Capítulo 101

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Mas quando no dia seguinte me preparava para enfrentar o meu último teste não era Zelda que me esperava, nem Marchal

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Mas quando no dia seguinte me preparava para enfrentar o meu último teste não era Zelda que me esperava, nem Marchal.

Era Erlin.

"A senhora?!", exclamei, cambaleando para trás. Sem a máscara, Zelda era Erlin. Erlin esteve há minha frente este tempo todo. Como não tinha eu dado por isso? Sabia que havia algo de familiar... apenas não era a máscara que reconheci do livro de história. Era a pessoa.

Zelda sorriu, sem que lhe atingisse o olhar.

"Sim, eu", disse na sua voz melodica que me fazia estremecer agora, "Estava na dúvida se chegarias aqui, humana."

Aqui, como... o dia do casamento?

Mas eu pensei que... Marchal...

"Marchal? O príncipe vai-se casar comigo. Sempre soube quem eu era", riu-se, mas o seu riso não era tonto como habitualmente, mas sim frio e cortante. "Sim... O príncipe Marchal tem todo o aspeto, não tem? O príncipe que todos idolatram mas que todos temem... aquele que mata sem olhar o rosto do inimigo, aquele que odeia humanos... Comparado com ele quem suspeitaria de mim? A atrapalhada e tonta professora Erlin?

Não podia acreditar no que estava a ouvir. Não podia ser verdade, não podia...

Mas, Marchal tentou matar-me!

"Não, não, eu é que tentei matar-te. Se não fossem os teus amigos a avisarem-te do esquilo, ou o poder das pedras teria conseguido! Mais alguns segundos e terias caido daquele calla. Se Marchal nao te tivesse dado o calla dele para te proteger, ter-te-ia conseguido por ao chão imediatamente.

"O príncipe Marchal a tentar salvar-me?"

"Claro", disse Erlin... errr, Zelda, tranquilamente, "porque pensas que ele quis vigiar o teu segundo torneio de caça? Estava a procurar manter-te segura... Na altura eu não sabia que tu tinhas as pedras, e por isso não percebia a verdadeira razão por trás do interesse dele em ti. Engraçado... que não precisava de ter tido tanto trabalho. Bastava ter-me dito. Além disso, não havia nada que eu pudesse fazer com Colum a assistir.

Todos os outros professores pensaram que Marchal estava a ver se impedia que o clã Lua ganhasse. Tornou-se bastante impopular, coitado, e... que perda de tempo, já que ao fim ao cabo, esta noite não vais escapar provavelmente. Agora que encontrei as pedras... só preciso de saber onde está a princesa.

Zelda lançou o seu cabelo louro para trás. Puxando pelo bastão, bateu com ele no chão.

Raizes emergiram do chão, perfurando-o, crescendo. afastei-me dando um passo para trás mas estas enrolaram-se em volta dos meus tornozelos.

Olhei para Erlin preplexa,incapaz de acreditar em tudo aquilo...

"Mas Marchal fez com que fosse expulsa...", gritei.

Zelda apenas se riu, mais uma gargalhada que me fez estremecer. "E se tivesse resultado estarias a salvo agora. És demasiado metidiça para continuares viva, humana, andando por aí com as pedras, com visões e a usar magia como se isso fosse coisa de humanos! Eu sei muito bem que me viste nos estábulos depois da festa em Nazar.

Philcrocks - Primeiro rascunho (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora