Capítulo 12

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Mãos em seus quadris e boas vindas ao corpo encaixado no seu. O sol nascendo no horizonte, com seus tons alaranjados contra o mar azul, enquanto as ondas sonoras de seus movimentos se chocavam prazerosamente contra as paredes do quarto.

Os lençóis tinham cheiro de amaciante, e Frank não soube mais distinguir seu suor do dele. O Sr. Way pediu-lhe para que virasse, e quando o fez, sentiu a proteção de seu corpo sobre o seu, preenchendo-o novamente. Os lábios se tocaram, e no frenesi do gozo, Gerard lamuriou um “Eu te amo”.

Iero não levou em consideração, haja vista as circunstâncias em que tais palavras foram ditas.

Mas já é a quinta vez que ele diz isso”

Frank estava certo. O Sr. Way dizia asneiras enquanto gozava. Lembrou que assistiu em algum lugar que esse comportamento era comum nos homens, mas ele mesmo nunca cogitou dizer um “Eu te amo” enquanto gozava com Jamia.

Não era legal de pensar nela no momento, mas o lance de Gerard ficar dizendo essas coisas, estava o fragilizando.

- Você é incrível, sugar...

Mas eu não fiz absolutamente nada”

- Você também é... – Passou a mão em seu rosto, sorrindo.

- Vamos tomar um banho? – Gerard perguntou, se inclinando e mordiscando sua clavícula.

- Vá primeiro. Eu quero ficar deitado mais um pouco... – Viu ele se afastar com pouca coragem de cima de si e Frank se espreguiçou contra os travesseiros. – Você anda me deixando cansado na última semana... – Brincou.

Gerard o analisou, completamente nu diante da cama. Sorriu um pouco, mas logo o ar de graça se desmanchou. Iero, claro, notou isso. Mas optou por não questionar.

Voltariam no dia seguinte para Oasis. Tudo ficaria mais fácil de encarar, já que a relação dos dois havia mudado, segundo os pensamentos de Frank. Subir o elevador da empresa não seria mais tão insuportável. Entregar documentos também não.

Não queria pensar exatamente no que seria dali em diante. Ficou pensando se... Fora apenas um passatempo do Sr. Way. O fato de se sentir inferior à ele era inegável. Mas ele se sentia descontroladamente entregue. Naquele ponto em que não conseguia mais dar ré até que os sentimentos se aquietem.

Mas era aquela coisa. Seus pulsos o fazia suspirar. Seus lábios entreabertos distribuía arrepios por todo seu corpo. O pôr do sol deixava a pele de porcelana do Sr. Way ainda mais imaculada, e Frank simplesmente queria ficar perto dele, um ponto de atração que era içado através de seu peito em direção à sua cama.

Por enquanto.

Já que Frank tinha alcançado Gerard muito além da cama. Mas claro, o Sr. Way inicialmente nunca admitiria isso.

No banheiro, o fato de não tê-lo notado antes pareceu ter sido muito errado na sua cabeça. O cheiro do sabonete que passava por seus braços, não conseguia ser mais interessante do que o aroma natural de Iero. E toda vez que estavam juntos e ele falava com aquela voz rouca “Sr. Way” e depois a forma sensual com a qual sorria depois disso... Nossa... O deixava em êxtase.

Eu só espero que ele não esteja confundindo o coração com o pênis” Frank pensou, estirado na cama.

Havia um quê de consternação em relação ao fato de terem que partir no dia seguinte. O paraíso de beijos e sabores estranhos de certa forma acabaria.

Um pouco mais tarde, quando os pássaros voavam em direção ao horizonte, e o sol se fazia escaldante, parado e cruel bem no meio do céu, os dois caminhavam novamente onde tudo aquilo começou. A areia sob seus pés parecia ter um significado especial. O vento parecia ter cheiro de rosas e uh, tudo era paradisíaco. Aquela parte em especial, era afastada e quase remota. As palmeiras e os coqueiros disputavam o espaço, e foi em uma grande e bonita Imperial em que Frank se encostou, brincando com a lapela da camisa social de Gerard.

In The Meantime || Frerard ||Onde histórias criam vida. Descubra agora