A Dama
— Meu Deus, o que aconteceu? — Abracei a Carly muito preocupada com ela. Ela me abraçou chorando. Ah, eu já até sei o que aconteceu. Filha de uma puta! Eu vou dar um tiro nesse arrombado de bosta! Que diabos que eu ainda não fiz isso? Fiquei passando a minha mão pelos seus cabelos, ela estava mal mesmo.
— Wes, Angel. — Ela disse. Porra a maquiagem dela estava toda bordada de tanto chorar. Eu soltei ela do abraço assim que percebi que um líquido escorria do seu rosto. Porra, era na lateral da sua testa. Que porra tá sangrando esse caralho? Eu vou arrebentar esse cara no cacete. Como é que ela me deixa uma coisa dessas acontecer? Ela é burra demais. Fala sério, eu devo ter muita consideração por ela pra não tentar nada contra ele.
— Eu vou cortar o pau desse desgraçado fora. — Peguei a minha arma de dentro da minha saia. Eu sempre estou armada e pronta pra qualquer coisa.
— Não, não, Angel, dessa vez não. — Eu olhei pra cara dela com um cu no lugar da minha. Qual foi? — Dessa vez a culpa foi minha. — Ela disse. O que? Como a culpa foi dela? E mesmo se fosse, isso não significa que ele possa machucar a Carly.
Eu já dei um pequeno susto nesse mala. Ele não me conhece pessoalmente, claro, Wes não sabe que a Dama é amiga da namorada dele, se não eu teria certeza que ele definitivamente só iria usar a Carly pra tentar acordos comigo. Eu acho isso ridiculo.
— Qual foi? — Perguntei. Esses dois se matam. Wes é um idiota. Ele bate na Carly. Ele trata ela como um objeto. Eu odeio o fato disso acontecer.
— Eu xinguei ele e a família dele, eu tive um surto de... — Eu Bufei. Que ótaria, xingar a familia já é demais, ainda mais se não tiver motivo algum, eu iria pra porrada se alguem falasse do meu irmão, ele é minha unica familia mesmo.
— Fala sério, Carly. — Revirei os meus olhos. Ela limpou as lágrimas dos seus olhos. Que droga isso tudo, eu não aceito o mal que esse cara faz pra minha amiga. O celular dela vibrou. Ela foi correndo pegá-lo pra ver o que é, ah, não.
— É ele, Angel. — Ela sorriu de canto. Que cara de pau. Os dois. Fui até ela e peguei o seu celular jogando ele no chão. Ops, acho que quebrou. Ela me olhou perplexa, esse não foi o primeiro que eu quebrei. A Carly precisa parar de ser trouxa. É sério, isso fica feio pra ela e consequentemente feio pra mim também que sou amiga dela. Se ela não tomar uma posição o relacionamento deles vai viver a base disso. O que é que eu tô falando de relacionamento? Eu nunca tive um.
— Eu odeio quando você faz isso! — Ela reclamou muito brava. Dei de ombros. Eu quebro quantos forem preciso.
— E eu odeio quando você faz papel de trouxa. — Falei a ela dando as costas. Cadê o McCann? Ah, claro, ele não tem o dever de me esperar como os otros, esqueci. Abri o portão e entrei na casa dele.
— Angel, me espera aí, eu não tenho lugar pra ficar. — Eu odeio a Carly, eu juro. A Carly é burra, ela largou a família toda dela pra ir morar com um idiota que nem o Wes, hoje em dia ela nem fala mais com os pais dela. A Carly é rica, ela foi a minha primeira amiga desde os meus sabe lá quantos anos. Primeira e única, as pessoas (garotas) me consideram uma pessoa tão nojenta, vadia e falsa que eu tenho problemas pra me enturmar. Eu não posso fazer nada se essas são as minhas melhores qualidades. Carly era a minha vizinha, nos acabamos virando amigas assim que fomos matriculadas na mesma escola e caímos na mesma sala, mas eu saí do colégio aos meus 13 anos e comecei a estudar em casa, e ela saiu um ano depois e preferiu ser uma analfabeta burra. Carly é um ano mais velha que eu, ela tem 17. Cheia das tatuagens e piercings pra parecer mais velha e achar que esta a altura pra ficar com alguém da máfia como o Wes. É o que eu falo, burra.

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Lethality
FanfictionA Dinastia Storman está passando pelo momento mais delicado de sua vida, após dezenas de crimes cometidos, eles estão prestes a pagar pelos seus delitos. Então, Alec Storman decide tentar a única chance dele e de sua irmã, a assassina cruelmente con...