Capítulo 20

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Eu acordei com a luz do sol invadindo meu quarto e eu quase fiquei cega quando abri os olhos e a luz veio direto neles.

Me virei ficando de costas para a janela e respirei fundo me sentando na cama em seguida.

Na mesma hora em que me sentei me lembrei da noite de ontem. Mas eu sinceramente não queria ter lembrado.

Caminhei até o banheiro, escovei os dentes e depois caminhei até o sofá. Peguei meu celular e haviam mais chamadas perdidas do Christopher.

— Elisabeth! Pelo amor de Deus! Me atende!!

— MAIS QUE PORRA! ATENDE!

— Meu Deus, você vai me fazer ter um infarto, caralho!

— Elisabeth... Por favor, por favor! Atende!

— Manda pelo menos uma mensagem dizendo se está bem, ou não! Mais que porra!

— Tá querendo me matar do coração? Cassete!

Chamei um táxi e desci para esperar ele lá em baixo na portaria.

Era tão bom não ver nenhum fotógrafo na porta era muito, muito bom.

Eu estava tentando pensar em qualquer outra coisa que não fosse na cena de ontem. Que não fosse no Christopher.

Mesmo sabendo que é impossível, já que moramos juntos.

Quando o meu táxi chegou eu fechei os olhos e respirei fundo.

E durante todo o caminho eu fui pensando em como tratá-lo.

Se fingiria demência e inventaria que meu celular havia descarregado, por isso não atendi as ligações e que havia dormido na casa de uma amiga. Sendo que eu nem tenho amiga, além da Ally e do Bruno.

Ou, se ignoraria ele.

Ou então, se trataria ele com toda, toda a minha frieza.

E se for parar para pensar bem a terceira opção é a melhor.

Não posso fingir demência, porque ela sabe que não tenho amigos. Além da Ally e do Bruno, mas desde que toda essa história começou eu nunca mais vi eles.

E não posso ignorar ele totalmente porque para todos somos casados e o nosso "casamento" é só alegria.

O taxista estacionou e eu paguei antes de descer. Passei pelo portão de entrada e os seguranças me cumprimentaram balançando a cabeça.

E eu pensei "pelo menos só vou ver ele depois das oito e talvez nem veja, vai que quando ele chegar eu já estou dormindo".

— Você ficou maluca?! Onde você estava? Não pode sumir assim do mapa! Você... Você é louca?. - ele perguntou.

Eu fingi que nem estava escutando, fechei a porta e segui caminhando normalmente até às escadas enquanto meu ódio só aumentava.

— Não atendeu o celular! Não mandou nenhuma MENSAGEM! Você quer me matar do coração caralho?. - ele perguntou se aproximando.

E eu continuei caminhando normalmente até as escadas, fingindo que ele nem estava ali.

— Você está bem? E a onde você estava? Você não pode sumir assim, tá maluca, porra?. - ele perguntou.

E quando eu comecei a subir as escadas ele segurou meu braço e me puxou.

— Estou falando com você!. - ele disse e eu encarei ele nos olhos. — Você está bem? A onde você estava? E por que não atendeu a desgraça do celular?. - ele perguntou irritado.

The contractOnde histórias criam vida. Descubra agora