Capítulo 46

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Cinco dias depois.. (sábado)

A minha mãe já tinha ido embora, o que foi muito triste porque eu queria que ela ficasse me fazendo companhia por mais tempo.

Nós saímos para comprar o presente do Lucas e da Liz, e optamos por um carrinho e uma boneca.

Foi difícil sair do prédio por causa dos paparazzis, mas nós conseguimos. E foi bom sair, respirar um ar puro e distrair minha mente com outra coisa.

E, agora até que eu estou melhor.

Não passo mais o dia inteiro deitada em algum canto desse apartamento. E o Sr.Henry não precisa mais ir comprar comida para mim com medo de que eu morra de fome.

Tenho que seguir a minha vida com ou sem o Christopher, e é por isso que eu vou começar a procurar um novo emprego.

Quando eu acordei respirei fundo e encarei o teto branco com estrelas florescentes do meu quarto.

O aniversário dos gêmeos começaria uma da tarde e ainda era dez e pouca. Eu tinha tempo de sobra.

Levantei devagar e fui até o banheiro. Lavei o rosto, escovei os dentes e sai. Fui até a cozinha, preparei um misto quente e um toddy.

Tomar café sozinha é um pouco estranho, mas, eu posso me acostumar com isso de novo.

O telefone começou a tocar e eu levantei da cadeira para atender.

           * LIGAÇÃO ON *

— Alô. - eu disse.

— Oi filha, como você está?

— Bem, eu acho. E você?

— Estou bem. Já tomou café?

— Estou tomando.

— E como vão as coisas? Você está... Bem?

— As coisas estão normais, como eram antes, a não ser pelos paparazzis que de vez em quando ainda fecham a entrada do meu prédio. Fora isso, estão normais.

— Que bom. Fico feliz que esteja seguindo em frente.

— Uma hora eu ia ter que seguir, né...

— E você vai no aniversário dos gêmeos?

— Eu vou lá entregar os presentes, porque nesses últimos dias tinha tanta gente na porta do prédio que eu fiquei com medo de sair sozinha.

— Por que você não fica um pouco? A Cristina gosta muito de você, Lise.

— Não dá, tá bom? Em outro aniversário talvez eu fique, mas nesse não dá...

— Lise...

— Como você espera que eu siga em frente, se ficar vendo ele?

— Tá bom, okay, você que sabe. Tô com saudades...

— Eu também. - eu disse suspirando em seguida. — Queria que morasse por perto.

— Eu também... Você pode voltar a morar comigo se quiser. Sinto falta do meu bebê. - ela disse e eu sorri.

— Sinto sua falta também. E, eu vou pensar nessa proposta.

— Ah Lise, eu adoraria que viesse, de verdade.

— Eu vou pensar, tá bom?

— Tá bom. Tenho que desligar, te amo.

— Te amo.

           * LIGAÇÃO OF *

Coloquei o telefone no lugar e voltei a me sentar para terminar o meu café.

The contractOnde histórias criam vida. Descubra agora