“soltei minhas mãos para segurar em você aqui.”- now united.
» Alemanha. Dias atuais.
— E o que aconteceu depois???? – Melissa pulava em cima da cama eufórica.— Acho que vou ter que continuar outro dia, Mel. Está tarde. – Digo pondo as polaroids de volta na caixa.
— Você não pode me deixar curiosa assim, Sina. – Finalmente ela cessou os pulos e sentou de frente pra mim, fazendo bico... tentando me ganhar na chantagem emocional. E adivinha? Funcionou. Sempre funciona. Chantagem emocional is a bitch.
— A mamãe não pode saber que você tá acordada a essa hora... – Encaro o relógio em meu pulso que marca exatamente 00:15.
— Ela já deve tá roncando... Anda logo! – A pequena me olhou com os olhos brilhantes que imploravam por mais da minha história com o Noah.
— Tá, mas não vou contar tudo hoje... Amanhã depois que eu me mudar podemos continuar. Certo?
Melissa fez que sim com a cabeça e eu decidi dar continuidade.
— Bom... – Comecei novamente enquanto vasculhava as fotos. – O Noah não estava brincando quando falou sobre irmos todos os dias à praia... Tá vendo essa foto aqui? – Estendo a mão, mostrando a polaroid para a Mel.
— Estou.
— Foi na semana seguinte... Noah dedicou uma semana de sua vida tentando me ensinar a nadar e nesse dia eu finalmente havia conseguido! – Dou risada ao lembrar.
» Miami, Flórida. 2013.
— Você conseguiu! Não estou te segurando! – Noah vibrou ao soltar minha cintura e perceber que eu não estava afogando pateticamente, como das outras vezes em que ele tentara.
— Ahhhh. – Era a única coisa que conseguia sair da minha boca. Eu estava gritando num misto de desespero e felicidade.
— Josh, tira a foto agora! Precisamos registrar isso. – Noah gritou para o amigo.
— Tô chegando com a câmera, não afoga ainda, Sina! – Debochou Josh. Reviro os olhos e decido ignorar o comentário.
— Ai meu Deus... – Murmuro. Minha ansiedade não estava curtindo muito o fato de meus pés não encostarem no chão. Em questão de segundos começou a passar dezenas de reportagens e trechos de documentários em minha mente, meus pensamentos foram metralhados de coisas negativas relacionado a pessoas que morreram afogadas.
— O que houve? – Noah me olha assustado.
— Eu... eu... – Tento dizer algo, mas pareço ter desaprendido a falar inglês. Então, num ato de desespero começo a bater meus braços, tentando me manter equilibrada. Sem sucesso.
— Ei, ei, ei! Calma! – Noah segurou minha cintura novamente. – Relaxa, relaxa... – Ele falava comigo, mas sua voz parecia tão distante que não conseguia raciocinar. – Lembra de tudo que te ensinei.
Não conseguindo me acalmar eu desisto de tentar ficar boiando e me apresso em cruzar minhas pernas em volta do corpo do Noah.
VOCÊ ESTÁ LENDO
» thɑt summer - noɑrt.
Fanfiction"Não ter motivo pɑrɑ ficɑr, é um ótimo motivo pɑrɑ ir emborɑ." Sinɑ Deinert é obrigɑdɑ ɑ pɑssɑr ɑs fériɑs de verão nɑ cɑsɑ do pɑi, mɑs elɑ nɑo esperɑvɑ que os ɑcontecimentos dɑquele ɑno fossem ɑfetɑr suɑ vidɑ pɑrɑ sempre.