Ohana quer dizer Família

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(narradora: Lizzel Danvers)

Acordei embrulhada nos braços de Alex, ou melhor da mamãe,o que eu não posso negar que é uma sensação muito boa acordar embrulhada no amor e carinho dela,sua respiração batia em minha cabeça tranquilamente e automaticamente.

Com muito cuidado para não acordar ela eu me libertei dos seus braços,me sentei na cama e olhei o relógio no criado mudo, era 6:15 am, o horário de sempre em que eu acordo para fazer o café da manhã. Me levantei e caminhei até o banheiro fiz as minhas higienes pessoais e sai do mesmo, vovó,Gertrude e mamãe ainda dormiam,caminhei até a cozinha e comecei a fazer panquecas. 

Eliza parecia ser uma pessoa muito amorosa,e na verdade,só nessas poucas horas que eu passei com ela já deu pra perceber isso. Eliza é a minha primeira avó que eu tenho,assim como mamãe foi a primeira mulher que teve coragem o suficiente para ser minha mãe,pretendo fazer esses anos de neta de Eliza os melhores na vida dela,assim como quero também fazer os anos de mamãe os melhores. 

Eu estava tão submersa em meus pesamentos que nem ouvi vovó se aproximar.

- bom dia minha flor-falou ela se aproximando e beijando a minha testa-já acordada a essa hora?- perguntou ela calmamente.

-bom dia vovó,sim eu tenho a pequena mania de acordar cedo e preparar o café da manhã-falei concentrada na panqueca, na verdade eu estava com muito medo de queimar,por que a mamãe não sabe mas a primeira vez em que eu fui fazer panquecas eu queimei três vezes e três panquecas diferentes.  

-é Alex não tem mania de levantar cedo como você pode ver- falou ela e ri baixo com aquilo por que era verdade,Alex realmente não tem essa mania. ficamos em um pequeno tempo em silencio até que ela decidiu quebra-lo- como era lá no cadmus?- perguntou ela.

Flash de dias dentro do cadmus passaram pela minha cabeça,dos momentos em que me torturavam, dos momentos em que aplicavam coisas em mim que eu nem sabeia o efeito que causaria em mim, ou se eu iria viver ou morrer,das lutas que me vaziam lutar contra Laura,ciborg e entre outros a gentes da causa, das noites frias em que eu só pensava em sair de lá.

-não precisa responder se não quiser,alias você deve ter muitos motivos para não falar de lá e- Eliza começou mas interrompi ela.

- era horrível- falei desligando o fogo e me virando para ela- lembro-me com muita clareza de como era lá-suspirei-lembro-me todos os dias das torturas,das injeções que eu tomava sem saber o que aconteceria ou se eu iria viver ou morrer, lembro-me das lutas que tive que apreender para lutar contra a supergirl mesmo sendo contra a minha vontade, treinei muito com Laura,ciborg e entre outros-suspirei-e depois de um tempo eu peguei tanto a manha da luta que raramente eu perdia. lembro-me também das noites frias que eu passei só pensando em sair de lá- olhei para baixo recuperando o ar e depois olhando novamente para ela-as únicas coisas que valeram realmente a pena lá, foi as lutas,os meus poderes que foram concedidos a mim contra a minha vontade e o aprendizado-terminei e Eliza ouvia tudo atentamente.

-vocês estudavam lá dentro?- Eliza perguntou franzindo o cenho. 

-obviamente! Lilian Luthor não queria um monte de burros, "salvando o mundo e matando a supergirl" segundo ela- falei fazendo aspas com os dedos. Ela ficou quieta por um tempo,digerindo tudo o que eu falei.

- quem é Laura?- perguntou ela,e um calafrio percorreu todo o meu corpo ao ouvir aquele nome.

-Laura é-parei ali pois não sei dizer se ela está morta ou não-era uma amiga tão próxima que eu a considerava uma irmã. Nascemos lá dentro do cadmus mesmo, ela nasceu em abril e eu em outubro, ela sempre foi como uma irmã mais velha para mim,ela me protegia e eu dava o meu máximo para protege-lá também-suspirei-mas tínhamos uma enorme diferença, ela era a favor da causa e eu contra. Devido a esse fato ela nunca foi uma cobaia, ela era uma humana normal-suspirei e me debrucei na bancada-a mais ou menos três semanas atrás quando eu ainda estava lá eu comecei a bolar um plano de fuga,não demorei muito por que, tive 15 anos para estudar todas as saídas e todas as entradas então não foi tão difícil de achar uma saída-suspirei-a fuga era para mim e para Laura,afinal não poderia fugir e abandonar ela eu não conseguiria viver comigo mesma se eu tivesse feito isso,então no dia da fuga eu estava no ponto marcado para eu e ela nos encontrarmos e fugirmos,alguns minutos depois de eu ter chegado Laura apareceu,caminhando devagar, eu falei "até que enfim vamos?" e estiquei a minha mão para ela,mas ela negou e falou "nunca"então Lilian Luthor apareceu atras dela,eu estava tão chocada que nem notei Laura se aproximando de mim,ela ficou a uma distancia de mim que só eu e ela poderíamos ouvir então ela me disse "me desculpe mas o meu lugar é aqui e o seu é lá fora fuja" assim que ela me disse isso ela enfiou uma adaga em mim-falei levantando um pouco a camisa o suficiente para ela ver a cicatriz, Eliza levou as mãos para a boca-e eu obedeci,fugi sem ela,e depois disso eu nunca mais a vi,então eu não sei afirmar se ela esta viva ou morta,por que ela cometeu uma traição altíssima para o cadmus, mas no final das contadas ela foi a minha heroína-terminei por fim e Eliza ainda estava surpresa, meus olhos começaram a marejar e comecei a sentir um surto incontrolável se formar dentro de mim.

A Filha de Alex DanversOnde histórias criam vida. Descubra agora