Capítulo 43

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Semanas depois..

Depois de alguns dias os roxos sumiram do corpo dele e aos poucos ele me fez parar de me sentir culpada pelo que aconteceu.

Nosso relacionamento voltou ao normal e a nossa rotina também. Mesmo que agora ele queira que eu vá com ele para todos os lugares.

Ainda tenho medo do que pode acontecer, nunca se sabe quando outra dupla de doidos vão invadir sua casa, sequestrarem o seu marido e apontarem uma arma para a sua cabeça.

A Sra.Eleonora não para de nós pedir bisnetinhos, mas, eu me acho nova demais para ter filhos. Quem sabe mais para frente, se essa relação realmente durar.

Porque nada dura com mentira no meio.

O meu celular começou a tocar as quatro e pouca da manhã e era um número desconhecido.

         * LIGAÇÃO ON *

— Alô. - eu disse baixo, com a voz sonolenta.

— Srta.Barnes?. - uma voz feminina perguntou.

— É.. quem tá falando?

— Eu sou Rose, a enfermeira da clínica *****.

— Clínica?

— Srta.Ally disse que eu podia ligar para você.

Eu me sentei na mesma hora.

— O que aconteceu com ela?

— Lise.. - ela disse com uma voz de choro.

— Oi, oi, o que aconteceu?

— Você pode me deixar sozinha, por favor?. - Ally perguntou a alguém.

— Claro, eu volto daqui a pouco. - a Rose respondeu.

— Ally?. - chamei.

— Você pode vim aqui?

— Me explica o que tá acontecendo?

Ela começou a chorar desesperada e eu fiquei ainda mais preocupada.

— O que foi? Me fala para eu poder te ajudar.

— Eu tô grávida...

Fiquei em silêncio por alguns segundos...

— Isso é... é... Isso é ruim?

— É péssimo, Elisabeth.

— Por que?

— Porque... Os meus pais são super religiosos, se ficarem sabendo que eu engravidei sem ser casada eles vão... Eles vão pirar, Lise.

— Mas... E agora?

— Eu vou tirar.

— Você tá falando sério? Ou tá me zoando?

— Tô falando sério.

— Ally, você não precisa fazer isso, vai ficar tudo bem.

— Se você conhecesse meus pais, você ia saber que não vai ficar tudo bem se eu voltar grávida para casa.

— Você tem certeza que quer fazer isso?

Ela respirou fundo e fungou logo em seguida.

Tenho. - ela sussurrou. — Eu já tô na clínica, eu só não quero fazer isso sozinha, porque... Tô com medo Lise.

— Tá bom, eu vou para aí.

— Não conta para ninguém, tá?

— Tá, mas eu tenho que pedir o Christopher para me levar. Não deve ter táxi funcionando a essa hora.

The contractOnde histórias criam vida. Descubra agora