Capítulo 2

24.8K 1.6K 402
                                        

Eu nem me atrevi a ler aquele contrato, assim que cheguei em casa o deixei sobre o balcão da cozinha, junto com as minhas chaves, e depois fui direto para a minha cama dormir.

No que ele estava pensando, quando decidiu me "pedir em casamento" para conseguir uma herança?

O que ele pensa que eu sou?

Quando eu acordei fui direto para o banheiro, tomei meu banho e me arrumei para ir ao trabalho.

Coloquei minhas roupas íntimas, uma calça jeans e uma blusa branca de manga.

Peguei meu celular e as chaves deixando o contrato ainda sobre o balcão.

Quem o Sr.Ross pensa que é? Não é só porque é um dos empresários mais bem sucedidos de New York, que pode fazer um contrato, para que uma pessoa case com ele por dinheiro. Para que ele consiga uma herança.

O que ele pensa que eu sou?!

Cheguei no trabalho e coloquei meu avental. Prendi o cabelo em um rabo de cavalo, porque estava calor.

E quando a cafeteria abriu eu comecei a pegar os pedidos e deixar eles no balcão para a Ally.

Os clientes foram chegando e a cafeteria foi enchendo cada vez mais.

De manhã era o horário que ela mais ficava movimentada. Também era o horário que eu não parava de andar para lá e para cá, nem por um segundo.

Quando o Sr.Ross entrou na cafeteria, eu senti raiva, mas junto com a raiva veio um frio na barriga.

O seu olhar ficou preso em mim e ele seguiu até uma mesa vazia que ficava em frente ao vidro. E levantou a mão.

Eu respirei fundo e segui até ele.

— Bom dia Elisabeth. - ele disse.

— Bom dia Sr.Ross, o mesmo de sempre?. - eu perguntei.

— É. Me chame de Christopher. - ele pediu. — A gente pode conversar de novo? Eu te explico melhor. - ele disse me encarando.

— Okay, eu volto em dez minutos. - eu disse ignorando a sua pergunta.

— Elisabeth. - ele chamou.

— Com licença. - eu disse antes de sair.

Eu saí andando deixando ele sozinho e quando olhei para trás ele estava de cabeça baixa com as mãos na mesma.

Comecei a entregar os pedidos e a pegar pedidos.

Enquanto ele ficou lá, sentando me observando, o que estava me deixando envergonhada e constrangida.

Seu olhar seguia todos os meus passos.

Quando o pedido dele ficou pronto eu peguei e levei até sua mesa.

— Estou no meu local de trabalho e adoraria se parasse de ficar me olhando desse jeito. - eu disse colocando as coisas na sua mesa.

— Será que você pode sentar por um segundo?. - ele perguntou.

— Não, a resposta é não. - eu disse encarando ele.

— Elisabeth, senta aí. - ele disse segurando meu pulso, antes que eu saísse.

Eu me sentei, e apoiei a bandeja no meu colo.

— Você leu o contrato?. - ele perguntou.

— Não. O que acha que eu sou? Uma prostituta?. - eu perguntei.

— Você é a esposa perfeita, aos olhos da minha grandma. - ele disse.

— Não vou me casar com você. - eu disse encarando ele.

The contractOnde histórias criam vida. Descubra agora