Capítulo 1

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O problema com um bom dia é que ele está sempre a tempo de ser arruinado

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O problema com um bom dia é que ele está sempre a tempo de ser arruinado.

Hoje não fiz nada demasiado estranho. Não sarei miraculosamente nenhuma ferida, não parti nada em que não tivesse tocado, nem vi ninguém que os outros não vissem. Não foi um péssimo dia.

Agora, só teria que o manter dessa forma.

Neste momento, estava a rezar para que a estúpida garrafa não girasse na minha direção.

"É a tua vez, irmãozinho" Disse Aile, quando a garrafa parou na direção de Zeck, ao meu lado, "Verdade ou Consequência?"

"Hmm", Zeck deu um gole do seu copo de vinho, "acho que vou ficar com a consequência". Sorriu e reclinou-se para trás, o seu olhar firme e atento à anfitriã.

"Muito bem então" Aile olhou em redor para o círculo de estudantes. Então fixou o olhar em mim. Algo cintilou nos seus olhos. Uh... O quê? Fiquei de repente insegura. "Acho que devias beijar Lara".

Oh não, não, não. Ele ia tão não fazer isso. A minha relação com Zeck era profissional e eu pretendia mantê-la exclusivamente nesses termos. Ele era o pintor, eu a modelo. Isto... poderia misturar as coisas.

"Ok, essa é fácil." Zeck virou-se para mim sorrindo, a sua respiração constante e lenta. "Importas-te?", sussurrou, aproximando-se perigosamente. Os seus olhos verdes brilhantes fixaram os meus, questionadores. O seu cabelo castanho e liso, mais comprido no topo, inclinava-se para um dos lados, desalinhado. Oh não, não. Os meus olhos oscilavam entre um lado e outro da sua cara. Estava eu à procura de uma porta para fugir? Não havia. Apenas um empregado passava agora na minha visão lateral. Tinha que fazer alguma coisa. Diz não. Afasta-te. O meu corpo permanecia estático.

O empregado tropeçou e um dos cálices de vinho da bandeja que segurava entornou-se na direção de Zeck. Zeck afastou-se num movimento reflexo, elevando as mãos e observando com olhos arregalados a sua camisa manchada de vermelho. A minha mão cobriu a minha boca. Havia vinho por toda a sua camisa. Felizmente, nenhum me atingiu, o meu vestido preto continuava imaculado, ainda cheirava a novo. Zeck levantou-se. Senti os meus ombros relaxarem. Devia-me sentir mal por ele, mas aquilo bem que tinha resolvido o problema.

"Desculpe-me senhor! Eu tropecei em..." o empregado gaguejou, olhando para baixo, e coçou a cabeça. Não havia nada no chão. "... eu podia jurar que tinha batido em algo" Franziu a testa, confuso. "Havia definitivamente algo no chão, não sei como desapareceu".

"Sem problema" Zeck sorriu, devolvendo o cálice com um movimento relaxado. "Acontece. É apenas uma camisa, de qualquer forma" Ele então retornou o olhar para mim e depois para Aile. A sua camisa colara-se ao abdómen graças às manchas de vinho, evidenciando o contorno de músculos proeminentes. "Um segundo". Com passos largos e firmes afastou-se na direção da casa de banho. Cabeças femininas viraram na sua direção. Zeck sorriu a uma rapariga que se endireitara nos seus saltos altos e reajustara o seu mini-vestido e cujo rosto se tornou imediatamente vermelho.

Philcrocks - Primeiro rascunho (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora