Capítulo 33

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Assim que eu acordei me virei para o lado como sempre faço, mas o Christopher não estava mais deitado.

Mas eu não estranhei, já acordei sem ele na cama várias vezes, então, tudo bem.

A noite passada veio como flashback's na minha mente e eu não acredito que me declarei para ele dizendo que o amava e ele não disse nada.

Como ele pôde não dizer nada?

Nem um "também" só para eu não ficar com mais cara de idiota ainda.

Ai Elisabeth!

Fiquei deitada por mais alguns minutos e depois levantei indo direto para o banheiro. Fiz o que sempre faço pela manhã.

Primeiro fiz xixi, depois lavei as mãos e o rosto.

Saí do banheiro e logo em seguida saí do quarto pensando se estaria sozinha nessa casa, ou se a Sra.Jey estaria por aqui hoje.

E então, assim que cheguei no final da escada, coloquei as mãos na boca, e senti meus olhos encherem de lágrimas e transbordarem segundos depois.

Christopher estava ajoelhado no chão e a Medeline estava com uma arma apontada para ele.

— Lise, corre. - ele disse me olhando.

— Nem pense nisso, coisa linda. - escutei uma voz masculina atrás de mim.

— Você era a única que faltava para a reunião, sabia?. - Medeline perguntou. — É a sua chance pudinzinho. - ela disse encarando Christopher.

Mas que apelido é esse? Pudinzinho, jura? A Alerquina trocou o Coringa pelo Christopher?

— É ela, ou eu. Escolhe. - ela disse e ele me olhou.

— Não me escolhe, não me escolhe. - sussurrei.

— Escolhe!. - ela disse encostando a arma na testa dele e eu fechei os olhos.

— Eu escolho ela. - ele disse.

— Não!. - eu disse chorando mil vezes mais.

— Você escolhe quem, Christopher?. - ela perguntou de novo lhe dando a chance de mudar sua resposta.

— Ela. - ele respondeu.

Medeline ficou séria olhando para ele, enquanto algumas lágrimas escorriam pelo seu rosto.

— Foi você que pediu por isso, amor. - ela disse.

— Ele tá mentindo. Ele tá mentindo. Ele nem retribuiu o meu "te amo" ontem. Ele nem gosta de mim. É um casamento falso. Eu juro que é falso. Ele escolhe você. - eu disse desesperada. — ELE ESCOLHE VOCÊ, MEDELINE!. - gritei assim que ela engatilhou a arma.

— Adeus, pudinzinho. - ela disse.

— NÃO, POR FAVOR! ELE TÁ MENTINDO, ELE TA MENTINDO!. - gritei.

E aí, ela atirou.

— NÃO!. - gritei.

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Eu acordei assustada, com o coração disparado e o rosto suado. As minhas mãos estavam tremendo e a minha respiração estava ofegante.

Levantei na mesma hora e fui para o banheiro. Coloquei a mão no peito e comecei a tentar controlar minha respiração.

The contractOnde histórias criam vida. Descubra agora