Capítulo 21

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Três dias depois.. (sexta-feira)

Fazia três dias que ela estava me tratando com frieza. Ela nem olhava na minha cara para falar comigo.

Estava sempre me evitando e eu só encontrava com ela na horas das refeições. E era só eu perguntar se a gente podia conversar que ela falava "não" e saía de onde eu estava.

Eu queria contar que havia lido as mensagens, mas ao mesmo tempo eu tinha medo da reação dela. Imagine como ela vai ficar brava.

Nós iríamos viajar hoje e iríamos sair às sete da manhã. O meu celular despertou e eu levantei indo direto para o banheiro.

A minha mala já estava pronta eu só tinha que tomar banho e me arrumar. E foi o que eu fiz.

Tomei um banho e saí. Vesti uma cueca, uma calça jeans clara e uma camisa branca de manga. Coloquei um boné de aba reta virado para trás, escovei os dentes e peguei minhas malas antes de sair.

Quando eu estava descendo as escadas vi ela parada com uma mala ao seu lado. O seu cabelo estava preso em um rabo de cavalo.

Elisabeth estava usando um vestido e estava segurando o notebook e o celular nos braços. Nos pés, um all star preto. Ela estava linda.

— Pronta?. - eu perguntei descendo.

— Sim. - respondi.

— Então vamos. - eu disse pegando sua mala.

Nós seguimos para a garagem e eu abri a porta do carro para que ela entrasse. Guardei as malas no porta malas e entrei no carro.

Elisabeth estava de fones vendo filme na Netflix e eu revirei os olhos, mas nem liguei porque assim que a gente chegasse lá não teria mais sinal. Era uma casa na floresta não tem sinal nem no teto.

Acelerei e saí.

O caminho foi silencioso ela não disse uma palavra, eu não disse uma palavra. Elisabeth nem sequer olhou para minha cara ela simplesmente fingiu que eu não estava ali.

Mas isso mudou quando liguei a música no carro.

Ela me olhou séria e apertou um botão desligando e eu liguei de novo.

E ficou nesse liga e desliga por uns segundos.

— Pelo menos abaixa você está me atrapalhando. - ela disse abaixando o volume.

— O sinal vai cair em.. cinco.. quatro.. três.. - e antes que eu terminasse a contagem regressiva caiu porque entramos na estrada de terra.

— Não.. - ela disse jogando a cabeça para trás.

— Agora você vai ter que me aturar. - eu disse sorrindo para ela.

Elisabeth bufou e fechou o notebook.

— Quanto tempo vai demorar para chegar na casa da sua avó?. - ela perguntou.

— Uma, ou duas horas. - respondi. — Não vai demorar nós já chegamos na floresta. - eu disse.

                  📃📃📃

Eu até tentei puxar assunto, mas ela sempre, sempre ignorava ela fingia que não estava escutando, ou então respondia com frieza.

Os meus parentes já estariam lá porque eles viajaram ontem a noite então, seríamos os últimos a chegar.

E quando chegamos ela soltou o cinto e me encarou. Nós saímos e eu entrelacei minha mão na dela.

— Estão nos esperando na porta. - ela disse.

— É, eu vi. - eu disse.

Estava todo mundo nos esperando na varanda da casa e nós caminhamos com um sorriso no rosto.

The contractOnde histórias criam vida. Descubra agora