𝓹𝓸𝓷𝓽𝓸 𝓼𝓮𝓶 𝓷𝓸́.

Grades de Pérola

Maltrapilha em meio às ondas azuis e luxúria reconfortante
Ajudar o próximo sem nada almejar
Forma pura de inocência
Cumprir favores para pertencer em uma redoma opaca 
A marreta sempre estará no galho.
( ̶q̶u̶e̶b̶r̶e̶ ̶t̶u̶d̶o̶)

Cercados brancos de jardim
Um céu profundo que engana as certezas e dá à alma lençóis lilás para se enrolar
Pinturas realistas na parede refletem minha confusão crescente
Lustres de cristal já não demonstram clareza.

Cinderela antes da meia-noite
A fada madrinha dança na maestria de um amante
Censurar a controvérsia sobre a certeira beleza das montanhas não irá adiar minha escalada.

Lares se constroem como uma fortaleza interior
Como a gata borralheira tenho os ratinhos para me ajudarem na costura de um vestido.
( ̶o̶s̶ ̶d̶e̶v̶o̶r̶e̶)

O fogo da lareira Luis XX não é capaz de aquecer o frio interior
Damos continuidade sem fim à essa construção contínua
Não temo consequência de circunstâncias
Deixar de ir ao paraíso por receio do umbral?
Como uma insensível indecisão diante à escuridão e à cegueira.

Vou me libertar do ter
Sendo.

2018,
Hanna