Quem poderia ser? Tem que ser alguém que as pedras não queimem... Logo se eu tentar primeiro entregá-las a alguém, saberei pelo menos isso conforme o que acontecer. Mas há tanta gente... observei os inúmeros rostos no salão, uma plateia infindável de nobres, criaturas estranhas, fadas, guardas, feiticeiros, sleves...
Olhei para as pedras. Senti o mesmo zumbido adormecido, a mesma energia avassaladora. Por favor, mostra-me algo... o nó na minha garganta tinha-se tornado mais apertado que nunca. Apenas uma visão... uma pista. Mas nada. Nenhuma visão com uma mulher brilhante, nenhuma visão com a princesa.
Espera... a princesa... a mulher da minha visão... poderia ser que?... Lembrei-me de uns olhos azuis... dos cabelos encaracolados, do rosto branco como a neve. A mulher estava tão iluminada que parecia um anjo.
Tentei olhar em redor, localizando alguns rostos femininos. Uma mulher. tinha que ser uma mulher. Senti as minhas pernas tremerem.
"O tempo está a contar! Diz-me onde está a princesa!", trovejou Zelda, congelando os meus ossos. "Já"
Apertei as pedras na minha mão. Avancei até um rosto, uma mulher pálida. Olhos vagamente luminosos. Aproximei as pedras da sua mão. Um grito fez-me recuar. Nop. A sua mão tinha ficado vermelha. queimada. Não esta.
"Diz-me onde está a princesa humana!", repetiu Zelda. Um grito fez-me olhar na sua direção. Oh céus.
"Misa!", disse num grito silencioso.
"Mais demoras e os teus amiguinhos sofrem!", disse zelda, aproximando a lamina de uma enorme espada ao pescoço de Misa.
"Tenho de mentir", pensei, desesperada. Fingir que sei quem é. Um rosto pálido chamou a minha atenção no meio da multidão... uma rapariga jovem que olhava para o chão, de ombros vergados, como se... tivesse algo a esconder.
Engoli em seco aproximando-me.
Estendi as pedras tentando dominar o tremor da minha mão. A rapariga ergeu o olhar arregalado com medo. Nada. As pedras não a queimaram. Boas intenções. O medo nos seus olhos traía-a.
"Fá-lo. Já", ecoou uma voz na minha mente. O príncipe. Uma ordem. Um comando. Decidi fingir que era um compelimento. que não era inteiramente eu a responsável por matar uma inocente.
Um grito abafado de Harry foi tudo o que precisei para forçar a rapariga a segurar as pedras.
"Tu! Une as pedras!"
"Mas... só a princesa as pode unir... qualquer outro..."
Morre. Eu sei. Mas, se não tentasse nunca a encontraria. Certamente não se esperasse por uma visão.
"Une-as", trovejou a voz de Zelda.
A rapariga juntou as pedras. Uma explosão de luz, um zumbido forte, fez-me cambalear. Os olhos da rapariga fixaram os meus. Sem vida. O seu corpo tombou sobre o chão, causando uma comoção da multidão, que se afastaram com uma exclamação contida."
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Philcrocks - Primeiro rascunho (Concluído)
FantasyLara, uma feiticeira que odeia magia, deve abraçar os seus poderes na Academia de Guardiões de Philcrocks e aliar-se ao seu maior inimigo, o príncipe Marchal, para vingar a morte do seu irmão. * Lara luta todos os dias para manter a magia na sua vid...