Capítulo 67

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Com o início das férias começaram também os grandes preparativos para o dia dos reinos e a bênção das espadas

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Com o início das férias começaram também os grandes preparativos para o dia dos reinos e a bênção das espadas. Eu e Harry divertimentos tanto e estivemos tão ocupados e empenhados com todas as tarefas no castelo para que Marchal não tivesse motivo para repreender Harry que nem nos lembrámos mais de Investigar sobre a pedra ou a esposa de Elive. De dia ajudava a Sra Fitz e algumas sleves na cozinha. Num dia de manhã, estava tanto frio e nevava tanto que a neve se acumulava nos parapeitos das velhas vidraças da cozinha. Os quadradinhos antigos das janelas altas e arqueadas embaciavam-se com os vapores quentinhos do interior da cozinha. Todos os dias cheirava a ervas e especiarias estranhas que ferviam em grandes caldeirões. Cozinhar em Philcrocks não era tão diferente de cozinhar em Lain, à exceção de que, bem, uma grande colher mexia sozinha o enorme caldeirão de ferro negro que fervia na lareira, a Sra Fitz trauteava uns cânticos de arlecrim antigos com estranhas lendas de princesas e magias negras e utilizava alguns insetos e plantas que eu preferia não avaliar de perto, dando-me um sermão sempre que me esquecia propositadamente de adicionar um desses preparados à receita.

Através das vidraças embaciadas, Harry lá fora ajudava Murtagh a transportar lenha, cumprindo o castigo de Marchal, não que ele se importasse, tinha a certeza que o faria de qualquer maneira. Também começamos a ajudar na caça e no até no reparo do moinho que moia o pó celeste. Murtagh não cabia em si de contente quando o pôs novamente a funcionar. Tínhamos o dormitório da ala oeste só para nós e o salão nobre estava bastante mais vazio do que o costume, o que nos permitia enroscarmo-nos nas melhores peles junto à lareira. Nos acampamentos durante as caçadas, sentávamo-nos horas a fio a comer tudo aquilo que pudéssemos assar com um espeto – carne de caça, chouriços de Murtagh que Harry trazia nos bolsos e até alguns doces que eu conseguia roubar da cozinha e divertíamo-nos a conceber estratagemas para expulsar Dafne que nunca poderiam funcionar. Harry começou também a ensinar-me a montar as vassouras. A maioria dos feiticeiros da academia tinham uma. Apesar da dele ser muito antiga, Harry já estava habituado a ela pelo que para ele não constituía um inconveniente, navegando os céus de Philcrocks na perfeição. Já a vassoura que Putin me emprestara não parecia gostar muito de mim e teimava em dar-me instruções de voo, nunca me levando na direção que lhe instruía. "Estranho como montar um calla é mais fácil para ti que montar uma simples vassoura" refletia Harry um dia. Bem, pelo menos um deles obedecia-me! Um dia quando andava a sobrevoar ao zigzagues os campos cheios de neve do castelo, vi Marchal ensinar a rainha a montar um calla. A rainha não parecia muito experiente e mal se encontrou em cima do animal quase deu um tombo ao primeiro paço. Gaspar não parecia muito convencido em facilitar-lhe a tarefa também. Marchal apanhou-a sem qualquer dificuldade antes que ela pudesse atingir o chão coberto de neve. Estranhamente parecia instruía delicadamente, soberano é certo, mas era de estranhar que se dispusesse de todo a ensiná-la... "uou", o meu coração quase que disparou do meu peito quando travei bruscamente na direção de uma árvore "foi por pouco!", mas o meu olhar retornou para o estranho par... Poderia ser que eles tivessem um caso como Misa sugeriu?

*

Na véspera da celebração dos reinos, fui para a cama ansiosa pela chegada do dia seguinte, pela comida da Sra Fitz e pelo divertimento e animação no castelo, mas sabendo que ninguém se lembraria do meu aniversário. Não que eu o costumasse celebrar de qualquer forma. Quando acordei, no entanto, Harry estava aos pés da minha cama com um bolo cor de laranja. Cheirava a abóbora doce e quentinha e tinha uma vela acesa.

Philcrocks - Primeiro rascunho (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora