Videira

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Ouvira uma cantiga contar, que amor e ódio haviam de se esbarrar
Detalhes que queria deletar, tecidos que não haviam mais agulhas para costurar
Afeições que à todo tempo, queria apagar.

Meus sentidos atravessavam minhas controvérsias, tornando a curiosidade tão doce quanto às certezas.

Uma espécie de tensão, com faíscas de volúpia
Os poucos abajures com rastros amarelados, se destacam em meio ao hotel aquietado
Aquilo me agradara: sensação de perigo ensaiado.

Ei! Meu amor! O fogo aceso!
Note o barulho da chaleira.
Não se esqueça das folhas da videira. Uvas tão saborosas, com suas cores vivas.
Faça do chá de suas folhas, toda cura de minhas vindas.

2019,
HannaMello.

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