que ela disse. As pessoas mais importantes da vida dela deveriam ser os pais dela, mas quem sou eu pra falar alguma coisa?!

— Eu tentei fazer acordos com você e o seu irmão por anos, ta entendendo? E eu não consegui pelo fato de que a minha namorada era tua melhor amiga. — Ele disse. Não só por isso né querido, você é um idiota também, não faço acordos com idiotas, Jason McCann foi uma exceção.

  — Espero que não esteja pirado por ela ter escondido isso de você por anos. — Eu falei fazendo carinho na minha filha.

  — Do que ela tá falando, Car? — Ele perguntou pra ela. Não se faça de burro, ela me conta exatamente tudo da vida de vocês, eu sei até como ele faz sexo. Amigas servem pra essa coisas.

  — Nada não. Não vai nos ofertar um lanchinho, Angel? — Carly perguntou indo pra cozinha. Respirei fundo. Na verdade eu nem preciso ofertar, querendo ou não Carly já é de casa. Fui atrás da minha amiga. 

  — Espera aí. — O namorado otário dela me chamou. Eu olhei para trás pra ver o que ele queria.

  — Eu espero que a gente se dê bem, você não vai querer deixar sua amiga dividida entre a amiga e o namorado caso não concordemos em algo. — Eu fiquei séria olhando pra ele. Ele acha mesmo que pode chegar aqui e falar o que quiser pra mim? Muitos caras já fizeram isso é agora dormem eternamente. Ele não vai querer ser um desses homens, e olha, eu vou dar uma grande chance por ele ser namorado da minha amiga.

  — Espero que tenha ouvido a notícia de que matei o meu pai ontem. Se sou capaz de matar o meu pai e romper o meu próprio relacionamento com a minha mãe, não pense que vai ser difícil meter uma bala na tua cabeça e perder a minha amiga por isso. — Sorri de canto e dei as costas a ele. — Fique a vontade, Wes. — Falei indo atrás da Carly. Caramba. A única diferença disso, é que a Carly é bem mais importante que o meu pai, seria foda decepcionar ela. Eu vivi mais tempo com a Carly do que com a minha própria mãe, ela é minha amiga desde que eu me conheço por gente, espero que esse otário não faça nada estúpido pra que eu não tenha que fazer nada estúpido.

  — Empregadinha nova, A? — Carly falou se sentando na bancada. Olhei para a Baby, ela estava com um corte perto do fucinho, onde foi que ela se meteu? Ela nunca se machuca. Ela não tem nem 1 ano, é um bebê, preciso levar ela no veterinário. Coloquei ela no chão.

  — É. — Eu falei para a Carly. Fui me sentar ao lado da Carly. — Nos sirva, vadia. — Falei para a Kelly. Ah, céus, qual o nome dela mesmo? Foda se.

— Você é má, Angel. — Eu olhei pra ela sorrindo. Carly deu risada.

  — E aí? Deu tudo certo ontem? — Ela perguntou pelo Simon. Bem, deu um pequeno aperto no meu coração, mas nada mais que isso, depois que vi o quanto as pessoas estavam falando de mim lá fora ou então tentando entrar em contato, a minha tristeza foi pro ralo.

  — É, houve uma trégua entre eu e meu irmão. E bem... Minha mãe sumiu do mapa. — Eu dei de ombros. A empregada colocou uma fatia de bolo no prato para mim e para a Carly. Eu fiz esse bolo mais cedo, era o preferido da Carly. — Vou dar um tempo a ela, depois vou procurá-la, apesar de tudo, é a minha mãe. — Eu dei de ombros.

  — Faça isso mesmo, sua mãe é demais. — Eu olhei para ela. — Ok, ela era, quando tínhamos uns 10 anos talvez. — Carly falou. Melhorou.

  — Hoje a noite vou a boate mais frequentada de NY, quero exatamente todos com os olhos em mim depois do que eu fiz. — Mudei de assunto.

  — Tá me convidando? — Ela perguntou.

  — Ok, sinta-se convidada. — Eu falei a ela.

  — Adoraríamos ir. — O namorado dela chegou falando na cozinha. Eu nem dei bola. — Então... Você fez isso pra ofuscar a dama 2.0? — Ele me perguntou. Ele acha que eu devo responder alguma coisa? Esta enganado. Ele não passa do namorado da minha amiga e de mais um mafioso.

  — Qual é Wes, ela não precisa disso. Essa chupa-fama não chega aos pés da minha amiga. — Sorri com o que a Carly disse.

  — É por isso que eu te amo. — Falei a ela.

  — Caramba, esse bolo tá muito bom, eu já te falei que é o meu preferido? — Eu estou careca de saber disso. Eu já ensinei Carly a fazer várias vezes.

  — É o do Justin também. — Comentei.

  — Com licença. — A empregadinha disse se retirando. Eu nem ao menos olhei pra sua cara, não vou gastar minha visão com a imagem dela, né? Olhei para a porta dos fundos que foi aberta. Justin chegou. Por que ele entrou pelos fundos?

  — Oi J. — Falei a ele.

  — Oi gata. — Ele me cumprimentou.

— Esse é o Wes, namorado da Carly. — Falei alguma coisa pra não ficar feio. Justin foi cumprimentar ele com um aperto de mão. Ah, qual é, quando Justin faz isso significa que ele foi com a cara dessa pessoa, eu não acredito que ele foi com a cara do Wes. Que saco.

  — E aí.

  — Já fui em uma das suas boates, é da hora. — Bieber falou a ele. Revirei meus olhos.

  — Aí, Angel, que tudo, isso não é demais, todos nós nos dando bem? — C disse. Eu assenti com a cabeça. Com certeza isso não é demais. Carly me fez pegar raiva do namorado dela é agora nada disso vai mudar, me desculpe.

Justin me entregou o seu celular antes de ir pra sala conversar com o Wes. Eu peguei e vi o que tinha ali. Era a conversa dele e de algum cara que trabalha pra ele. Falava que quem liberou a notícia é do Texas e que eles conseguiram excluir a publicação. Que droga, quem é que iria soltar uma notícia dessas lá no Texas? É claro que agora está tudo de boa, mas as pessoas que viram podiam desconfiar que a notícia foi publicada antes de tudo acontecer. Que dor de cabeça que isso me deu. Só pode ter sido aquela vadia sem criatividade "dama 2.0" que lixo, a dama é a minha marca e ninguém vai tirar isso de mim. Deve ter sido ela. Ela quer tomar o meu lugar. Vadia otária. Eu vou pegar ela. Espero que ela esteja preparada, porque a morte dela vai ser dolorosa. Ela não queria que a minha popularidade subisse, é uma pena que nós vimos aquele site a tempo, isso não serviu de nada, se Simon soubesse poderíamos ter entrado em guerra, ele é rico, ele podia pagar pessoas pra isso, pra defender ele. Deixei o celular de lado assim que a Carly voltou do banheiro.

Ouvi a campainha tocar. Eu iria me certificar de que não era nenhum tira.  Vai saber. Meu irmão estava foragido. E bem... Nesse momento todos estão sabendo da mais nova morte que aconteceu na cidade com o melhor advogado. E os boatos vão ser apontados todos para mim. É uma pena que não tenham nenhuma prova sobre o que aconteceu.

  — Sim? — Falei ao cara.

  — Essa é uma intimação, eu sinto muito pela morte do seu pai Simon Lewis, o testamento dele será aberto amanhã pela manhã e você está inclusa. — Ele me entregou um envelope. — Até mais. — Uau. Fechei a porta.

  — Que foi Angel? — Carly perguntou.

  — Nada, vou deixar isso lá em cima e já desço. — Falei a ela subindo as escadas. Caralho, a herança. Ajeitei meu cabelos. Isso me deixou tensa. Fui abrindo o envelope. Estava apontando lugar e hora. Eu não sabia que ele tinha me colocado no testamento dele. Eu com certeza iria. Como se não bastasse eu na boca do povo, eu ainda iria lucrar com isso. Que demais.

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