Depois do assassinato de sua mãe, Elizabeth Cooper assiste sua vida transformar-se em um completo inferno. Seu pai a tira do país e começa a abusá-la psicologicamente diariamente. Tudo por um motivo em especial: O rapaz por quem Betty era apaixonada...
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Capítulo 4. Abandono. JUGHEAD JONES.
Quando saí do carro depois de perder a corrida, eu quis morrer de raiva de mim mesmo. A grana estava curta, e estava cada vez mais difícil conseguir pagar as contas médicas e minha faculdade ao mesmo tempo, e ainda trazer comida para casa.
Não podia mais contar com a ajuda financeira da minha mãe. Além dela não morar mais na cidade, o salário que ela recebia mal conseguia pôr comida na mesa para ela e para Jellybean.
Talvez, eu precisasse largar a faculdade de Direito justo no último período anterior a formatura. Esse seria o maior de todos os meus fracassos até hoje, diga-se de passagem.
Ver Elizabeth Cooper, e ouvir sua voz de novo fora a última coisa que eu esperava para aquela madrugada. Foram quatro anos sem vê-la e três anos e três meses sem receber uma notícia sua. E, para piorar minha situação, Betty era a colega de apartamento de Veronica, a garota com quem eu estava saindo há algumas semanas.
Confrontá-la na sala do apartamento da minha quase namorada realmente não estava nos meus planos. Depois da última vez que tive notícias dela, prometi a mim mesmo que, se um dia a encontrasse de novo, a manteria o mais longe de mim possível
Ela havia feito a única coisa que poderia partir meu coração.
"Já estou chegando, Cheryl."
Enviei a mensagem assim que me sentei no banco de motorista do meu carro. Minha respiração estava ofegante, e minha cabeça girava.
Dirigi em direção a minha casa a 150km/h, e ao chegar, corri para o segundo andar como um furacão.
- O que aconteceu, Cheryl? - questionei ao passar pela porta do quarto. - Shhh, está tudo bem, Bree. O papai está aqui, não precisa chorar. - sussurro ao tomar Brianna em meus braços, tirando-a do colo de Cheryl.
Ela coçou os olhinhos idênticos aos meus com o dorso das mãos e foi engolindo os soluços aos poucos.
- As mesmas coisas das últimas vezes, Jug. - a ruiva suspirou e cruzou os braços. - A febre alta, as dores do corpo que ela tem reclamado cada vez mais... E poucos minutos antes deu te ligar ela teve uma convulsão enquanto eu corria com ela para o médico. - disse, por fim.
- Não aguento mais vê-la desse jeito, Cheryl. - reclamo, aninhando minha filha em meu peito. - Preciso saber o que ela tem o quanto antes, esses malditos resultados de exames não chegam. Eu vou enlouquecer.
- Papai. - Bree chamou minha atenção, antes que Cheryl pudesse me responder. - Dodói. - reclamou, colocando as mãozinhas na cabeça.
- Vai passar, meu amor. - murmuro incerto, a deitando em meu colo. - Vamos dormir com o papai? - sugeri, olhando-a nos olhos.
Brianna tinha o narizinho e os olhos idênticos aos meus, mas o contorno de seus lábios e os cabelos eram características que ela havia herdado da mãe. Minha filha era a criatura mais linda em quem eu já havia posto os olhos.
