Regrets.

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Capítulo 11

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Capítulo 11.
Arrependimentos.
JUGHEAD JONES

- Eu deveria dizer que isso é bem feito por não ter me ouvido, mas tenho certeza que ter caído em si tarde demais já é castigo suficiente. - Cheryl arrebita o nariz ao passar por mim.

Nego com a cabeça, sem forças para respondê-la.

Eu estava exausto. Arrasado.

Cada palavra que ouvi Betty dizer enquanto eu estava escondido atrás da porta - vendo-a desabafar com Cheryl - fez-me sentir o pior babaca da face da terra.

O amor e o alívio que vi em seus olhos quando ela pegou nossa filha nos braços me fez perceber que ela não estava mentindo em momento algum.

Eu havia me forçado a construir um ódio tão grande por ela, para conseguir sobreviver ao seu "abandono" e sua ausência, que não consegui enxergar as coisas da maneira certa quando ela me contou pelo que passou.

Eu fui egoísta e mesquinho. E, para piorar, eu quebrei a promessa que fiz quando ficamos pela primeira vez, eu não a protegi.

No fim das contas percebi que fui eu quem a abandonou.

- Jughead, que mal lhe pergunte... Quantas vezes a Betty te disse as mesmas coisas que me disse hoje na sala e você não acreditou?

Viro para encarar Cheryl como um zumbi. Respiro fundo e largo meu corpo no banco diante do balcão da cozinha.

- Pelo menos três vezes. - assumo derrotado.

- E por que você não contou a verdade a ela? Por que não acreditou nela? - questiona genuinamente curiosa, enquanto anda de um lado para o outro preparando algo que presumo ser um sanduíche.

- Não sei, acho que queria que ela estivesse mentindo. Isso diminuiria minha culpa. - resmungo derrotado. - Acreditar nela seria assumir que eu falhei com ela, Cheryl. Seria admitir que eu me deixei ser enganado pelo seu pai e não procurei por ela. - confesso.

Cheryl me olha com uma faca de geleia na mão e arqueia a sobrancelha.

Ela não me responde. Talvez tenha ficado com pena de mim e engolido todas as suas acusações para me poupar. E, talvez, eu não merecesse tamanha bondade.

- Tire um tempo para pensar. - ela finalmente fala outra vez. - Você e Betty passarão bastante tempo juntos daqui para frente... Terão tempo suficiente para se acertar ou se matar.

- Obrigado, Cheryl.

Minha voz sai como um sussurro e eu deixo a cozinha, arrastando-me em direção ao meu quarto.

Quando passo pelo quarto de Bree, noto Betty dormindo com ela em seus braços. Ela está sentada na cadeira de amamentação, agarrada com a nossa filha, como se a qualquer momento alguém fosse arrancar-lhe ela.

Meu peito aperta e meu coração dói.

- Eu sinto muito. - sussurro tão baixo que mal consigo ouvir minha voz.

Caminho em direção ao meu quarto por medo de acordá-las e jogo-me em minha cama.

Em poucos minutos de sono, eu me vejo com dezesseis anos de novo.

Estou parado na porta do quarto de Betty. Ela ainda não me viu. Está dançando de um lado para o outro com fones de ouvido vestindo seu uniforme de líder de torcida.

Os testes haviam sido hoje, ela provavelmente havia passado.

- Meu Deus!

Betty exclama assustada ao dar-se conta de minha presença, mas logo corre em minha direção, envolvendo os braços ao redor do meu pescoço enquanto equilibra-se nas pontas dos pés.

- O que está fazendo aqui? - questiona com os lábios ainda grudados nos meus.

- Vim te parabenizar por ter entrado para a equipe. - aperto as mãos em sua cintura e torno a juntar nossos lábios.

- Mas você nem sabia se eu tinha passado ou não... - ela estreita os olhos.

- Eu sabia sim, você é incrível em tudo o que faz... Por que não entraria na equipe? - a levanto no colo, e Betty prende as pernas ao redor da minha cintura.

- Eu amo você. - ela assume, pela primeira vez, com um sorriso brilhando em seus olhos. - Eu vou me casar com você um dia.

Um sorriso enorme quase rasga minhas bochechas.

- Se eu tiver sorte, sim, você vai se casar comigo um dia. - dito, selando seus lábios várias vezes seguidas. - E eu te amo, no mínimo, um milhão de vezes mais do que você me ama.

O lindo sorriso de Betty transforma-se em uma expressão perturbada, e ela começa a chorar e gritar, empurrando-me para longe.

Me sento de supetão na cama, respirando ofegante ao me assustar com um choro abafado vindo de longe.

A casa está em completo silêncio, exceto pelo choro distante. Percebo que o choro não é de Brianna.

Coloco-me de pé e caminho para fora do quarto, seguindo o som. Quando chego ao quarto de minha filha, percebo que a mesma já está acomodada em seu berço e que Betty não está mais ali.

Saio do quero de Brianna e desço as escadas, seguido em direção aos aposentos de hóspedes, encontrando Betty.

Ela está enrolada em uma bola sobre a cama. Está chorando viciosamente mas ainda está dormindo.

Me aproximo lentamente, vendo-a se contorcer na cama.

- Hal, pelo amor de Deus, devolve a minha filha! - ela grunhe e então tenho certeza de que ela está tendo um pesadelo.

Sento-me na beirada da cama, e, com cuidado, puxo Betty para os meus braços.

- Ei, acorda... Está tudo bem. Vocês estão a salvo agora. - sussurro, apertando-a em meus braços enquanto pressiono meus lábios no topo da cabeça dela.

- Jughead? - ela sussurra com os olhos ainda fechados. - Eu sabia que você não ia deixar ele tirar ela mim. - um soluço irrompe da garganta de Betty.

Meu coração se estilhaça em ainda mais pedaços depois de ouvi-la, se é que isso é possível.

Me dou conta de que eu era a única pessoa com quem Betty poderia ter contado e eu não estava lá. Eu não a protegi e não cuidei para que não perdesse a nossa filha. Pelo contrário, só lhe causei ainda mais dor quando nos reencontramos, e a privei de reencontrar Brianna.

Tomo Betty em meus braços, aninhando-a como fazia com Brianna quando ela chorava. Sem dizer nada, sucumbido no meu arrependimento, a nino até que finalmente seu pulso e sua respiração se acalmem, e ela volte a dormir, sem mais pesadelos.

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Mores, sigo sem internet! Me perdoem pelo capítulo pequeno): Mas mesmo assim espero que tenham gostado!

LIFE RIDE CHEGOU A 6K com 10 capítulos, gente???? Eu to muito feliz, obrigada mesmo!!!!

ʟɪғᴇ ʀɪᴅᴇ 彡 ᵇᵘᵍʰᵉᵃᵈOnde histórias criam vida. Descubra agora