Abstinence | CONCLUÍDA

Innocent

Um ano depois...

POINT OF VIEW JULIETA SMITH

— Bora acordando! – Resmungo, levantando da cama assim que a policial Moore passa batendo o cassetete na grade para criar barulho. — Acordem!

— Isso só pode ser piada! – Molly Brown reclama na cama de cima. Ajeito meus cabelos.

— Vistoria. Algumas detentas arrumaram celulares e descobriram. – Expliquei para ela.

— Como conseguem isso?

— Você ficaria surpresa com o que pode entrar em alguém. – Ela arregala os olhos, me fazendo rir. Fizemos uma fila e cumprimento algumas detentas no caminho.

— Bom dia! – Abraço Avery, que beija o topo da minha cabeça.

— Eles devem ter gosto em nos acordar. – Colleen reclama assim que chegamos ao refeitório. Pego minha bandeja, abraçando Leslie e procuro uma mesa, sentando com Court, Alessia, River, Colleen, Brown e Avery.

— Logo terá visita dos supervisores, eles devem fazer o papel deles. – Dei de ombros, dando uma mordida em meu sanduiche.

— Parece que haverá policiais novos chegando hoje. Adoro os novatos, eles tentam fazer papel de durão, mas só faltam babar por algumas detentas. – Alessia disse e gargalho.

— Toma cuidado, Alessia. Eles só querem uma coisa de nós.

Revirou os olhos, concordando.

— Se eles querem brincar, então eu também posso.

Essa realmente não tinha jeito.

— E você e Hayes? – Court perguntou, roubando meu iogurte. — Lenta demais!

— Ei! – Riu. — Hayes e eu? O quê que tem?

— Vocês ainda... Você sabe...

— Se estamos juntos? – Assentiu e eu neguei. — Eu tinha que por um fim nessa história, estava indo longe demais e os supervisores estavam pensando em tira-lo do cargo.

— Você gostava dele, não é?

— Muito. – Sorri. — Mas ele merece alguém melhor.

— Melhor que você? Ah, qual é Smith! Olhe para você! – Alessia disse. — Você deveria estar na Victoria Secrets.

Gargalhei.

— Você é sem noção!

Eu nunca pensei que sobreviveria por tanto tempo na prisão, lembrava meus primeiros dias e como o medo incendiava os meus ossos, tantas lágrimas que derramei e o desespero de jamais sair. Havia se passado cinco anos, eu finalmente tinha 23 anos. Não que adiantasse alguma coisa, me perguntava se nada disso tivesse acontecido Justin e eu estaríamos juntos ou se eu estaria na faculdade, realizando meu sonho.

— Julieta Smith?

Meu coração pulou mais forte. Fiquei de pé, levantando a mão e ganhando a atenção deles.

— Sou eu. – Um deles assentiu, caminhando em minha direção e os outros atrás, rondando-me. Engoli a seco, temendo que algo tivesse acontecido a minha mãe ou a Justin. — Aconteceu algo? Minha mãe está bem?

— Julieta Smith, você está presa pelo assassinato de Aaron Hill. – Franzi o cenho, dando passos para trás sem acreditar.