Capítulo 24

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O despertador começou a tocar e eu coloquei meu travesseiro sobre o meu rosto.

Era um toque insuportavelmente chato e alto e incomodava tanto, tanto.

Eu ainda estava pensando no que tinha acontecido ontem.

Estou namorando e eu não era a única apaixonada, então, o sentimento de certa forma é recíproco, o que me deixa um pouco mais relaxada.

— Acorda. - Christopher disse puxando o edredom.

Eu murmurei e me virei de barriga para baixo segurando o travesseiro sobre a minha cabeça.

— Elisabeth. - ele chamou. — Acorda, a gente tem que sair até seis horas. - ele disse. — Elisabeth. - ele chamou puxando meus pés.

— Eu tô acordada. - eu disse.

— Eu vou tomar banho, e depois você vai. - ele disse soltando meus pés.

— Tá. - eu disse.

Continuei deitada de olhos fechados e com o travesseiro sobre a minha cabeça.

Estava com tanto, tanto sono que eu ia acabar dormindo rápido. E tudo bem dormir mais um pouquinho ele ainda estava tomando banho.

Tempo depois escutei ele me chamar de novo.

— Elisabeth. - ele chamou. — Vai logo. - ele disse.

— Você é muito chato. - eu disse levantando.

— Uhum, tá bom, agora vai logo. - ele disse jogando a toalha em mim.

Entrei no banheiro e demorei uns cinco minutos para entrar em baixo daquela água gelada. Aproveitei para lavar os cabelos.

Meu Deus, eu vou congelar.

Assim que saí vesti um conjunto de lingerie branca e um vestido preto, de manga que eu havia separado ontem. Calcei um all star preto e penteei os cabelos.

— Pronta?. - ele perguntou pegando as malas.

— Uhum. - murmurei. — Quer ajuda?. - eu perguntei.

— Vai abrindo o carro. - ele disse.

— Tá. Cadê a chave?. - eu perguntei.

Ele me olhou com um sorrisinho malicioso no rosto.

— Você sabe a onde está a chave. - ele disse me encarando.

— Christopher. - eu disse.

— Vai, Elisabeth, estão pesadas. - ele disse prendendo o riso.

— Você não presta. - eu disse e ele riu.

Enfiei a mão no seu bolso e ele agachou aproximando seu rosto do meu ouvido e eu senti meu corpo se arrepiar.

— Não tô achando. - eu disse baixo.

— Vê se está no outro. - ele disse deixando uma mordida na minha orelha.

Enfiei minha mão no outro bolso e achei as chaves.

Ele riu e eu me afastei. Saí do quarto, desci as escadas e corri até o carro. Abri o porta malas e fiquei esperando o Christopher.

E ele logo veio. Tão bonito.

Terno azul escuro quase preto, uma blusa social preta e uma gravata cinza. Lindo, lindo de morrer.

Ele guardou as malas e nós entramos no carro, colocamos o cinto de segurança e ele acelerou.

— Ih esqueceu de pegar o notebook na mala, vai ter que me aturar. - ele disse me encarando.

The contractOnde histórias criam vida. Descubra agora