Capítulo 17

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Os meninos haviam dormido aqui e o barulho que eles fizeram por causa de um vídeo game durou até duas ou três horas da manhã.

O que não me deixou dormir até que eu finalmente fui para a sala de cinema que fica nos fundos da casa.

E quando eu entrei fechei a porta e percebi que estava tudo em silêncio respirei fundo, aliviada porque eu finalmente conseguiria dormir e esquecer que ele havia transado com uma garota diferente todos os dias que ficou sem falar comigo.

Como uma pessoa tem cara de pau para falar isso?

Sub consciente capetinha: se eu fosse você faria o mesmo..

Sub consciente anjinho: não escuta ele Elisabeth, você não precisa virar uma vadia para atingir ele.

Sub consciente capetinha: mas que tipo de conselheiro é você? Ela vai ficar aqui sofrendo, enquanto ele saí comendo todo mundo. Ela merece ser feliz.

Sub consciente anjinho: ela não precisa virar uma vadia para ser feliz. E a propósito, sou um conselheiro melhor que você, porque pelo menos não estou mandando ela sair dando para todo mundo.

— Aí meu Deus! Cala a boca!. - eu disse colocando o travesseiro no meu rosto. — Não sou louca, porque estou escutando vozes comentando sobre a minha vida? Eu não sou louca. - eu disse respirando fundo.

Me virei para o outro lado, naquele sofá cama maravilhoso e fiquei encarando a porta.

Tempo depois eu me levantei e fui para a cozinha. Como é domingo, a Sra.Jey estava por aqui e quando entrei na cozinha, lá estava ela preparando o café da manhã.

— Bom dia Sra.Ross. - ela sorriu.

— Bom dia Sra.Jey. - sorri.

— Com licença, eu vou arrumar a bagunça da sala. O café já está pronto. - ela sorriu antes de sair da cozinha.

Peguei um copo de água.

Sub consciente capetinha: vai dizer que não quer se vingar, Elisabeth.

Sub consciente anjinho: ah, pelo amor de Deus, cala a boca. E desde quando a vingança é o melhor caminho. E desde quando uma pessoa se vinga dando para todo mundo?

Sub consciente capetinha: você é chato, sabia? É só sexo!

Eu levei um susto assim que braços envolveram minha cintura por trás e o copo de vidro caiu da minha mão se espatifando.

Me virei rapidamente vendo que era o Christopher.

Christopher. - sussurrei.

— Tá assustada por que?. - ele perguntou rindo.

— Nada, eu não, não estou assustada, é que você chegou e eu nem escutei. - eu disse.

— Eu te dei bom dia três vezes e você não escutou?. - ele perguntou. — O que te distraiu tanto? No que estava pensando?. - ele perguntou agachando para catar os cacos de vidro.

Em... Nada. - sussurrei e ele olhou para cima encarando meus olhos.

— Estava lembrando de alguma coisa?. - ele perguntou me encarando com aquela cara de pervertido.

— Para de me olhar assim. - eu disse e ele deu um sorriso.

Ele deu um beijo na minha coxa antes de levantar e deixou os cacos no balcão em cima de um papel toalha.

— Por que?. - ele perguntou me encarando.

Sub consciente capetinha: vai acabar transando com ele, quando poderia transar com outros caras, quer apostar quanto?

Sub consciente anjinho: ótimo, eles são casados. E eu não vou apostar nada com você.

Sub consciente capetinha: o casamento é falso, gênio.

— Porque você.. - eu parei respirando fundo.

Os meus batimentos cardíacos estavam muito, muito acelerados. As minhas mãos estavam suando.

— Porque eu?. - ele perguntou grudando seu corpo no meu.

Me deixa nervosa. - sussurrei.

Ele sorriu e eu continuei séria.

— O que... O que você acharia de mim, se eu fizesse sexo tanto quanto... Você?. - eu perguntei e ele franziu o cenho.

— Você não teria coragem. - ele disse aproximando seu rosto do meu. — Você nem sabe muita coisa sobre sexo. - ele sussurrou no meu ouvido. — Mas, se quer transar, transe. - ele disse me encarando.

— Tá. - eu disse.

Sub consciente capetinha: ele acreditou? Fala sério, ele não pode ser tão burro, ela nem sabe mentir.

Sub consciente anjinho: cala a boca, vai deixar ela louca.

— Tá. - ele disse me olhando nos olhos.

Eu apoiei as mãos na cintura dele e o afastei devagar.

Christopher me roubou um selinho e quando eu me virei para sair ele bateu na minha bunda.

— Me conta depois, as suas... Experiências. - ele disse me encarando.

— Tá. Eu conto. - eu disse e saí andando.

Sub consciente capetinha: ela não vai ter experiências, anta! você é burro?!

Sub consciente anjinho: você é muito chato.

Sub consciente capetinha: dou três dias para eles transarem de novo, e você?

Sub consciente anjinho: eu não vou apostar essas coisas com você, é ridículo.

— Calem já a boca. - eu disse.

Eu subi correndo para o meu quarto e fui para o banheiro. Tomei um banho, saí, coloquei um conjunto de langerie branca e um vestido verde escuro.

Eles passaram o dia bebendo na piscina e as vezes no vídeo game e eu passei o dia vendo filme conversando com minha mãe.

                   📃📃📃

— Você precisa parar de chegar de surpresa. - eu disse assim que me virei e dei de cara com ele.

— Não sou um cara sério. Nunca quis um relacionamento. Eu só penso em sexo e não vou mais transar com você, porque você tem dezoito anos, você é muito jovem e eu não posso usar você. - ele disse e eu fiquei paralisada encarando ele.

— Você tem vinte e seis, não é muita diferença. - eu disse encarando ele.

Sub consciente capetinha: ela tá caidinha por ele, é por isso que não vai dar para ninguém. Patético.

Sub consciente anjinho: não é patético, é romântico. Você é patético.

— Não vamos transar mais. - ele disse me encarando.

— Tá. Eu não ia transar com você mesmo. - eu disse e ele revirou os olhos.

— Você ia sim. - ele disse antes de sair.

Sub consciente capetinha: você ia sim.

Sub consciente anjinho: você é chato e desagradável.

Sub consciente capetinha: você é patético igual a ela. Se ela quer transar com ele por que é que ela não transa? É só sexo!

— Eu só posso estar ficando maluca. - eu disse fechando os olhos e respirando fundo.

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