I Have Question

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Um ano depois.

Presídio de Michigan.

POINT OF VIEW JULIETA SMITH

— Alguma notícia para mim Moore? – Perguntou assim que a guarda me solta no refeitório.

— Desculpe garota, nada.

— Obrigada. – Agradeci e peguei uma bandeja. Peguei meu almoço e fui para a mesa do canto, sentando com Phoenix, Alessia e Courtney. Duas novas mulheres que eu havia feito amizade, Alessia estava presa por ter feito serviços para o namoro e Courtney por ter matado o padrasto após descobrir que ele abusou da sua irmã caçula.

— Minha tia prometeu trazer ela para me ver, estou animada. – Ouvi assim que me sentei.

— Quem?

— Minha tia, vai trazer Carol para me ver. – Sorriu abertamente à morena.

Abracei-a, feliz por Court.

— Parabéns. Você merece isso!

— E nenhuma visita ainda? – Phoenix perguntou receosa, tomando seu suco.

Balancei a cabeça, travando a mandíbula.

— Minha mãe nunca mais venho me ver, não recebi nenhuma carta e como era previsto, esqueceram-me.

— Para as mães é mais difícil de nos ver assim. – Assenti.

— Eu apenas queria saber como estão, apenas.

— Sei como é, mas não desanime, eles vão vir te ver.

Comi meu lanche, apenas ouvindo a conversa entre elas. Eu ainda tinha conflitos com Nicki, por mais que Hayes consiga separar na maioria das vezes. A solitária nunca mais chegou para mim, o que me fazia feliz. Era duro ver tantas detentas recebendo visitas de seus familiares no Natal e eu nunca mais saber como era o aconchegante abraço de minha mãe. Eu tinha esperanças de receber Justin e ele me dizer o famoso "Eu te amo". Eu queria estar enganada sobre tudo. Passar um ano aqui dentro deveria ser agoniante e na maioria das vezes era, contudo, eu tinha pessoas aqui que faziam com que isso se amenizasse.

Faltavam apenas 14 anos agora.

— Hm... Olhe quem está vindo. – Sussurram e saio dos meus pensamentos ao olhar para a direção que as três riam tanto.

Ah! O policial Hayes vinha em minha direção, com o mesmo olhar duro de sempre.

— Ele nem esconde que está de quatro por Julieta. – Gargalharam.

— Deixem de ser idiotas, ele apenas é meu amigo.

— Ok, entendemos.

— Oi, Julieta. – Ele não sorriu, Hayes nunca sorria quando estávamos perto de outras pessoas.

Mas eu sim.

— Oi, o que traz você aqui?

— Te buscar por que tem uma visita. – Parei de comer, levantando-me e um divertimento brilhou em seus olhos azuis.

— Jura? – Assentiu.

Estendi meus pulsos para receber as algemas e ele apenas colocou as mãos em minhas costas, me guiando e ouço a gargalhada altas das minhas amigas, sentindo minhas bochechas esquentarem. Era procedimento obrigatório por as algemas nas detentas, porém ele quebrava isso.

— Sabe que tem que me algemar. – Murmuro passando pelo corredor.

— Você vai fugir? – Arqueou a sobrancelha e sorrio.

Abstinence | CONCLUÍDAOnde histórias criam vida. Descubra agora