Die

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A DAMA

Eu escutei um chororô de criança, criança não, de neném. Ah, é o meu filho. Caralho, eu não estava nem enxergando direito, os médicos cortaram o cordão umbilical e trouxeram para que eu pudesse ver o meu bebê. Eu estava totalmente sem palavras. É a sensação mais diferente que eu já senti na minha vida. Eu estou muito feliz por ele ter nascido. Os meus olhos só estavam nele, ele era lindo e tinha toda a minha atenção.

Eles levaram o meu bebê de perto de mim para pesar e fazer os outros processos. Ah, eu estava com anestesia, mas estava sentindo um pouco das dores, ah isso é horrível. Que droga hein, eu queria ficar com o meu filho.

— Traz ele aqui. — Eu pedi.

— Desculpe senhorita, mas antes precisamos terminar todos os procedimentos, já já você vai estar com ele. — O médico falou. Caramba, tinha alguns enfermeiros aqui também, fala sério. Custa deixar o meu bebê aqui do lado. Eu tô é puta, eu só olhei pra ele por 5 segundos.

De verdade mesmo, eu já amava tanto ele, é a coisinha mais linda do mundo, e eu vou proteger ele pra sempre. É tão pequenininho, tão fofinho, eu consegui decorar cada detalhe do seu rostinho, mesmo estando chorando e com os olhos fechados. Eu não sabia definir se ele era parecido com alguém, só podia dizer que ele é lindo.

[...]

— Oi J. — Eu falei vendo o Justin. Eles tinham acabado de me trazer o meu filho. Finalmente. Eu estava com ele nos meus braços e não queria soltar nunca mais, ele estava dormindo com a mãozinha na boca, era a coisa mais linda que eu já vi em toda a minha vida. Ele já estava com um macacão super lindo que eu comprei há uns meses e um cobertor. Eu amo demais o meu filho e eu faço questão de falar isso pelo menos umas 10 vezes por dia até o meu último suspiro. Ele é tão fofo. Meu deus do céu, eu vou apertar ele.

  — Você tá bem? — Justin fechou a porta. Eu assenti olhando para o nosso filho, ele havia nascido com 2 quilos e 600 eu acho, não me lembro muito bem o que o médico disse, na verdade eu caguei pro que ele disse, só agradeci por ele ter feito meu parto. Não que eu precisasse porque eu tô pagando né. — Caralho, deixa eu pegar ele. — Justin falou vindo conhecer o filho dele. Ah, sério isso? Ele não quer deixar o bebê mais um tempinho comigo? Eu quero aproveitar ele também. Olhei pro Justin. Ah... Ok, não tem como negar isso pra ele. Justin pegou o nosso filho no colo com muito cuidado e sorriu de canto olhando pra ele. — Eu tô apaixonado por ele, gata. — J disse. Eu também estava. Ele é um amor, e estava bem quietinho.

  — O médico disse que ele tem olhos azuis. — Eu comentei com o Justin, eu ainda não o vi com os olhos abertos, mas eu fiquei super feliz de saber que meu filho teria a cor dos meus olhos, é sério, não desmerecendo as outras cores... Ok, totalmente desmerecendo, mas os olhos azuis são os mais bonitos na minha opinião, e se o meu filho não for parecido comigo tudo bem, as pessoas vão chegar e vão falar "ele tem os seus olhos". Isso que importa. Ele tinha pouquíssimos fios de cabelo, mas não era loiros como os meus, ela um tom cor de mel, só um pouco mais claro que o cabelo do Justin.

— A gente devia começar a decidir o nome. — Justin disse olhando pra ele. Ah, sim, isso é verdade. Não cola ficar chamando ele de bebê ou de nosso filho, ele precisava de um nome, e de preferência o mais bonito do mundo.

Eu não consigo nem explicar meu sentimento, só sei que eu o amava mais do que a minha própria vida e não sabia que isso era possível. Ele é minha vida. Vai ser demais cuidar dele.

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⏰ Última atualização: Sep 01, 2020 ⏰

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