Capítulo 30.
O fim.
NARRADOR.Jughead e Bella entraram na cozinha com a mesma cara. Os dois estavam aprontando alguma coisa, mas, Betty preferiu ficar quieta e esperar que eles confessassem seus crimes. Os dois andavam de um lado pro outro, como se estivessem disfarçando, ou tomando coragem para chamá-la.
- Meu Deus, parem de andar em círculos os dois. - reclamou Cheryl, parando de cortar as batatas para a salada. - O que vocês dois aprontaram? - indagou ela, apontando a faca sem ponta de Jughead para Bella.
Os dois se entreolharam. Betty não conseguiu evitar uma risada baixa.
- Nada, dinda. - Bella da de ombros, aproxima-se de Betty e a abraça pela cintura. - Sabe, mãe, eu tenho achado o Salem muito triste. Acho que ele se sente sozinho.
"Ah... Já entendi tudo." Pensou Betty.
A loira vira-se para a filha, limpando as mãos no pano de prato e suspira, entrando no jogo dela.
- Concordo, querida. - Betty segura-a pelas bochechas e lhe oferece um sorriso. - O que você acha que poderíamos fazer para tornar a vida do Salem menos miserável?
O que veio a seguir, deixou Betty vermelha ao prender o riso, e Jughead a ponto de desmaiar.
- Pensei que talvez pudéssemos arrumar uma companhia para ele. Sabe, a Brin ficou menos mau humorada quando começou a namorar o Charles, talvez, se arrumarmos um amiguinho pro Salem, ele fique mais feliz. - Bella deu o sorriso mais inocente do planeta.
Jughead escorou-se na parede com uma mão no peito, e Cheryl explodiu em uma gargalhada escandalosa, trazendo à tona pela primeira vez na vida a vontade do melhor amigo de matá-la.
Bella olhou em volta, intrigada com a reação de sua tia e de seu pai, mas logo deu de ombros, voltando sua atenção completamente para Betty, que ainda tentava entender o que a filha estava sugerindo.
A garotinha bufou frustrada e resolveu abrir o jogo para a mãe:
- Encontrei um filhotinho. - ela junta as mãos na frente do corpo e suspira. - O abandonaram e o deixaram na rua para morrer de fome, bem aqui em frente a nossa casa. Papai me ajudou a cuidar dele, e queríamos muito que ele pudesse ficar pra sempre. - gesticulou, explicando-se para mãe e prendendo completamente a atenção dos três adultos ao seu redor.
- Você vai cuidar dele e dar carinho e amor pra ele nunca nem lembrar que foi abandonado? - questionou Betty, agachando-se o suficiente para ficar da altura da filha.
- Sim! Vou cuidar dele como você cuida de mim e da Brin. - prometeu com um sorriso orgulhoso, abraçando a mãe.
- Então vai lá buscar seu novo amiguinho para eu conhecer. - pediu a loira, colocando-se de pé e dando um leve tapinha no traseiro da filha para apressá-la.
- Alguém está emocionada. - brincou Cheryl.
- Sai daqui, vão arrumar a mesa vocês dois. - reclamou Betty, secando as bochechas molhadas pelas lágrimas.
***
Com a família e os amigos reunidos ao redor da enorme mesa na sala de jantar, Betty e Jughead sentiam-se felizes e completos como todos os anos. Mas, esse ano, Betty tinha uma surpresa de natal. Ela estava esperando o terceiro filho do casal, o tão esperado menino que Jughead tanto queria ter. Agora que as meninas estavam crescidas e podiam cuidar um pouco melhor de si mesmas, Betty achou que era o momento certo para realizar o sonho de seu marido. Estava grávida de quase quatro meses, mas sua barriga felizmente ainda não estava aparecendo, e com isso, a surpresa para todos ali seria ainda maior.
Eles haviam acabado de terminar a ceia, e Jughead estava interrogando o namorado de Brianna, deixando a filha levemente envergonhada, enquanto alguns dos jovens riam e eram repreendidos por seus respectivos pais.
- Não ligue, Brin, ele fez o mesmo com meu primeiro namorado. - Jellybean revirou os olhos. - Seu pai é superprotetor mas não machuca nem uma mosca.
- Moscas não, mas moleques que magoam minhas filhas, sim. - resmungou Jughead.
- Jug, será que você pode parar de assustar o rapaz por alguns instantes? Tenho uma coisa para dizer à todos, antes da troca de presentes. - interferiu a loira com um sorriso.
Como de costume, Jughead nem sequer discutiu, apenas ajeitou-se em sua cadeira, e voltou sua atenção completamente para sua esposa.
- Somos todo ouvidos, meu amor. - Jughead a incentivou.
- Bom, queria começar dizendo obrigada à todos vocês. - Betty sorriu, já emocionada e colocou-se de pé. - Vocês estão ao nosso lado a mais de uma década. - lembrou, olhando brevemente para Cheryl, Toni, Archie e Veronica. - Quando olho para trás, vejo que nossas vidas não seriam as mesmas se vocês não estivessem presentes desde o início. Veronica me acolheu quando eu estava a ponto de dormir nas ruas, Cheryl cuidou de Jughead e da minha filha por anos. Toni intercedeu por Gladys no pior momento, assim como Archie intercedeu por Jughead. Eu, infelizmente, não nasci na melhor das famílias, e a única parte boa da minha se foi muito cedo. Eu estive completamente sozinha por anos, e se não fosse por vocês, Cheryl, Jug, Toni, Ronnie e Archie, eu continuaria assim até Deus sabe quando. - Betty secou uma lágrima e suspirou, continuando. - Não satisfeitos em me darem uma família, que mesmo com problemas e obstáculos sempre estavam ali uns pelos outros, vocês ainda me deram sobrinhos lindos, que vão ser para minhas filhas o que vocês foram para mim.
- Meu Deus, mulher, eu vou me afogar em lágrimas. - reclamou Cheryl, limpando as bochechas marcadas de máscara de cílios, fazendo todos rirem em meio às lágrimas.
- Queria agradecer à vocês por terem me ensinado o verdadeiro significado de família, amor e amizade. E queria dizer, que nossa família vai crescer mais um pouquinho. - Betty sorriu, levando as mãos a barriga que ainda era impossível de notar. - Dentro de alguns meses, nosso garotinho vai chegar. - disse ela, com um enorme sorriso nos lábios, tendo as bochechas ainda mais molhadas por lágrimas.
Sem dizer nada, Jughead levantou-se e abraçou sua esposa, beijando toda sua face e em seguida sua barriga, dizendo juras de amor e a agradecendo pelo presente. Poucos segundos depois, todos os amigos e familiares ao redor da mesa, haviam aglomerado-se ao redor do casal, abraçando-os e os envolvendo com amor e carinho.
Era isso. Aquilo era o significado de família. Pessoas unidas por um forte sentimento de carinho, amor e cuidado, que independente dos problemas e descaminhos, se respeitavam, e estavam sempre ali um para o outro. Aquelas pessoas mostraram não só à Betty, mas também à Jughead, que não precisa-se compartilhar o mesmo sangue para ser uma família, basta um cuidar do outro. Aquele era o lar deles, um lar indestrutível porque fora construído com amor.
𝓕𝓲𝓶.
_____Então, meus amores, minha tão amada história chegou ao fim, e eu espero do fundo do meu coração que vocês tenham gostado! Não sei o que há comigo com finais com a personagem principal dando notícia de gravidez, mas eu adoro (KKKKKKK), espero que vocês também!
Bom, eu me despeço aqui, e as convido para me seguir e ler minhas outras obras, afinal, eu tenho várias delas. Amo vocês, até a próxima história!
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ʟɪғᴇ ʀɪᴅᴇ 彡 ᵇᵘᵍʰᵉᵃᵈ
RomanceDepois do assassinato de sua mãe, Elizabeth Cooper assiste sua vida transformar-se em um completo inferno. Seu pai a tira do país e começa a abusá-la psicologicamente diariamente. Tudo por um motivo em especial: O rapaz por quem Betty era apaixonada...