Capítulo 12

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Eu acordei e Christopher estava desmaiado do meu lado com o edredom até o pescoço.

Ainda estava brava, mas, não é que eu esteja brava com ciúmes, eu estou só brava pelo fato dele me colocar chifre praticamente na minha cara.

Levantei da cama devagar para que ele não acordasse e fui para o banheiro tomar banho.

Eu não conseguia parar de pensar nele me tocando, ou sussurrando no meu ouvido, ou então perto o bastante para fazer meu corpo se arrepiar e isso me deixava envergonhada.

Me sentia uma pervertida igual a ele pensando nessas coisas.

Tomei um banho e saí. Ele ainda estava dormindo.

Coloquei uma lingerie branca e um vestido amarelo de alcinha. Prendi o cabelo em um rabo de cavalo e saí de casa sem esperar por ele.

Porque eu estava brava.

Segui até a casa grande e entrei indo direto para a cozinha porque eu estava morrendo de fome.

Ninguém havia acordado ainda e eu tentei fazer o mínimo possível de barulho.

Fiz um sanduíche e peguei um pouco de refrigerante.

Era muito estranho a sensação de estar brava com o Christopher, porque tecnicamente eu não tenho direito de ficar.

Nós estávamos casados de mentira e... Ele podia fazer o que quisesse, então por que é que eu ficaria com ciúmes? Não era um casamento de verdade. Nada, era de verdade.

Eu nunca devia ter deixado ele me tocar daquela forma, era para ser um casamento falso e em um casamento falso não há essas coisas.

E por que é que eu estou pensando tanto nele?

Respirei fundo e voltei a comer e aí a Melanie entrou na cozinha.

— Bom dia Elisabeth. - ela sorriu.

— Bom dia. - respondi sorrindo de volta.

Eu precisava ser simpática.

— Cadê o meu gatinho? Não acordou ainda?. - ela perguntou me encarando.

Seu gatinho?

— Não, ele ainda está dormindo. - eu disse desviando o olhar.

— Você se importa se eu for acordar ele?. - ela perguntou parando do meu lado. E eu a encarei.

— Por que eu me importaria?. - eu perguntei.

— Vocês são casados ué. - ela respondeu rindo.

— Você não se importou quando foi para o quarto com ele. - eu disse e ela sorriu.

— É verdade. - ela disse. — Então, não vai se importar se eu for mesmo né?. - ela perguntou.

— Não. - eu respondi baixo.

— Então tá. - ela disse antes de sair da cozinha.

Eu respirei fundo.

Por que eu estava irritada de novo?

Meu Deus, que idiotice é essa?

Elisabeth, deixa de ser idiota!

Eu fechei os olhos e continuei respirando fundo para me acalmar, porque eu estava irritada. Muito irritada.

Bom dia. - escutei sussurrarem em meu ouvido e levei um susto.

— Bo-bom dia. - eu respondi me afastando.

Era o Diogo.

— Tudo bem gatinha?. - ele perguntou.

Mas o que? Que história é essa de gatinha? Já basta o Felipe me chamando de princesa.

The contractOnde histórias criam vida. Descubra agora