Cowardice.

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Capítulo 7:Covardia

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Capítulo 7:
Covardia.
BETTY COOPER

Pela primeira vez em tempos eu estava acordando com um sorriso no rosto. Hoje Jughead e eu iríamos treinar para a competição.

Era a oportunidade perfeita para obrigá-lo a me ouvir e me explicar exatamente por que diabos ele resolverá me odiar.

Eram oito da manhã. A casa estava silenciosa porque Ronnie estava no trabalho. Eu teria tempo suficiente para pensar antes de sair, sem que sua doçura entrasse no meio de meus pensamentos e me fizesse sentir ainda mais culpada.

Me sentia horrível por estar fazendo o que estava fazendo pelas costas da única pessoa que me deu a mão quando mais precisei. Se não fosse por Veronica, eu provavelmente estaria morando na rua. Mas não tinha como eu ignorar toda a minha história com Jughead só por que ele era ficante dela agora.

Precisava resolver as coisas com ele e depois esclarecer tudo com ela. Não queria arruinar nossa amizade.

Talvez, Jughead realmente a amasse. E se esse fosse o caso, eu sairia imediatamente do caminho e me obrigaria a reconstruir minha vida. Mas antes, ele precisaria me ajudar a encontrar a nossa filha.

Tenho certeza que depois que ganharmos essa corrida, o que eu sei que vamos, as coisas vão ficar mais folgadas. É muita grana e será extremamente bem vinda.

Tomo um banho gelado para acalmar os nervos e saio do banheiro enrolada na toalha.

Não está calor, nem muito frio. A temperatura está agradável, mas o céu denúncia que uma possível tempestade estava a caminho. Por isso, quando escolho um par de calças jeans e uma blusa vinho, lembro-me de pegar uma jaqueta e calçar as botas. Não estava querendo ficar ensopada.

Encontrei Jughead em um estacionamento abandonado. O local era monstruosamente grande e imundo. Não havia cobertura, apenas um pequeno contêiner com a porta entreaberta.

Passei os olhos por Jughead. Ele estava de costas, com o braço apoiado no carro e olhava para o céu enquanto parecia falar ao telefone. Me aproximei devagar e engoli em seco.

- Cheguei. - murmurei baixo, o nervoso escapando pela minha respiração.

Já havia demorado demais para forçar Jughead a me ouvir. Joguinhos de sedução e beijos não o fariam me ajudar, e o mais importante, trariam minha filha de volta.

- Está atrasada. - resmungou ao virar-se para mim e guardou o celular no bolso.

- Não é como se você precisasse de mim para começar a correr. - rebato. - E, além disso, não tive como trazer o carro, Chuck não pôde me emprestar.

- Então não devia ter vindo, Elizabeth. Você aqui sem carro é inútil.

Sua grosseira e indiferença acertam-me mais uma vez na boca do estômago. Respiro fundo e trinco o maxilar enquanto olho profundamente nos olhos dele.

- Qual é a sua? - explodo em um grito de frustração. - Por que caralhos está me tratando desse jeito? Vamos lá! Não tem ninguém aqui! Pode começar a falar!

Rosno e o puxo pelo braço quando ele ameaça a se afastar.

- Merda, Jughead! Não seja covarde, fala logo!

- Não é possível que você seja tão sonsa, Betty. - ri desacreditado e puxa o pulso de minha mão. - Você realmente nem desconfia o por que eu preferia ver ao diabo do que você?

- Mas que inferno! Claro que não! - empurro sem peito e enfio as mãos em meus cabelos os puxando para trás em seguida. - Eu perdi tudo o que eu tinha, Jughead! Tudo. Minha mãe, você... E como se não fosse suficiente a única coisa que me mantinha vida foi tirada de mim. - engoli em seco dando alguns passos mínimos para trás. - Eu estava grávida, Jughead - despejo de uma vez. - mas quando descobri já era tarde demais para te contar. Meu pai havia sumido com meus meios de comunicação e me isolado do mundo.

Jughead me encarava sem expressão. Seu rosto estava cinzento e sua boca entreaberta. Ele não disse nenhuma palavra, então, engoli o choro sem muito sucesso e continuei:

- Ele ameaçava a nossa filha diariamente. Dizendo que me espancaria até perder o bebê caso eu conseguisse algum contato com você. - arfei, sentindo meu peito e meu estômago doerem com as lembranças excruciantes. - Eu fui obrigada a me conformar que eu nunca mais veria você se quisesse manter nossa filha a salvo. Mas eu estava completamente enganada, - me engasgo com um soluço e respiro fundo. - ele me tirou dela poucas semanas depois que ela nasceu, Jughead. Meu pai sumiu com a minha filha, mesmo depois d'eu ter feito absolutamente tudo o que ele ordenou. - murmurei fraca em meio a um soluço. - Quando ele caiu doente no hospital, eu desapareci de Tiblissi com o pouco dinheiro que consegui juntar durante os últimos anos e voltei correndo para cá, para encontrá-la, e encontrar você também.

- Você está mentindo! - Jughead gritou atordoado e uma onda quente de raiva tomou conta do meu corpo. - Não! Isso não pode ser verdade! - grunhiu, andando para trás.

- Você realmente não é mais o Jughead que eu amei. - rio amargurada enquanto lágrimas grossas escorriam por minhas bochechas.

Jughead entra em seu carro e me deixa sozinha, mais uma vez.

Observo o Koenigsegg preto de Jughead sumir aos poucos e largo meu corpo no chão, caindo sentada. As lágrimas não param de descer por minhas bochechas, minha garganta arde por causa do choro e a falta de ar começa a invadir meu peito.

Nunca contei com a possibilidade de Jughead não acreditar em mim. Nunca imaginei que depois de tudo o que passamos juntos, de tudo o que ele me viu passar na última noite em que nos vimos viraria poeira do dia para noite. Jughead não confiava em mim, não acreditava em mim.

Foi aí que a minha ficha caiu.

Eu teria que procurar sozinha por minha filha.

Caminhei durante uma hora até chegar em casa, com esse pensamento rondando meu cérebro. Quando larguei meu corpo no sofá cama da sala de Veronica, senti o quão exausta estava. Física e psicologicamente.

Minha cabeça gira e meu estômago embrulha diversas vezes até que eu finalmente consiga fechar os olhos e pegar no sono.

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Comentem muito, capítulo que vem a casa vai cair na cabeça de todo mundo... Não vejo a hora de vocês lerem.

O que acham que vai acontecer agora, em? Quero teorias!

ʟɪғᴇ ʀɪᴅᴇ 彡 ᵇᵘᵍʰᵉᵃᵈOnde histórias criam vida. Descubra agora