My World

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Detroit, Michigan.

​POINT OF VIEW JULIETA SMITH

Uma semana depois do ocorrido, eu evitava sair para festas e ter outro encontro com Justin. Ele estava seguindo sua vida e eu deveria seguir a minha. Era difícil com Blair sempre na casa de Christian, algumas vezes eu a acompanhava, mas sem antes confirmar a ausência de Justin. Minha mãe não tocava no assunto, mas Pattie parecia convicta de que iria descobrir e consertar tudo. Talvez ela pensasse que eu fosse à salvação de Bieber.

— Ainda pensando nele? – Desvio do olhar de Luke.

— É difícil não pensar.

— O amor é complicado, garota.

Encaro suas íris azuis, confusa com a sua frase. Luke é uma ótima pessoa, por incrível que pareça. Ficamos mais próximos desde então, ele nunca tentou nada comigo, pois segundo o mesmo, me via como sua segunda irmã caçula e eu apreciava isso. Sempre que podíamos, ele me levava para algum lugar, à última vez fomos conhecer sua mãe em Nova York e eu pude ver da onde saiu os olhos verdes dele. Laura era uma mulher linda e durona, no começo tive receio dela, mas depois se mostrou ser a mãe mais coruja que eu já vi. Sua irmã, Lauren, tinha a mesma idade que eu e estava indo morar com Luke, o que acabou nos aproximando. Todos eles com os mesmos olhos, Lauren parecia uma versão feminina de Luke e eu me sentia intimidade por ela toda vez que a morena me colocava na parede para saber respostas da minha tristeza. No fim, ela conseguiu.

— O amor é uma droga. – Lauren sentou-se ao meu lado.

— Desde quando você sabe sobre o amor? – Ele perguntou, desconfiado.

— Eu não sei, mas pelo caso de vocês, é uma droga.

— Como assim vocês? – Mexi no canudo do meu MilkShake.

Lauren soltou uma risada fraca.

— Luke tem um amor de adolescência que ainda não superou.

Fitei Luke, a espera de uma resposta e ele abriu um sorriso bobo, desviando o olhar.

— Tínhamos 17 anos quando nos conhecemos, eu já havia parado de estudar e via sempre ela saindo da escola. Muitas vezes eu dava carona para ela, por que queria ficar mais perto. Só que eu estava entrando nesse mundo e o sonho dela era fazer medicina. Não tínhamos como dar certo e eu simplesmente apenas a admirava de longe. Não me perdoaria estragar seu brilhante futuro por causa de um caso perdido como eu. – Ele deu de ombros. — Passou dois anos e eu soube que ela entrou na faculdade, de medicina, como queria. Eu estava ganhando força no tráfico e nunca mais tive notícias dela. Até alguns meses depois, quando descobri que ela engravidou de um cara que não quis assumir, os pais a expulsaram de casa e ela...

— O que ela fez?

— Se envolveu com drogas, para pagar as dividas, entrou na prostituição.

Arregalei os olhos, incrédula.

— Ela perdeu o bebê, mas nunca parou. Eu tentei ajuda-la, mesmo ela estando no território do seu amado Bieber.

— Quem é ela? Eu conheço?

— Heather.

— Heather? – Não podia ser.

Ele assentiu.

— Ela se apaixonou por um amigo dele, mesmo assim insisti em ajudá-la e paguei todos os seus tratamentos na reabilitação. Heather me agradeceu depois disso, porém, voltou para lá.

Abstinence | CONCLUÍDAOnde histórias criam vida. Descubra agora