Dezesseis de Março, Segunda-feira. Seis e cinquenta da noite.
O dia está quente, céus, e como está! Sinto o suor em meu corpo sem eu ao menos fazer algum esforço. É como se inferno estivesse na Terra.
Faltam apenas dez minutos para às sete horas chegar, e como graças a Deus não estou mais como dançarina, não precisei chegar mais cedo .
Aperto a mochila contra no corpo por só utilizar uma alça, e abaixo a saia leve que insiste em subir a cada passo que dou e a cada sopro de vento.
Por que raios estou com essa roupa mesmo?
Droga. Mesmo que o dia esteja quente, eu deveria ter colocado em mente que volto tarde para casa e passo por ruas escuras. Roupas desse tipo infelizmente chamam atenção de gente má intencionada.
O mundo é tão perigoso que tenho que tomar cuidado na hora de escolher uma roupa. Mas se vendo que quando o indivíduo tem intenções ruins, ele não irá se importar tanto com uma veste.
Saia curta, calça, burca. Nada disso importa.
Conforme me amaldiçoou por estar com uma saia e deixando a mostra minhas pernas, caminho em direção ao meu trabalho, e pouco tempo chego na boate.
Rezo mentalmente para que o dia seja ''bom'', e que nada de ruim aconteça.
Adentro o local, e como de costume sou cantada por alguns seguranças e pessoas que frequentam à Cherry Lips.
Nada de diferente por aqui.
Sinto um corpo esbarrar com o meu a medida que ando por aí, e ao encarar a pessoa da qual trombei, vejo que se trata de Jaebum, o homem da semana retrasada que me ofereceu ajuda e um drink.
— Oh, _____, Como vai? - Ele sorri, e seu riso é bonito e brilhante. Imito seu ato de volta, tímida.
Sempre fico desconcertada com esse tipo de atenção.
— Vou bem. E você? - Com a voz baixa eu respondo. Jae mais uma vez mostra seus dentes brancos em um sorriso bonito.
— Melhor agora. - Engulo em seco com sua resposta. Isso parece um tipo de cantada...— Então, vai aceitar que eu lhe pague uma bebida?
Abro a boca para responder, mas antes que eu emita qualquer som, sou interrompida.
— Se quiser qualquer envolvimento com essa ai, vai ter que pagar. - Assusto-me ao ouvir a voz molenga e grossa Jungkook. Me encolho quase que automaticamente. Ele parece estar sempre alterado. — Oi, princesa.
Também me pergunto por que ele está aqui na boate todo santo dia.
— Com licença. Preciso ir. - Ando para longe dos dois em passos largos, me despedindo de Jaebum com um maneio leve de cabeça e um sorriso.
Quer dizer então que mesmo que eu quisesse ter algo com JB, não poderia? Ele teria que pagar?
Guardo minhas coisas no meu compartimento na sala dos funcionários e respiro fundo antes de ir ao escritório de Jimin para saber sobre a minha próxima sessão.
Céus, hoje eu terei mais uma sessão e isso me assusta, mesmo sendo algo óbvio e exato. É mais que certo que eu terei sessões, mas mesmo assim eu temo esses encontros iminentes.
Bato na porta, mas antes mesmo que ela possa ser aberta ouço gemidos e barulhos vindo de dentro da sala de meu chefe. Engulo a saliva com certa dificuldade, seca. Ele está em mais uma de suas sessões particulares e provavelmente vai acabar comigo se eu o interromper. Penso em ir embora, porém quando dou as costas, já é tarde, pois escuto o ranger da porta sendo aberta bruscamente.
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Prostitute (Imagine Park Jimin - BTS)
FanfictionCom casa para cuidar e recém desempregada, como consequência, sua família encontrava-se em uma situação mais difícil que a cotidiana. Em seus vinte anos de vida, você viu-se perdida sobre tudo o que a acontecia ao seu redor. Quando nenhum lugar qu...