18 - Beijos são como palavras silenciosas.

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Bem vindas a mais uma atualização de prostitute! Não pirem.

Boa leitura

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Um de Julho, Domingo. Meio dia.

Efetivamente falar sobre medo é algo muito complexo. Quero dizer... tendo em vista a singularidade do ser humano e a infinidade de fatores capazes de desencadear esse sentimento é dificultoso.

Ele apavora, paralisa, impede e angústia.

Existem uma camada variada de tipos e citá-los seria praticamente impossível, afinal, somos seres individuais e cada ser possui um, ou vários. Medo de dirigir, medo de morrer, medo de baratas, medo de assombração, medo de envelhecer, entre outros.

Eu, em particular, possuo milhares e já passei por muitas situações de terror. Senti medo quando vi David pela primeira vez, quando minha mãe morreu e ficamos só com ele. Senti pânico quando fui deixada nas ruas apenas com as roupas do corpo e uma irmã extremamente nova ao meu lado. Senti pavor ao aceitar o emprego como prostituta e na minha primeira sessão com Park Jimin. Senti medo de morrer quando conheci Yoseob, e ainda mais desespero quando Kris encontrou-me no meio da rua. Também não foi diferente quando imaginei que meu chefe na verdade era um assassino e que poderia me fazer algum tipo de mal. Frequentemente tenho medo, como semana passada quando Jiyeong desmaiou e o levamos ao hospital. Eu tive tanto, mas tanto medo de que algo de ruim acontecesse com ele...

Morro de medo de nunca sair dessa vida, de não passar na prova e de não conseguir oferecer um bom futuro para Unji.

O terror está presente na vida de todos. Entretanto, saber lidar com seu medo é o primeiro passo para se adaptar a ele, afinal de contas, ele faz parte de quem você é.

Por muito tempo me senti impotente, insegura e fraca por sentir demais, contudo isso é natural. Todo mundo tem medo de alguma coisa e ele não te faz inferior ou superior a ninguém.

E muitas das vezes isso é algo positivo, tendo em consideração de que se não tivéssemos medo atravessaríamos a rua sem olhar para os dois lados. Sempre existe um lado positivo para as coisas.

Não temo tanto quanto antes, quer dizer, ainda tenho pavor de muitas coisas, mas a principal que mais está aterrorizando meu coração é Kris, que fica rondando a região, e meu pai, que mesmo depois de receber alta, continua debilitado. Saber que sua cirurgia se aproxima, me faz querer entrar em pânico.

— Filha, eu já falei, estou bem. — Meu appa repete pela quinquagésima vez, com uma careta no rosto. Não dou risada da sua expressão descontraída, apenas permaneço séria.

— Aish, pai... Tem certeza mesmo que está bem? Mesmo? Não está sentindo falta de ar, nem nada? — Insisto não estando completamente segura de seu estado e coloco a mão em sua testa mais uma vez, me certificando de que a temperatura está normal.

— Eu estou bem, não se preocupe tanto. — Assegura-me, rindo novamente da minha cara.

— Não tem como não me preocupar com você, Appa. Fiquei tão mal enquanto você estava no hospital... — Acaricio seus poucos fios brancos e ralos, sentindo um aperto em meu coração só com a mera lembrança da semana passada.

— Sei que se preocupa, mas vai dar tudo certo, está bem? — Coloca sua destra por cima da minha, que repousa em seu peito. — A cirurgia vai me ajudar...

— Certeza que quer a cirurgia ainda esse mês? Não quer adiar? — Questiono mais uma vez. Sei que a cirurgia é extremamente importante nesse momento crucial, mas eu tenho medo. Só de pensar na anestesia geral, nele entubado... Céus, chego ter calafrios.

Prostitute (Imagine Park Jimin - BTS)Onde histórias criam vida. Descubra agora