Capítulo 41

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Uma semana depois..

Fazia uma semana que ele estava desaparecido.

Uma semana que eu não dormia no nosso quarto.

Uma semana que eu passava o dia inteiro na sala de cinema e só saia para beber água, ou comer alguma coisa depois da insistência constantemente da Sra.Jey que tem ficado aqui todos os dias da semana me fazendo companhia.

Uma semana que eu ia dormir chorando e acordava chorando, sem ter notícias.

Uma semana que eu não parava de me culpar por não ter corrido.

— Sra.Ross?. - Sra.Jey chamou batendo na porta. — Eu queria saber se é para fazer o café da manhã?. - ela perguntou.

Fechei os olhos e respirei fundo enxugando as lágrimas.

Não Sra.Jey. - sussurrei.

— Tem certeza? A senhora não come desde ontem. - ela disse.

E eu suspirei me encolhendo ainda mais no sofá.

É tão estranho e patético o jeito que precisamos das pessoas que amamos. Era para ser apenas uma pessoa pela qual a gente possuí algum tipo de carinho, afeto. E que a gente gosta de dividir boa parte do nosso tempo.

Mas, não é assim. Necessitamos das pessoas que amamos, como necessitamos do nosso coração batendo dentro do nosso peito.

Nos tornamos dependentes.

Talvez algum dia a gente consiga amar alguém sem ter a sensação de que se a pessoa nos deixar iremos morrer. Talvez um dia a gente consiga só amar e não depender de uma pessoa para viver.

Talvez um dia a gente aprenda a ficar sozinho e gostar da nossa própria companhia, porque só assim não seremos mais dependentes de ninguém.

     P.O.V Christopher Ross

Eu não sabia a quanto tempo estava trancado nesse porão com essa porta de ferro me impedindo de fugir, e apenas uma abertura no teto alto me trazendo ar.

Não fazia ideia de quanto tempo estava no escuro, quase que total, a não ser pelo pequeno raio de sol que entrava de dia pela abertura no teto.

Mas de uma coisa eu sabia. Que o filho da puta do Ethan caído no canto do porão estava mortinho.

A Medeline matou ele porque ele queria me matar, e eu não sei em que momento ele pensou que essa maluca permitiria que ele me matasse.

Eu não parava de pensar na Elisabeth.

Se ela estava bem.

Se tinham voltado para pegar ela.

Se tinham voltado para machucar ela.

Se ela tinha corrido.

Se ela tinha saído daquele choque maldito.

Se ela estava bem.

Eu só queria e torcia para que ela estivesse bem, porque eu jamais me perdoaria se alguma coisa tivesse acontecido com ela.

— Bom dia príncipe. - ela entrou sorrindo, trazendo a bandeja com o café da manhã, como ela faz desde que me trouxe para cá.

Ela me prendeu em uma barra de ferro presa a parede e embora a corrente seja longa eu não consigo nem ao menos chegar perto da porta para tentar escapar.

— Meus pulsos estão ficando roxos, será que dá para me soltar um pouco?. - eu perguntei.

— Abre a boquinha príncipe. - ela disse sorrindo.

The contractOnde histórias criam vida. Descubra agora