Finishing line.

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Capítulo 2:Linha de chegada

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Capítulo 2:
Linha de chegada.
BETTY COOPER

Quatro anos depois.

Solto uma risada sonora assim que passo o carro ao meu lado, e piso ainda mais fundo no acelerador. Correr deixava meu corpo em êxtase todas as vezes, era incrível como aquela sensação nunca ficava velha ou cansativa. Era uma adrenalina incrível, que produzia uma felicidade única dentro de mim. Correr era a única coisa que esvaziava a minha mente e me mantinha sã.

Meu sorriso se desfaz assim que o carro com quem eu estava competindo passa por mim e toma a liderança. Num ato raivoso, trinco o maxilar sem perceber. Soco o volante brevemente e em seguida aperto-o com força entre meus dedos, acelerando o máximo possível. Meu carro fica lado a lado com o Koenigsegg preto, e, num ato trapaceiro, esbarro nossas latarias, fazendo-o vacilar e sair da pista, deixando meu caminho livre até a linha de chegada.

Ao passar pela linha de chegada um sorriso largo quase rasga as laterais da minha boca. Eu amava aquilo. Ganhar um pega era a única coisa que, por alguns segundos, preenchia o vazio dentro de mim. Devia aquela corrida a Chuck, afinal, se não fosse o Venom dele, provavelmente eu não teria ganhado.

Não consigo tirar o sorriso vitorioso de meus lábios ao sair do carro. Estufo o peito orgulhosa e agradeço aos gritos de comemoração que ouço ao meu redor. Bato a porta atrás de mim e levo um pequeno susto com o estrondo que o competidor que chegou em segundo lugar faz ao fechar a porta de seu carro.

- Não quebra o carro, cara! - debocho, e o cara alto e esguio de cabelos negros vira-se em minha direção. Assim que meus olhos encontram os dele, sinto minhas pernas vacilarem.

Eu reconheceria aqueles olhos azuis a quilômetros de distância. Seu cabelo estava mais curto, ele não usava mais a touca que costumava ser sua assinatura. Jughead Jones havia crescido, dava quase dois de mim em altura. A feição irritada que iluminava sua face aos poucos fora mudando para surpresa quando ele se deu conta de que era eu, ali parada em sua frente.

Quatro anos. Havia quatro anos que eu não via aquele rosto. Eu sonhei acordada por muito tempo, pensando em reencontrá-lo. Chorei várias noites com a saudade, e olhar para ele foi como receber um soco no estômago. Ele me encarava sem mexer um músculo assim como eu.

Quando o pai de Jughead atirou em minha mãe, Hal me tirou do país assim que foi liberado pela polícia. Ele me monitorava vinte e quatro horas por dia para que eu não conseguisse entrar em contato com Jughead, e ele conseguiu. Nós nos perdemos um do outro, mas eu nunca perdi a esperança de reencontrá-lo.

Sinto minha cabeça doer e respiro fundo, várias vezes, controlando a vontade de chorar. Eu estava com tanta saudade dele, saudade do cheiro, do carinho, de tudo. Eu só queria correr para abraçá-lo. Mas quando penso em me aproximar, percebo que sua feição que antes era surpresa se transforma em desprezo. Ele me dá as costas e se afasta.

ʟɪғᴇ ʀɪᴅᴇ 彡 ᵇᵘᵍʰᵉᵃᵈOnde histórias criam vida. Descubra agora