Somos diferentes.

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Mais um dia, cada vez  estávamos mais perto do dia da missão, eu estava apreensiva com Patrick, ele não parecia um assassino, ele era um cara, um cara normal nada além disso.

~deveria ver ele.~ Ele fala beliscando uma rosquinha.

~O que? ~ encaro ele sentado em uma poltrona vermelha nos fundos de um café antigo, o lugar não estava cheio, apenas algumas almas rondando o mesmo, era civilizado e simples, realmente simples.

~ Seu filho,deveria ver ele.~ ele fala desta vez  tomando seu café.

~Quando foi que eu fiz  a idiotice de te contar sobre a minha vida?~ falo e desvio meu olhar, essa conversa não era agradável o silêncio era a melhor opção.

~Olha, eu não sou um monstro.

~Sei disso.~ murmuro soltando o ar.

~ Sou cara normal, um cara normal e  sábio. ~ dou uma risada sarcástica e fitei ele novamente.

~ você pode ser até o Gandolf, não quero seus conselhos, nunca pedi eles.~ me encosto no banco e olho pro lado.

~ Por um momento achei que tinha quebrado essa sua armadura de bronze, pelo visto não.~ ele fala e volta sua atenção para o alimento.

~ somos diferentes Patrick, você é... Um cara sensível e delicado que prioriza seus sentimentos, eu lido com eles os esquecendo.~ Falo e olho pra ele.~ eu vou ao banheiro.~ levando em ando até um  beco Onde havia duas opções de banheiro, feminino e masculino, entrei no banheiro respectivo ao meu sexo.
O mesmo estava vazio, agradeço  aos céus por isso, caminho até a pia de mármore branco, havia um espelho grande e brilhante  naquele banheiro simples.

Eu abro a pequena torneira e junto às mãos para poder armazenar a água, deixo o líquido entrar em  contato com o meu rosto, a água era gelada e fazia meu rosto ficar vermelho, eu encarei no espelho e a pergunta que eu me fazia a anos voltou. Quanto eu me tornei isso?

Eu  me fazia essa pergunta toda vez  que me permitia a pensar sobre a minha vida, não tinha muito o que pensar eu era isso, mesmo que eu soubesse o que ela era ou significava, eu era isso, uma mãe irresponsável e uma assassina que não pensava duas vezes  antes matar, eu era isso, alguém que evitava sentir. Tinha medo de amar e pavor de se apaixonar, o que diabos me fez  ser isso, Patrick parece ser um cara legal, ele se importa comigo, por que?  Eu não sei.  Eu apenas não sei.

Volto ao meu assento e olho para a janela que fica próximo a nossa mesa.
~ eu não posso voltar.

Minha missão é  te amarOnde histórias criam vida. Descubra agora