Capítulo 39

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Uma semana depois..

As coisas estavam indo muito bem entre nós. Já tínhamos feito as pazes. E a semana foi repleta de sexo.

Ela é tudo o que eu sempre quis, mesmo sem saber o que eu queria, eu descobri que era ela quando aqueles olhos castanhos claro encararam os meus.

Mas mesmo sabendo que amo ela, acho que talvez, nunca serei capaz de demonstrar isso cem por cento para ela. Eu nunca fui bom em declarações e relacionamentos, eu nem consegui dizer "te amo" em voz alta enquanto ela estava acordada.

Talvez eu nunca consiga explicar o que sinto quando a vejo, ou quando simplesmente penso nela.

Meu Deus, me tornei tão meloso.

Me virei para o lado, para abraçá-la e puxá-la mais para perto, mas ela não estava mais na cama.

Deitei de barriga para cima e coloquei as mãos no rosto respirando fundo. Abri os olhos e me sentei. Escutei um barulho vindo lá de baixo.

Perfeito, a bonitinha quebrou um copo. Espero que não tenha se machucado.

Depois de alguns segundos, levantei e fui até o banheiro. Fiz o que tinha que fazer, lavei as mãos e em seguida o rosto.

Saí do quarto depois de enxugar meu rosto na toalha pendurada na porta do banheiro. Caminhei lentamente até as escadas e vi um pouco de suco espalhado pelo chão.

— Elisabeth?. - chamei.

Desci as escadas devagar e ela estava parada feito uma estátua, com os olhos cheios de lágrimas e cacos de vidro espalhados pelo chão na sua frente.

— Que foi bebê?. - eu perguntei me aproximando. — Olha para mim. - pedi.

Ela estava olhando fixamente para frente e quando eu me virei entendi porquê.

O meu coração disparou e eu não pensei em outra coisa a não ser ficar na frente dela, a protegendo de qualquer coisa.

Um ar frio percorreu meu corpo inteiro e eu senti como se fosse colocar meu coração para fora. Era tão estranho parecia que ele estava batendo na minha garganta.

Eu não sabia se ficava preocupado com o que estava na minha frente, ou com a Elisabeth, que não se mexia, não chorava, não fazia nada. Ela estava igual uma estátua.

Os seguranças vão chegar. É só você correr Lise. - sussurrei.

Mal conseguia escutar ela respirando.

— Lise. - chamei.

Olhei para trás por cima do meu ombro. E ela estava balançando a cabeça em negativo freneticamente.

— Saí da frente. - Medeline disse em um tom ríspido.

Foi como um sussurro entre os dentes.

Duas armas apontadas para mim.

Eu sabia que uma delas atiraria e que a outra só queria me assustar.

Mas eu também sabia que se eu saísse. As duas iriam disparar contra ela.

— Não. - respondi.

E eu também sabia o risco que estava correndo de fazer com que a arma que só estava ali para me assustar, ficasse irritada e atirasse de verdade quando resolvi proteger ela.

— Agora. Eu não vou pedir de novo. - ela disse séria olhando nos meus olhos.

Elisabeth não gritava. Não chorava. Não fazia nada. Eu não sabia o que ela estava fazendo. Eu não sabia se ela estava chorando. Se ela estava tremendo. Se ela estava prendendo o choro. Se ela estava respirando...

The contractOnde histórias criam vida. Descubra agora